terça-feira, agosto 22, 2006

O SILÊNCIO DE PADRINHOS E AFILHADOS

Não faz sentido que sempre que o Estado contrate um jardineiro lá venha o nome do homem no Diário da República, mais um parágrafo de informação para sabermos o vencimento miserável que lhe vai ser pago e, por fim, a assinatura do dirigente que ninguém confere.
Por isso até sou tentado a concordar com o Governo ao decidir não colocar estas contratações no Diário da República, só que o que o Secretário de Estado da Administração Pública afirmou suscita algumas dúvidas.
São muitos os afilhados contratados para os gabinetes ministeriais, desde a tal especialista de informática que o Ministério da Justiça contratou, até à recente contratação de uma filha de um ex-Presidente da República, e em nenhum dos casos estaríamos perante uma nomeação política, as suas funções não são de assessor ou de adjunto, isto é, fazem parte dos tais contratados que vão deixar de constar no DR.
Não haverá forma de saber quantos trabalham nos gabinetes e muito menos quais os que são contratados, ou a forma como foram contratados. Na prática o Governo, livra-se de uma fonte de críticas incómodas. E nós ficávamos a saber muitas mais coisas.

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