quarta-feira, abril 22, 2020

Os dias de Óis da Ribeira nos dias 22 de Abril...

A capela de Santo António é do Século XVII

 Óis da Ribeira 
22 de Abril...

- Ano de 1912,
há 108 anos !
Inventários de bens da Igreja de ÓdR !

O inventário final dos bens da Igreja de Santo Adrião de 
Cruz do Século XVII
Óis da Ribeira foi concluído e dado como certo a 22 de Abril de 1912, há precisamente 108 anos.
Os ditos bens já tinham passado para a Comissão Cultual no dia 12 imediatamente anterior e incluíam 94 artigos móveis (alfaias religiosas e outros), para além da residência paroquial, composta por casa de sobrado, currais, uma vinha e quintal - o então chamado Passal da Igreja, onde hoje são as casas de Celestino Viegas e herdeiros de Gil Martins dos Reis. 
E também a Igreja, a Capela de Santo António e o cemitério (o hoje Cemitério Velho, embora mais pequeno a esse tempo), e 15 terrenos e baldios com áreas que variavam entre os 150 (adro) e os 4 230 metros quadrados (a pedreira das Quintas).
Os 94 referidos bens (alfaias, móveis e artigos religiosos), já agora, voltaram à posse da Igreja a 11 de Março de 1915, sendo anotada a falta de alguns objectos, nomeadamente 10 peças de prata do resplendor e também um mocho.
O casal Manuel M. Resende 
e Maria Bernardina

- Ano de 1948,
há 72 anos !
A morte de Manuel Maria 
Ala de Resende

O comerciante e autarca Manuel Maria Ala de Resende faleceu a 22 de Abril de 1948, há 72 anos.
Natural de Águeda, nasceu a 31 de Julho de 1875, filho de Manuel Dias Cura de Resende e de Maria Augusta de Lemos, de abastada família da capital do concelho. Casou em Óis da Ribeira, aos 29 anos e com Maria Bernardina Tavares dos Santos Silva, de 33, filha de Manuel Tavares Duarte e de Maria José dos Santos Soares (Silva). Irmã do padre José Bernardino dos Santos Silva.
Manuel Resende tornou-se muito popular devido à barba que usava bem comprida. Era o Resende das Barbas, como se vê na foto. Aqui criou um importante e moderníssimo estabelecimento comercial, que ocupava todo do espaço do actual bloco de apartamentos, café e minimercado Central de Aníbal Saraiva, no Largo do Centro Social.
Incluía café (onde nos anos 50 se viria a instalar o telefone público, ainda hoje activo), mercearias (finas e outras), panos, miudezas, tabacaria, perfumes, ferragens e todo o todo o tipo de utilidades domésticas. Também uma taberna, sala de jogos de salão e armazém de adubos, farinhas e produtos de construção civil.
Foi tesoureiro da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia nomeada pelo Governador Civil de Aveiro, a 27 de Janeiro de 1918 e presidida por Joaquim Maria Viegas, com o secretário Manuel Maria de Carvalho e os suplentes Benjamim Soares de Freitas e José Bernardino Marcos dos Reis.
O casal Manuel Resende / Maria Bernardina teve os filhos Albano (que faleceu em criança), José, Manuel (Neca) e Armando dos Santos Ala de Resende, já todos falecidos. Netos residentes em Óis da Ribeira são os  irmãos Maria Ascensão (Mariazinha), Armando, António e Maria Laura Ferreira dos Santos Resende (filhos de Neca), Bisneto, é o dr. João Paulo Gomes, dono da casa apalaçada junto ao largo do Centro Social e que foi presidente da ARCOR.
O terreno escriturado há 27 anos


- Ano de 1993,
há 27 anos !
Terreno para a ARCOR e
sede da Junta de Freguesia

A Câmara Municipal de Águeda cedeu o terreno onde se construiu o centro social da ARCOR e a sede da União de Freguesias por escritura de 22 de Abril de 1994, assinada pelos presidentes Denis Padeiro (Câmara) e Fernando Pires (Junta).
Assim, oficialmente, os então prédios nº.s 1 e 2 da matriz predial urbana de Óis da Ribeira foram «cedidos gratuitamente, no cumprimento da deliberação municipal de 6 de Abril de 1993 e aprovada pela Assembleia Municipal de 29» do mesmo mês de Abril e ano.
A escritura está registada no respectivo livro da Câmara Municipal de Águeda (nº. 43), a folhas 21, 22 e 23, e refere expressamente que «os imóveis se destinam, exclusivamente, á instalação de serviços de carácter social e desportivo, para a freguesia de Óis da Ribeira, não podendo, em, circunstância alguma, destinar-se a outros fins, sob pena de os mesmos reverterem para a Câmara Municipal».


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