«Histórias dos nossos dias indicam-nos que a superstição tem algumas vezes a sua razão e influência na vida dos povos, ou a fatalidade é o guia para o abismo. »Viveu entre nós uma criatura que tinha feito o seu testamento. Mas porque as disposições não satisfizessem e porque a hospitalidade e companhia de família o fizeram tomar nova orientação, fez novo testamento, deu conhecimento disso à família e anunciou o dia para encerrar o novo testamento em Águeda. Essa família era diminuída de herança e a criatura que fazia suas disposições morreu nessa noite, creio que a 4 de Abril. O testamenteiro, para cumprir as disposições, tinha de mandar construir um jazigo que se eleva no cemitério e quando da construção ouvi dizer-lhe: «Nem eu nem a minha família nunca baixaremos a este túmulo». Passam os dias, e creio que a política influiu nisso alguma coisa. Ferido com uma bala, tomba por terra o testamenteiro, que foi o primeiro a estrear o jazigo. Em 1886, nasceram diversas criaturas aqui. Que todas tiveram a mesma sorte. Isto é, uns morreram deixando viúvas, e outros estão viúvos. Libânia está viúva; António Pires, no Brasil, viúvou e morreu; Fernando Bernardino dos Reis morreu e deixou viúva; Belmira Morais morreu e deixou viúvo; Germano Marques, viúvou; Zebedeu Costa, viúvou; e Maria Pinheiro viúvou. Foi a última dos desse ano».
Site www.oisdaribeira.net.
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