Duas imagens do incêndio da noite de 30
para 31 de Março de 2012 (clicar, para ampliar)
Recado da família: esta noite houve fogo lá para cima, no mato! E onde? Olha, lá para os lados das quintas, no baldio da Junta. E onde são as quintas? Então não sabes, depois dos adouros. E lá sei eu onde são os adouros, Ah, pois, vais pelo caminho fundo, segues em frente e vais dar à variante para Espinhel, então passas pelo sítio do fogo, nos baldios. E como é que foi isso do fogo? Olha, um dos moradores das últimas casas para Espinhel que deu por ela, por volta da uma hora, ou hora e meia, deu pelas chamas e lançou o alerta, vieram os bombeiros de Águeda. E como é que começou o fogo? Não sei, dizem que foi posto, devem ter despejado gasolina e lançado fogo. Também houve outro na Piedade. Mas afinal onde fica esse baldio? Oh pá, vais pela estrada de Espinhel e cortas à direita, uns 100 metros depois da última casa, vais por aí fora e logo vê. Não quer ir comigo? Olha, tá bem, vamos lá ver.Aí estão duas fotos tiradas estar tarde, do fogo no baldio da Junta.
A verdade é que eu passo muitas vezes por estes lados, principalmente no verão que é quando estou por casa. O meu objectivo principal não é vigiar as matas, mas fico sempre contente porque sei que enquanto eu lá estou ninguém se está a lembrar de atear fogo a nossa terra e eu passo por lá quase todos os dias de um dos meses com mais fogos. Reparo muito no estado dos pinhais: é uma vergonha. Vêm-se alguns muito bem limpinhos mas outros que têm mato de muitos anos (nas fotos pode-se ver algum). As pessoas têm que ganhar consciência de que têm a responsabilidade de limpar os seus pinhais. Tantos impostos e multas, mas cá para mim devia-se criar uma lei a sério que punisse os proprietários e pô-la seriamente em prática, porque isto não pode continuar assim. Não adianta estar um limpo e os restantes cheios de mato e casqueiras. Temos que preservar pelo que é nosso. Se os proprietários são negligentes e não limpam nem procuram quem os possa limpar, alguém tem de limpar. E cabe a junta de freguesia zelar pelo bem estar das pessoas da terra e da terra em si. Não há dinheiro pois não, mas os proprietários têm que ser responsabilizados de alguma maneira: não limpam, pagam. Não têm o que fazer ao mato nem têm tempo, procurem gente na terra que possa fazer esse trabalho.
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