segunda-feira, setembro 30, 2019

Homenagem ao Barqueiro Zebedeu e nova sede da Tuna Musical

Placa do Largo Barqueiro Zebedeu, descerrada a 30 de Setembro de 2000, há 19 anos: o
neto Dinis Pereira e os presidentes Fernando Pires (Junta de Freguesia de Óis da Ribeira),
Castro Azevedo (Câmara) e Horácio Marçal (Assembleia Municipal de Águeda)

A casa que foi do Barqueiro Zebedeu, agora dividida por dois
netos: Dinis (a primeira e de branco) e Joaquim/Zebedeu
(a segunda, antes da de 1º. andar)

A Junta de Fre-guesia de Óis da Ribeira homena-
geou o barqueiro Zebedeu Alves da Costa a 30 de Setembro de 2000.
O dia foi também o da inauguração da sede da Tuna, na Rua Adolfo Pires dos Reis (Viveiro) e cedida pela autarquia.

A sede da Tuna na  Rua
Adolfo Pires dos Reis
A Tuna não tinha instalações próprias e restaurou a casa doada por Adolfo Pires dos Reis, ali ficando até 17 de Novembro de 2007, quando mudou para a actual, junto à ponte e antiga sede da Junta de Freguesia. 

Zebedeu foi o último barqueiro a assegurar a passagem de Óis da Ribeira para e de Caba-
nões, no rio Águeda - até à construção da ponte, inaugurada a 25 de Maio de 1952. O serviço era contratado com a Junta de Freguesia de Óis da Ribeira e por arrematação pública. Entre outras obrigações, particularmente as horárias, tinha de ter duas embarcações disponíveis (para passageiros e carros) e ambas sempre limpas e bem assoalhadas.

Uma família 
de barqueiros
Placa do Largo Zebedeu Alves da
Costa  - o Barqueiro. Está semi-
-abandonada, como outras coisas
públicas de Óis da Ribeira
Zebedeu Alves da Costa nasceu a 29 de Julho de 1886, filho de Joaquim Alves da Costa e de Maria Bárbara Soares dos Santos. Neto paterno de Manuel Alves da Costa e de Ana Maria Carvalho e materno de António Lopes dos Santos e Rosa Emília Soares. Casou a 23 de Maio de 1907, aos 20 anos e com Maria Augusta Pires, de 25, ambos jornaleiros, ela filha de Maria José Pires Ferreira. 
Pertencia a uma família de barqueiros, pelo menos desde os finais do século XIX. Viria a falecer a 15 de Junho de 1954, aos 68 anos e vítima de doença, um ataque epiléc-
tico, quando estava internado no Hospital Conde Sucena, em Águeda.
Descendentes, na actualidade e entre outros, são os netos Dinis de Oliveira Alves Pereira, filho de Cesaltina e morador em Eirol (na foto), Zebedeu (nos Estados Unidos) e Joaquim Oliveira Costa (filhos de Maria Lá) e, filhos de Augusta, Álvaro, Maria Augusta, José e Messias (moradores em Recardães) e Nair Pires de Carvalho (à saída para Espinhel).
O descerramento da placa, há 19 anos, teve participação do neto Dinis de Oliveira Alves Pereira e dos presidentes Fernando Pires (Junta de Freguesia de Óis da Ribeira), Manuel Castro Azevedo (Câmara) e Horácio Marçal (Assembleia Municipal de Águeda) - que também estiveram na cerimónia da sede da Tuna Musical.

domingo, setembro 29, 2019

Dulce Pires Soares faria 120 anos! Faleceu aos quase 100!!!

Dulce Pires Soares


Dulce Pires Soares faria 120 anos a 30 de Setembro de 2019. Era a pessoa ribeirense mais idosa quando faleceu, a 2 d.e Fevereiro de 1999 e a meio ano de atingir o centenário.
Foi uma das pessoas mais idosas da freguesia de Óis da Ribeira, dos tempos contemporâneos e para a maior dos residentes, agora com mais de 30 anos, e que a conheceram na sua casa da Rua Benjamim Soares de Freitas, ao lado da padaria
Natural de Travassô, era filha de Jacinto Pires Soares, lavrador de Óis da Ribeira, e de Rosa Pires das Neves, governanta de casa e de Travassô. 
Casou, em primeiras núpcias, com Júlio Reis - pai de seus filhos Maria Nazaré Pires dos Reis (Maria do Hermenegildo, já falecida), Nair Pires dos Reis (moradora na Rua António Bernardino) e de Manuel Pires dos Reis, emigrado na Venezuela (em Puerto Ordaz, no Estado de Bolívar). Em segundas núpcias, casou com Fernando Maria dos Reis, de Óis da Ribeira, a 16 de Maio de 1939, dele se divorciando a 21 de Janeiro de 1949.
Fernando Maria Reis era viúvo e pai de Maria da Luz (Resende), José Pires Ferreira dos Reis (Zé da Luz), Maria Cidalina, Cristalina e Maria Simões dos Reis (Maria da Luz, de José Neves).
Dulce tem descendentes vivos em Óis da Ribeira: a filha Nair (que tem os filhos Dulce, Armando e José Augusto emigrados nos Estados Unidos), os netos Maria Isabel e Jacinto Pires Viegas, irmãos e filhos de Maria Nazaré (do Hermenegildo) e os bisnetos Júlio e Diana (filhos de Jacinto).

A Mesa das Eleições Legislativas em Óis da Ribeira

Dalila Ferreira Santos Reis,
presidente de Assembleia de
Voto de Óis da Ribeira

A mesa da Assembleia de Voto de Óis da Ribeira das Eleições Legislativas de 6 de Outubro de 2019 vai, uma vez mais, funcionar na sala do Centro de Dia da Arcor.
A nomeação dos seus membros, nos termos da lei, é feita pelo presidente da Câmara Municipal de Águeda e  no que diz respeito à Mesa de Óis da Ribeira, será a nº. 2 da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira.
É assim constituída:
- Presidente: Dalila Ferreira dos Santos Reis. Moradora na Rua António Bernardino (Berna), esposa de Carlos Alberto Reis e filha de José Augusto Moreira dos Santos e de Guiomar Ferreira de Oliveira.
- Vice-presidente: Mariana Soraia dos Reis Pinheiro. Moradora na Rua Nossa Senhora de Fátima, filha de Eugénio dos Reis Pinheiro de Almeida e Maria Otília Baptista dos Reis. Neta de Arménio Framegas Pinheiro de Almeida (do Alexandre) e Silvério Gomes dos Reis (falecido).
- Secretário: Carlos Alberto da Costa Fernandes (Teco).  Já foi candidato da CDU e do Bloco de Esquerda. Morador na Rua da Manuel Tavares (Cabo), filho de António Fernandes da Silva (Pedronha, já falecido) e Maria Soares da Costa.
- Escrutinador: António Simões Pereira. Já foi candidato da CDU. Morador na Viela do Cesteiro (da Rua Manuel Tavares a do Cabo), viúvo de Palmira Tavares Gonçalo.
- Escrutinadora: Maria Fernanda Pinheiro de Oliveira Melo. É de Travassô, socialista e de 57 anos.

As eleições Legislativas
de 6 de Outubro de 2019 

A Mesa da Assembleia de Voto de Óis da Ribeira tinha 597 eleitores inscritos nas eleições intercalares para a Assembleia de Freguesia de 22 de Fevereiro de 2019.
Eleições para as que são, desde então, a Assembleia e Junta de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira. E eram menos que em 2017 (quando estavam 604 registados).
O número actual, o de recenseados para as Eleições Legislativas de 6 de Outubro de 2019 e que o d´Óis Por Três não conseguiu apurar, não deve ser muito diferente dos 597 de há 8 meses - quando então votaram 411 (68,9%), exactamente menos 40 que nas eleições de 1 de Outubro de 2017. 

sábado, setembro 28, 2019

A cedência da Junta do terreno do Centro Social da Arcor!

O Centro Social da Arcor e sede da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira
A escritura do terreno, da Junta de Freguesia
à Arcor. Há 20 anos: Fernando Pires, Agosti-
nho Tavares e Celestino Viegas

O protocolo de cedência do terreno do Centro Social, da Junta de Freguesia à ARCOR, ao tempo presidida por Fernando Reis, foi acerta-
do a 30 de Agosto de 1999 e ratificado pela Assembleia de Freguesia a 28 de Setembro do mesmo ano.  Há 20 anos! 
A escritura notarial, porém, só viria assinada a 23 de Julho de 2004 e foi realizada no Cartório Notarial de Águeda, público e ao tempo dirigido por Cristina Gala. Foi assinada por Fernando Pires (presidente da Junta de Freguesia) e Celestino Viegas (presidente da direcção da ARCOR) e Agostinho Tavares (tesoureiro).
A cedência do terreno onde hoje está o Centro Social da Arcor e a sede da Junta de Freguesia de Óis a Ribeira foi em regime de direito de superfície, por 50 anos. Já só faltam 30 para o fim do protocolo! O tempo passa, «voa» num instante.
O acordo de desenvolvimento do projecto de construção do Centro Social e Cívico tinha sido assinado entre a Junta de Freguesia (também presidida por Fernando Pires) e a ARCOR (do presidente Fernando Reis), a 24 de Novembro de 2000. A autarquia assumiu 20% dos custos de construção da obra, os correspondentes à sua sede - cuja gestão foi entregue à ARCOR. E assim aconteceu.

Plenário popular contra crime ambiental no Rio Cértima e Pateira


O Centro Cívico de Barrô acolheu no dia 20 de setembro o plenário popular a favor da despoluição do rio Cértima/Pateira.

A questão poluidora do Rio Cértima, e consequentemente da Pateira (de que o rio é afluente) tem mobilizado muita gente, muitos populares, e a classe política, como é habitual, faz o seu teatro habitual: quando há manifestações, quando há protestos, quando o povo reclama, vai ao local, leva as televisões, emite comunicados! e promete fazer coisas. Depois não faz nada.

Desta vez os políticos até apareceram e o Presidente da Câmara de Águeda comprometeu-se a continuar a participar nas acções que venham a ser realizadas.  Anuncia que o protocolo com o Fundo Ambiental será assinado nos próximos dias e a intervenção acordada entre os municípios de Águeda e Oliveira do Bairro e a Agência Portuguesa do Ambiente, a ARH Centro e o ICNF, já tem o concurso público urgente em curso.

O movimento «SOS Rio Cértima / Pateira»  tem vindo a sensibilizar as populações para o estado em que se encontra o rio e a reclamar dos políticos uma intervenção musculada (como é moda dizer-se agora). Venha ela!!

Bem observado!! A "SMART CITY" ou Cidade Inteligente (CI)!!


Reunidas as "côrtes" de Águeda na noite de ontem, leia-se a Assembleia Municipal, eis que uma cidadã se apresenta na tribuna a ler um texto (longo) onde desfiava as debilidades do município. 
Desde os transportes que não existem, aos buracos das ruas, às vielas urbanas e respectivos passeios tipo "calçadão", aos "tablets" encaixotados nas escolas, etc, etc...

Citou as festarolas da cidade enquanto o resto do concelho é votado ao abandono e concluiu, brilhantemente, a sua intervenção. Disse a cidadã: 
"O concelho de Águeda  é um Km quadrado coberto de guarda-chuvas"! 
Bem visto!!

E outro dos asuntos: a fibra óptica em Travassô e Óis da Ribeira? Um dia virá... numa manhã de nevoeiro!!

sexta-feira, setembro 27, 2019

Projecto do Centro Social da Arcor aprovado há 20 anos!


Presidente Fernando Reis na 1ª. pedra do Centro
Social da Arcor, a 27/02/2000. Atrás, Afonso Car-
valho, M. Almeida (Capitão) e Fernando Pires

O projecto do Centro Social da Arcor foi aprovado a 27 de Setembro de 1999. Há precisamente 20 anos!
A direcção era então  presidida pelo diácono Fernando Reis e o projecto tinha sido remodelado, por indicações dos técnicos do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Aveiro. Passou a incluir 5 valências sociais: a creche (para 30 crianças), o jardim de infância (para 2) e o ATL (para 40), o apoio domiciliário (para 15 idosos) e o centro de dia (para 30). 
Uma primeira aprovação (não sabemos se outras houve) tinha acontecido a 20 de Maio de 1997, envolvendo os projectos parciais de arquitectura, águas e esgotos, mas teve diversas alterações, nomeadamente depois de uma reunião pública que decorreu na sede da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, precisamente sobre o Centro Social e a 28 de Abril de 1998 e que teve participação da dra. Maria do Carmo Ramos, técnica superior do Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro.

quinta-feira, setembro 26, 2019

Habitação social do Surpel em «espera» de 10 anos!

O Surpel, para onde se projectou habitação social e até um pólo educativo,
está lamentavelmente transformado num imenso depósito de todos os lixos...
O alçado principal do bloco de habitação social que foi
projectado para o baldio do Surpel e deu em... nada!

A Presidência Aberta da Câ-
mara Municipal de Águeda a Óis da Ribeira, a 26 de Setembro de 2000, já lá vão 19 anos!!!..., não foi parca em anun-
ciar sonhos: um deles foi a construção de um projecto de habitação social no ter-
reno da Junta de Freguesia, no baldio do  Surpel, limite com a freguesia de Espinhel.
A ideia inicial apontava para a construção de 8 moradias tipo T3, mas o espaço disponibilizado pela autarquia óisdaribeirense permitia a ampliação para 10 - mais duas.
O projecto para cada apartamento, soube-se mais ou menos um ano depois, previa um rés-do-chão com sala comum, cozinha e sanitários) e primeiro andar (com 3 quartos e instalações sanitá-
rias). Só faltava executá-lo. E faltava também definir o tipo de financiamento da construção e comercialização do empreendi-
mento, destinado a casais jovens de OdR - que iria ocupar qualquer coisa como 6500 metros quadrados.
Iria, mas não foi.

Exposição pública
na Câmara de Águeda

Já em Julho de 2004, o site de Luís Neves, citando o do padre Júlio Granjeia, dava conta que «o loteamento Surpel, em Ois da Ribeira, para onde a Câmara Municipal de Águeda está a projectar a construção de habitação social, está em fase de exposição pública nos Paços do Concelho». E adiantava que «os interessados podem consultar o projecto, devendo dirigir-se ao serviço de atendimento da Câmara Municipal» de Águeda.
Pois bem, já lá vão mais de 15 anos sobre esta consulta e quando a habitação social, zero...
E muito menos o Pólo Educativo Pateira Nascente, que também, para lá chegou a ser pensado.
O espaço do Surpel está ocupado, é verdade, mas com todo o tipo de lixos que a competente Junta de Freguesia, agora da (des)União de Freguesias lá autoriza depositar. 
Enfim! Habitação social, viste-la! Pólo Educativo, nem vê-lo!
Lixeira, isso sim!

FALECEU O ARMANDO FERREIRA! RIP!

O destino tem destas coisas!
Ontem falávamos aqui da Ti Ermezinda e hoje assalta-nos a notícia da morte do seu filho Armando.
Quem esperaria que tão pouco tempo os separasse no desfecho da vida!
Filho de Manuel Ferreira (Serôdio) e de Ermezinda Alves de Freitas, o Armando foi homem de vários ofícios. Oficial miliciano dos Comandos, foi presidente da direcção e do Conselho Fiscal da ARCOR e membro da Assembleia de Freguesia de Ois da Ribeira e da Assembleia Municipal de Águeda.
Para a Assembleia Municipal foi  o primeiro socialista eleito directo nas eleições autárquicas de 2001 e na lista PS/CDS. Foi reeleito em 2005.

O Armando foi um homem público de Óis da Ribeira. 
Tribuno (im)pertinente, acutilante,  foi voz, por vezes incómoda, na bancada do PS.

Contabilista e empresário do sector do mobiliário, deixa-nos, agora, aos 69 anos. Paz à sua alma! RIP!!

quarta-feira, setembro 25, 2019

Ti Ermezinda faria 98 anos! Faleceu a 17 de Setembro de 2019!

Ermesinda Alves de Freitas foi utente do centro de dia da Arcor
Ermesinda Alves de Freitas
faria 98 anos amanhã!

M. Ferreira

A Ti Ermezinda, que todos conhecemos como mulher de trabalho e sempre de boa piada, bem disposta e irreverente, faria amanhã 98 anos de vida! Faleceu, como aqui demos nota, a 17 de Setembro, há bem poucos dias.
Ermesinda Alves de Freitas nasceu a 26 de Setembro de 1921, filha de Manuel Ferreira Alves (Talhadas) e de Maria Rosa Soares de Freitas, casal de Óis da Ribeira.
Era sobrinha do barqueiro Zebedeu e neta materna do barqueiro Joaquim Alves da Costa e da costureira Maria Bárbara Soares dos Santos, bisneta materna de Manuel Alves da Costa e Ana Maria de Carvalho; neta materna de António Lopes dos Santos e Rosa Emília Soares.
Casou com Manuel Ferreira (Serôdio), natural de Destriz, em Sever do Vouga, e que se popularizou como moleiro, sua profissão de muitos anos. Dele enviuvou a 28 de Maio de 2000. Era irmã de José Alves de Freitas (Eurico) e Hermínio Alves de Freitas (Mino), ambos já falecidos.


Uma mulher
de muitas vidas!

Ermesinda foi doméstica e mãe, católica e de fé profunda, trabalhadora da terra e actriz amadora, nesta qualidade interpretando superiormente várias personagens de peças encenadas pelos vários grupos populares de Óis da Ribeira dos anos 40.
O casal Ermesinda/Manuel teve quatro filhos, todos vivos: Maria Rosa, José Alves e Armando (moradores em Óis da Ribeira) e Custódio Alves Ferreira, que está emigrado nos Estados Unidos e a Óis da Ribeira se deslocou expressamente para o funeral da Mãe.
Hoje aqui fazemos a sua memória!

Ana Maria emigrou para o Brasil com o filho Augusto

Chegada de emigrantes ao Brasil (foto da net)


O Governo Civil de Aveiro, a 25 de Setembro de 1883, emitiu passa-
porte para mais uma cidadã ribeirense que emigrou para o Brasil: Ana Maria. Há 136 anos.
Ana Maria da Conceição era filha de Joaquim Vi-
deira, que morava em Óis da Ribeira mas, aparen-
Reisto do passaporte de Ana

Maria da Conceição
temente daqui não seria natural, resi-
dente embora. Tinha 28 anos de idade e era costureira, de estatura regular, rosto comprido e cabelo, olhos e so-
brolhos castanhos. 
Os serviços do Governo Civil de Aveiro anotavam também que Ana Maria da Conceição era de cor natural (branca) e regulares o nariz e a boca. Estes pormenores fisionómicos eram a forma de melhor identificar as pessoas desse tempo.
Ana Maria embarcou em Lisboa e, não sabemos se casada ou solteira, fazia-se acompanhar do filho Augusto Videira da Con-
ceição, de 11 anos, que tinha 1,28 metros de altura, cabelo louro e olhos castanhos. Mais nada sabemos desta família que a emigração levou para terras do Brasil, não sabemos qual.

terça-feira, setembro 24, 2019

Rita e Albino: Emigrantes de Óis da Ribeira no Brasil!

Imagem de uma festa de emigrantes de Óis da Ribeira no Brasil, na pateira e em 1920.
A foto foi obtida na net e a legenda indica que todas as pessoas que estão na frente
viveram na Ilha dos Marinheiros, no Estado do Rio Grande do Sul

 Registo dos passaportes de  Ana Rita Jesus e 
Albino Pereira Simões de Carvalho

O Governo Civil de Aveiro emitiu passaportes para dois ribeirenses a 24 de Setembro de 1883: Albino Carvalho e Rita Maria. Há 136 anos.

Ambos emigraram para o Brasil e de ambos mais nada sabemos. Eventualmente, nunca mais de lá regressaram e por lá terão familiares.

1 - CARVALHO. Albino Pereira Simões de Carvalho, de 21 anos, filho do pescador Manuel Simões de Carvalho e da jornaleira Maria Marques de Oliveira, anos de Cabanões mas residentes em Óis da Ribeira. Neto paterno de António Simões de Carvalho e de Maria Marques de Oliveira, neto materno de Manuel Matos de Oliveira, natural de Barreiros (Viseu) e de Maria Marques, de Cabanões.
Albino Carvalho era trabalhador rural, solteiro e media 1,82 metros (muito alto, para a média do portugueses desse tempo), não sabia escrever e tinha cabelo preto e olhos castanhos. De rosto comprido, nele tinha algumas marcas de bexigas.

2 - RITA. Rita Maria de Jesus tinha 26 anos e era filha de José Ferreira Félix, de Águeda, e de Maria Rita, de Alquerubim, moradores em Óis da Ribeira.
Costureira, casou-se aos 21 anos, ainda jornaleira e com o carpinteiro Sebastião Pereira da Conceição Júnior, de 26 e a 6 de Julho de 1878. Supostamente, terá viajado para o Brasil para se juntar ao marido. Tinha olhos castanhos e cabelo preto, rosto comprido e com cicatrizes na face esquerda e lábio superior. Não sabia escrever.

Contas e eleições na voz de vate local...


A magna e conciliar sessão estava a andar nas calmas quando, intrépido e estremunhado, acordou um prezado consócio, meio descastigado pelo sono, da tantas contas ter feito e a fazer (de cabeça) e já até se ter perdido nos números, de tantos eles serem e tantas dores de cabeça darem.
Parecia meio azoratado e, com as ideia a zunirem-lhe os miolos, passou o nó do dedo indicador direito pelos olhos, esfregou-os e proclamou-se, quase de forma abrupta e apontando para a mesa presidencial:
«Proponho que abramos as mentes e as eleições intercalares. Já que isto não dá em anda a não ser prejuízos, vamos mas é para eleições, como fizeram os da Junta... e resolve-se o caso, isto é que no pode continuar assim!».
Disse e calou-se, esperando reacções e passando o leno d papale pelo suor frio que lhe caía pela face. Mas nada.
Os da frente, quais coriféus, fizeram de conta nada ter ouvido, moita carrasco..., e faziam outras contas, ou simulavam fazer outras contas, no ipad, cochichando entre eles, até trocando breves sorrisinhos entre eles, disfarçados, farisaicos.
«Eleições, eu acho bem..., avcho muito bem», ousou falar um prezado consócio, a mastigar chiclet e rodando a cabeça, à espera de comentários.
O presidente da magna e conciliar sessão, como qu´atónico, surpreendido...,  esbogalhou os olhos e interrogou-se e interrogou: 
«Eleições, mas para quê? Há candidatos, ao menos?....».
«Não há eleições para ninguém. Quem está no poder, essas iluminadas mentes da gestão social, essa doutorada toda, essa  gente que se aguente...», resmungou um dos prezados consócios, acrescentando: «Que limpem o tacho até ao fim e varram a testeira da porta».
O presidente do conselho executivo, com todo este concentradíssimo e ainda a fazer contas no ipad, interrompeu-as, cofiando a barba e proclamando:
«Eu não concordo com eleições intercalares, quais eleições, quais quê! Falei aqui com os senhores doutores das contas e... (cofiando a barba e... gaguejando) «somos muito bem capazes de ir até ao fim... e já temos capital de experiência neste modelo gestionário destes atípicos tempos».
«Eu não concordo... - retorquiu outro prezado consócio, acrescentando: «Não podem ser sempre os mesmos no bem-bom do gastanço da vacas que emagrecem».
«Isto já me cheia a compadrio, a nepotismo. São sempre os mesmos a esturrar a massa, para depois serem os mesmos a reequilibrarem a balança de pagamentos», vociferou outro prezado consócio. E disse, colérico quase de punho na mesa: «É ir mas é tudo para a rua, andor...».
A magna e conciliar sessão ganhou alguma balbúrdia, e faladuras altas e excitadas, quando interveio outro prezado consócio: 
«Isto de propor eleições intercalares é concorrência desleal, desculpem lá..., é oportunismo, é falta de respeito por quem, com prejuízo profissional, pessoal e até familiar, até familiar..., se dá de corpo e alma a estes prejuízos colectivos, servindo-os com verdadeiro e sacerdotal espírito de missão».
«Concorrência desleal? Eh pá..., eles que fiquem lá com os prejuízos todos, mas que os ponham no nome deles», proclamou outro prezado consócio, o do bigode, nervoso e a tossicar.
«Isto tudo é muito atípico, é uma traição institucional, um ataque ao nosso mandato legitimamente típico», atacou o mariano cofiador de barbas, vermelho como pimento maduro, em tarde de verão quente, sentindo-se agredido e ofendido nos seus princípios institucionais. Afinal, rematou, «quem é que tem o direito de gastar a massa, se não nós, que somos os eleitos?!».

Contas e mais contas
na voz do vate local

A conciliar e magna sessão terminou e não deu em nada, como era de esperar: nem em eleições intercalares e muito menos em demissões, já nem falando em contas positivas.
Essas, as contas positivas, são contas de outro rosário!
Já fora do areópago, um inspirado vate local, rimou sobre os acontecimentos:

Ser presidente, oh que maior ventura!
A de gerir e mandar e com vaidade,
Ser tão feliz que qualquer loucura
Me dará sempre contas de felicidade!

Gerir em tempo atípico é como tortura

E ter contas negativas na contabilidade.
É rejeitar ajudas ou a falsa caridade,
De quem, no fundo, é falsa ajuda pura!

Ser dirigente é como estar no paraíso

E ter as contas que qualquer doido tem
De ver no inferno as contas como paraíso...
As contas que não interessam a ninguém! 


Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo

E das contas que se fazem nesse prejuízo
Fazer delas contas positivas ! Amén!







segunda-feira, setembro 23, 2019

O esquecido padroeiro Santo Adrião. Festa da Arcor há 40 anos!

O «Jornal da Arcor» e a
festa de Santo Adrião
Santo Adrião

O padroeiro da Paróquia de Óis da Ribeira é Santo Adrião. Muito esquecido, quase sempre! Há 40 anos, a Arcor organizou a festa, ocasionando o reaparecimento de Tuna Musical, então expressamente reorganizada para o efeito.
«Esquecido pelos tempos foram, o Mártir Santo Adrião vai este ano de novo  ter a sua festa. Uma festa original», lia-se no Jornal da Arcor, que foi lançado nessa altura, sublinhando que «além do aspecto religioso», também programou «tradições locais (a campanha do naço, por exemplo), teatro, cinema, folclo-
re, desporto e música». Nesta, na música, destacava-se a partici-
pação da Banda Nova de Fermentelos que, referia o Jornal da Arcor, «com esta presença em Óis da Ribeira abre um novo ciclo das relações entre colectividades das duas localidades vizinhas».
O programa era de dois dias e incluía a colaboração do Grupo de Teatro do Orfeão de Águeda, Comissão Concelhia do Ano Internacional da Criança, Grupo Folclórico da Região do Vouga, A Rusga de Arcozelo (do folclore do Douro Litoral), Banda Nova de Fermentelos e Tuna Musical de Óis da Ribeira.

Programa de 2 dias e
Santo Adrião esquecido

O programa festivo do padroeiro Santo Adrião, há 40 anos, foi de dois dias: 22 e 23 de Setembro de 1979.
«Uma festa original, saliente-se, toda ela concretizando o projecto cultural proposto pelos dirigentes da Arcor», referia o jornal da associação, acres-
centando que «quanto mais não fosse, julgamos que só reapareci-
mento (um tanto simbólico, embora) da Tuna Musical, valerá por todos os programas que se pudesse idealizar».
O programa integral é o que de pode ver no recorte ao lado.
Agora, 40 anos depois desta iniciativa arcoriana, são raras as re-
cordações de memórias festivas da Paróquia ao padroeiro Santo Adrião. Assim sendo, um padroeiro esquecido!

domingo, setembro 22, 2019

Doação real de Óis da Ribeira foi há 750 anos!

Rei D. Fernando I
Vila de Óis da Ribeira

O Rei D. Fernan-
do I doou Óis da Ribeira ao Conde de Barcelos por carta de 22 de Setembro de 1369. 
Há 750 anos!
O Conde de Bar-
celos era D. João Afonso Telo de Meneses e o documento real precisa-
va que a doação era de «toda a parte, direito e quinhão que ele Snr. Rei tinha nas vilas de Óis da Ribeira e de de Requeixo».
A fonte do d´Óis Por Três é Laudelino de Miranda Melo, autor que, entre outras publicações, em 1942 editou o livro «Travassô e Alquerubim e outras localidades da Região do Vouga», nele por exemplo historiando que «Óis da Ribeira já foi vila e sede de concelho, fazendo parte (com os concelhos de Eixo, Paus e Vilarinho do Bairro) do Almoxarifado de Eixo».
O concelho, ou termo, de Óis da Ribeira, que pertencia á Comarca de Barcelos, compreendia a freguesia de Óis, a maior parte da de Espinhel e a de Fermentelos. O concelho foi extinto em 1834, quando uma reorganização administrativa nacional criou o concelho de Águeda.

Fazer memória
dos 750 anos !

A doação real foi há 750 anos, é histó-
rica  e, porventura, a data mereceria uma atenção particular, uma comemo-
ração - por simbólica que fosse. Mereceria, não. Merece!
A questão é saber se quem é responsá-
vel pelos destinos da coisa pública óisdaribeirense sabe o que é a História. E se a conhece. E se tem memória para fazer da História.
Comemorar 750 anos da doação real é, do ponto de vista do d´Óis Por Três, uma data importante, relevante e significativa! Histórica!
Mas a História só pode ser honrada e valorizada por quem a conhece. É a vida! E cada um tem o que merece!

O PSD em Óis da Ribeira no comício autárquico de 2017

Comício do PSD há dois anos, quando falava Gil Abrantes - falecido em Julho deste
ano. À esquerda, estão os candidatos Manuel Almeida (Capitão) e Sérgio Neves
Acção de rua do PSD nas autárquicas de 2017

O comício do PSD em Óis da Ribeira e nas eleições autárquicas de 2017 foi a 22 de Setembro. 
Os oradores da sessão foram Gil Abrantes, Miguel Roque e Sérgio Neves, candidatos, respectiva-
mente, às presidências da Assembleia Municipal de Águeda, Câmara Municipal de Águeda e Assembleia/Junta de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira.
O tom das intervenções não andou fora dos cânones habituais das declarações de intenção/promessas destes tempos eleitorais, todos falando em desenvolvimento, união e construção - neste caso, as palavras-chave do PSD.
No caso de Travassô e Óis da Ribeira, muito havia (e há) a fazer em termos políticos e o PSD, também tinha responsabilidades no mandato de 2013 a 2017 e, nestas eleições, recandidatou, em lugares elegíveis, dois dos seus activos da então vigente Assembleia de Freguesia. Mais do mesmo.
Como se sabe, venceu o PSD, liderado por Sérgio Neves, que nunca conseguiu formar executivo, mesmo após 11 sessões da primeira Assembleia de Freguesia, e veio ganhar as eleições intercalares de 24 de Fevereiro de 2019 - neste caso já sem Manuel Almeida (Capitão), que era o segundo da lista em 2017 e o primeiro de Óis da Ribeira.
Com ou sem ele, olhar melhor para Óis da Ribeira seria (é) obrigação de qualquer eleito, mas falta saber, ainda, com o que contar. O que é uma enorme pena. Como pena é constatar-se que a generalidade das promessas eleitorais não passam do papel. Por este e outros candidatos.

sábado, setembro 21, 2019

Vacinação anti-rábica em Óis da Ribeira

Vacinação anti-rábica em Óis da Ribeira

O programa de vacinação anti-rábica vai estar em Óis da Ribeira no dia 24 de Setembro de 2019, a próxima segunda-feira.
O objectivo é eliminar a raiva em gatos e cães e a organização é da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região Centro, instalada na cidade da Guarda, e a vacinação
integra-se no programa da Profilaxia da Raiva e Outras Zoonoses, envolvendo a identifica-
ção electrónica dos animais.
O responsável por este serviço oficial de vaci-
nação, na área de todo o concelho de Águeda, é o médico veterinário municipal Pedro Mau-
rício Costa Nunes e a concentração, em Óis da Ribeira, será às 10 horas e nos armazéns da Junta de Freguesia - supõe-se que (costu-
ma ser) na casa da autarquia na Rua Adolfo Pires dos Reis (Viveiro), onde já funcionou a sede da Tuna / Associação Musical de Óis da Ribeira.
O mesmo dia 24 de Setembro de 2019 será data, também, para as mesmas vacinações nas vizinhas freguesias de Travassô e para todos os lugares, no Lavadouro do Casal (às 9,15 horas),e em Espinhel, também para todos os lugares e junto à sede da Junta de Freguesia (às 11,45 horas).

sexta-feira, setembro 20, 2019

Os Juntos de há 2 anos, por onde andam eles?

Candidatos do Movimento Independente Juntos em Óis da Ribeira, a 17/09/2017,
em acção de pré-campanha eleitoral autárquica daquele ano e de triste memória
Os presidenciais candidatos do Juntos: Jorge Almeida (Câ-
mara), Brito Salvador (Assembleia Municipal de Águeda)
 e Mário Martins (União de Freguesias de TravassÓis)

Os candidatos do Juntos - o Movimen-
to Independente de Travassô e Óis da Ribeira (TravassÓis) falaram no comício de 20 de Setembro de há exactamente 2 anos (a 20 de Setem-
bro de 2017), no salão da Arcor, e lá anunciaram as suas intenções para o en-
tão próximo quadrié-
nio autárquico - que, por via dessas elei-
ções, teve o triste fim que todos conhecemos. Nem sequer começou.
Mário Martins era (re)candidato a presidente da Junta de Freguesias da União e assumiu-se como líder de uma equipa «renovada, jovem, moti-
vada, coesa, competente e interessada», acreditando, disse ele, «no co-
nhecimento aliado à competência e experiência», como se lia na pagela de intenções distribuída ao povo eleitor. 
«Vamos Juntos dar continuidade ao desenvolvimento desta União, com uma intervenção global e abrangente nos diversos domínios que deter-
minam a qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos», afirmou o veterano Mário Martins - que viria a perder as eleições para o PSD de Sérgio Neves e, depois, compaginado com o PS de Júlia Melo, «inviabilizou» a Junta em 11 sessões da mesma Assembleia de Freguesia de posse.
Horácio Tavares

Os candidatos 
de Óis da Ribeira

O primeiro candidato «juntista» de Óis da Ribeira dessa lista foi António Horácio Tavares (em 2º. lugar), que viria a ser eleito.
A lista integrava Sandra Santos, directora técnica da Arcor (6ª.), Liliana Framegas (17ª.), Sónia Ta-
vares, filha de A. Horácio Tavares (18ª.), Manuel Soares, antigo presidente da Junta e da Assem-
bleia de Freguesia de Óis da Ribeira, eleito pelo PSD (22º.) e Jacinto Viegas (49º.), Maria Lurdes Cadinha (51ª.), Maria José Carvalho (52ª.), Jorge Tavares (60º.), António Brandão (61º.) e Armando F. Reis (62º.).
O que fizeram por Óis da Ribeira, entretanto, e por onde andam estes pró-servidores do povo? 
O que lhes deve agradecer e aplaudir, e incentivar, a comunidade social e política óisdaribeirense?
O que vão perguntar à eleita Junta de Freguesia na Assembleia de Freguesia de 23 de Setembro? Esperemos que digam. Iremos espreitar a sua página oficial de campanha das intercalares de 24 de Fevereiro de 2019!