O EP Fado Corrido de Coimbra: António Bernardino é particularmente ‘interpelante’ pela própria reinterpretação do tema que lhe serve de título.
‘Fugindo’ à tradicional alternância de 1.ª e 2.º de lá menor, o tema assenta numa sequência harmónica com ecos não só de alguns trabalhos de Carlos Paredes, como de um universo rocky que terá a sua expressão mais acabada no tema «The House of the Rising Sun» (versão de The Animals, 1964). Para além disto, uma «introdução» dedilhando coordenadamente o polegar e o indicador (o que, aliás, também acontece na «introdução» do «Fado das Águias», em si menor). Mas não ficam por aqui as capacidades interpelatórias deste disco. ´
Com efeito, «Sé Velha» e «Mar Largo» (velhos temas de Carlos de Figueiredo e de Paulo de Sá, respectivamente) ostentam «introduções» com um percurso da escala que vai do bordão de lá a agudíssimas notas na corda do mesmo tom (uma oitava acima, obviamente), numa abrangência não muito vulgar, valha a verdade, até porque tecnicamente ‘exigente’. Para além do que (e no caso concreto da «introdução» de «Sé Velha»), uma sequência si menor / ré menor / Lá Maior / dó sustenido menor não se vê propriamente ‘todos os dias’...
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2x3: Texto e fotos do blogue
Mal o conheci, sei de kem é filho e nunka o vi cantar, mas tenho orgulho em k um conterrâneo nosso tenha atingido esta importância.
ResponderEliminarAxo k o blog faz bem em recordar estas figuras importantes da n/ terra.