quarta-feira, abril 05, 2017

Os 5 eleitos de Óis da Ribeira na Assembleia de TravassÓis

Óis da Ribeira, em primeiro plano, e Travassô. Vista aérea parcial das duas
freguesias, desde 2013 forçadas a uma (des)União política que parece não vingar

Diamantino Correia e Vital Santos, do
PS. e Germano Venade, do PSD, três
dos eleitos de Óis da Ribeira

Os eleitos de Óis da Ribeira na Assembleia de Freguesia de TravassÓis são cinco: Diamantino Correia, Vital Santos e António Horácio Tavares (do PS), Germano Vende e Manuel Almeida, o Capitão (do PSD).
Matematicamente falando, Óis da Ribeira tem maioria votante na Assembleia de Freguesia, valha isso o que valha, mas não tem nenhum elemento no executivo travassÓisense.
Manel Almeida, o Capitão, do PSD, e Horá-
cio Tavares, do PS, outros dois dos cinco
eleitos de Óis da Ribeira na AFTOR
Transitoriamente, o socia-
lista António Horácio Tava-res integrou a equipa de Mário Martins, em regime de substituição (de Marta Morais), mas não consta relevância que isso tenha capitalizado para o interesse da antiga vila. Se a teve, que o crédito lhe seja dado.
A sua episódica passagem pelo executivo, aliás, foi motivo de acesas polémicas na AFTOR, quando o seu mandato substituidor foi (automaticamente) pror-
rogado, no entendimento da Junta de Freguesia e tal não foi comungado pela Assem-
bleia de Freguesia. Nem era carne, nem era peixe - nem era membro do executivo (que exerceu) nem era da Assembleia, numa da mais «poéticas» e delirantes situações vividas neste originalíssimo mandato político autárquico local.
Momento algo original ocorreu na Assembleia de Freguesia de 30 de Junho de 2014, quando, sendo ou não sendo do executivo - a Junta assegurava que era e a AFTOR que não... -, e A. Horácio Tavares foi substituído por Rita Martins. Esta, filha do presidente Mário Martins, todos do PS, sentou-se no lugar mas foi convidada a sair pelo presidente Sérgio Neves (PSD). Só depois foi anun-
ciada como membro efectivo e retomou o lugar. Uma bizarrice!
A imprensa de Águeda deu larga cobertura
às originalidades da Assembleia de Fregue-
sia de TravassÓis
António Horácio Ta-vares (in)voluntaria-mente, «suscitou» outro interessante e original momento da Assembleia de Freguesia, na de Março de 2014, quando esta voltou a funcionar com apenas 8 eleitos - depois da de 24 de Feve-reiro. O nono seria ele, que já “faltara” nessa sessão, embora convo-cado pelo presidente Sérgio Neves. Era vogal do executivo, eleito a 19 de Dezembro de 2013 e por 60 dias - prazo que Sérgio Neves dizia ter acabado a 17 de Feve-
reiro, sem que a sua reeleição fosse solici-
tada, face à prorrogação da auto-suspensão de Marta Neves. 
 António Horácio Tavares sentou-se na mesa da Junta da União de Freguesias, assumindo o seu estatuto de vogal em ambas as sessões. «Faltou» no assento da AFTOR. Estava, mas «faltou».
O presidente Mário Martins disse na altura que “a Junta de Freguesia tem vogal, foi eleito e a lei é clara sobre esta matéria. É claríssima” e que “quem está ilegal é a Assembleia de Freguesia, que tem menos um eleito». Não era essa a opinião de Sérgio Neves, o presidente da AFTOR - numa das muitas situações em que a guerrilha político-partidária teve evidentes características de confrontação político-pessoal. Em prejuízo do colectivo.
Foi umas das várias trapalhadas que caracterizaram este primeiro mandato da (des)União de Freguesias de TravassÓis.

Os 5 eleitos de Óis da Ribeira

Diamantino Correia e Vital Santos, dois dos
 três eleitos do PS de Óis da Ribeira na

Assembleia de Freguesia de TravassÓis 
Diamantino Correia, do PS, terá sido o mais activo e pertinente eleito de Óis da Ribeira, evi-
denciando preparação para a função e sentido de repre-
sentação da causa ribei-rense. No geral, as suas intervenções mostravam estudo dos dossiês e ficou afamada a confron-
tação com o executivo de Mário Martins, quando, uma a uma, citou mais de uma dúzia de obras planeadas e orça-
mentadas, para Óis da Ribeira, que não foram concretizadas.
«Zeeeeeeero!!...», sublinhou ele, repetidamente, a cada uma delas e enumerando as falhas da Junta presidida por Mário Martins.
Terá sido o ribeirense mais activo e fundamentado crítico do executivo mariano, apesar de ambos serem da lista do PS.
O socialista Vital Santos foi discreto, com uma ou outra «fer-
roada» ao executivo, na linha crítica despartidarizada mas menos exuberante e muito menos pró-activo que Diamantino Correia.
António Horácio Tavares, como membro da Assembleia de Freguesia, teve intervenções pontuais, ficando célebre o comentário feito, a dada altura, quando, reagindo ao calor da sessão, disse «eu nem sou de Óis...». Pois não, é de Espinhel.
Germano Venade e Manuel Almeida, o
Capitão - os dois eleitos do PSD de Óis da
Ribeira na Assembleia de Freguesia
O social-democrata Ger-mano Venade também foi discreto e muito direc-cionado a assuntos muito específicos. Foi particu-larmente interventivo no caso da ponte e da inter-rupção de trânsito, canali-zado para a via alternativa (inicialmente térrea) que meses e meses tanto prejudicou o povo de Óis da Ribeira.
Manuel Almeida (Capitão) foi  interveniente quanto baste mas muito mais incisivo quando altercado com Mário Martins, em situações que implicaram o anterior executivo - que ele integrou. Também quando Mário Martins «sugeriu» que o PSD tinha levado documentos da Junta e «falou» do Ministério Público.

Momentos mais ou menos
relevantes deste mandato
A sede oficial da União de
Freguesias de Travassô e
Óis da Ribeira, Travassóis,
em Óis da Ribeira
1 - A localização da sede oficial da União de Freguesias em Óis da Ribeira. A votação teve pelo menos 2 «traido-res», um de cada freguesia. Não se sabe quem. Desconfia-se, apenas.
2 - A delicada questão do aterro, da ponte e das alternativas de trânsito.
3 - O chumbo das contas de 2013 e de 2015. A propósito, já foram aprovadas? E como foi possível aprovar as de 2014, com as de 2013 chumbadas? Vai acontecer o mesmo às de 2016, na Assembleia de Abril de 2017?
4 - O encerramento escola primária de Óis da Ribeira. O edifício tem 3 salas e as crianças de Óis da Ribeira tiveram de ir (vão) para Travassô.
5 - O não calcetamento do Caminho da Calçada, em um outro momento emblemático do actual mandato. A obra não tinha licenciamento, estava começada, os manifestantes queriam que fosse mais largo, o material foi retirado e acabou por ir para Cabanões e o caminho, que era para ser restaurado até Requeixo, por calcetamento, está na mesma. Vingança de chinês?
6 - O não cumprimento, em Óis da Ribeira, de obras planeadas e orçamentadas. Ver AQUI AQUI, também AQUI e AQUI.
7 - As denúncias (dos eleitos do PSD) de alegadas irregularidades administrativas do executivo presidido por Mário Martins (do PS).
8 - A novela da substituição de Marta Neves na Assembleia de Freguesia, por António Horácio Tavares, ambos do PS.
9 - A Assembleia  de Freguesia ter funcionado com 8 eleitos e não os 9, como é de lei. Outra originalidade travassÓisense.
10 - A linguagem usada nas assembleias, por vezes muito des-
respeitadora, excessivamente ofensiva e até algo ordinária.
11 - O caso do Instituto Duarte Lemos (IDL). O presidente da Junta da (des)União era contra e a favor, ao mesmo tempo - conforme a Assembleia onde falasse. O caso foi uma das três únicas vezes de afirmação directa do povo eleitor ribeirense na AFTOR. As outras, foram os da ponte e do encerramento de escola.
12 - A (não) recuperação da cobertura do salão e dos sanitários da sede oficial da União de Freguesias, em Óis da Ribeira, infil-
trada de águas, há mais de 4 anos e quase 4 depois do início deste mandato. E com o edifício a deteriorar-se.
13 - A aceitação, da parte dos eleitos de Óis da Ribeira, da comparticipação da Câmara a uma obra privada (o salão da Comissão Fabriqueira de Travassô), em prejuízo da recuperação da cobertura da sede da União, em Óis da Ribeira. Que tarda(rá). Optou-se pelo benefício de uma instituição privada em desfavor e prejuízo de um bem público - de uma propriedade da União de Freguesias. Inexplicável! O edifício público há (mais de) 4 anos que espera ser intervencionado.
14 - A regular, desrespeitadora e até insolente e arbitrária recusa do presidente Mário Martins em responder a perguntas e esclare-
cer questões dos eleitos da Assembleia de Freguesia ou do públi-
co. Uma «democracia» muito especial e pessoal, típica de man-
datos autoritários, mais sul-americanos que travassÓisenses.
- ETC - E outros mais momentos de práticas menos ortodoxas!

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