Joaquim Carvalho da Silva médico e o primeiro director do Hospital de Águeda |
O médico Joaquim Carvalho da Silva foi o primeiro director clínico do Hospital-Asylo Conde de Sucena, o actual Hospital de Águeda. Faleceu a 7 de Novembro de 1933, há 87 anos e o seu nome está apagado na memória óisdaribeirense.
Filho do comerciante Jacinto Tavares da Silva, de Óis da Ribeira, e de Antónia Francisca Lopes (falecida em 1894), que era de Alquerubim, nasceu a 19 de Março de 1861.Licenciou-se na Escola Médica do Porto - cidade aonde seu pai se chegou a deslocar a pé, por volta da décadas de 60/70 do século XIX, para a abastecer sua loja de Óis da Ribeira.
Carvalho da Silva exerceu medicina em Penamacor e Borralha e foi director-clínico do Hospital desde a sua inauguração, em 1922, até 1930, aos seus 69 anos, sendo substituído pelo dr. António Breda mas lá continuando a exercer funções médicas.
O jazigo da família de Joa- quim Carvalho Silva, ce- mitério de Óis da Ribeira |
Misericórdia de Águeda
Joaquim Carvalho da Silva casou na Borralha, onde há rua com mo seu nome, com Eugénia Augusta da Câmara Mota, da Casa do Redolho, e o casal teve dois filhos: Eduardo Câmara Carvalho e Silva (nascido em 1892) e Joaquim Câmara Carvalho e Silva (em 1893), arquitecto.
É deste, falecido a 8 de Agosto de 1962, o testamento que tornou a santa casa da Misericórdia de Águeda «herdeira da todos os seus bens mobiliários e imobiliários, entre eles uma valiosa propriedade denominada Quinta do Redolho, com a obrigação de conservação dos seus jazigos, existentes nos cemitérios de Águeda e Óis da Ribeira», como se lê no «Livro de Encargos dos Legados Pios da Santa Casa da Misericórdia de Águeda».
Joaquim Carvalho da Silva teve uma filha fora (e antes) do casamento, com descendência actual em Óis da Ribeira: Mariana de Jesus Viegas.
Mariana era filha de Rosa Florinda Viegas e nasceu a 26 de Setembro de 1880 (tinha ele 19 anos). Casou com José Pinheiro de Almeida, a 7 de Setembro de 1901, e o casal teve 5 filhos: Porfírio (nascido a 4 e falecido a 5 de Janeiro de 1904), Severino (nascido em 1904 e falecido em 1907), Eugénio e Elísio (ambos falecidos em Viana do Castelo) e Alexandre Pinheiro de Almeida (em Óis da Ribeira).
Mariana faleceu a 31 de Maio de 1971(2?), em Viana do Castelo e os três filhos sobrevivos, também já falecidos, «deram-lhe» vários netos.
Os seguintes, salvo erro e/ou omissão:
- Eugénio: Ana Maria, Eugénio e Maria Eugénia, moradores em Viana do Castelo.
- Elísio: Maria de Lurdes (ausente na Alemanha), Maria Rosa (falecida a 19de Dezembro de 2019) e Maria de Fátima, ambas em Viana do Castelo.
- Alexandre: Eugénio, já falecido (em Viana do Castelo) e José (morador nesta cidade) e Arménio Framegas Pinheiro de Almeida, morador em Óis da Ribeira, onde é empresário agro-pecuário na Rua Nossa Senhora de Fátima.
A Casa do Redolho na Rua Carvalho da Silva |
Joaquim Carvalho da Silva, pelas destacadas funções que exerceu, tem o seu nome atribuído à rua da Borralha, onde residiu - depois do seu casamento com Eugénia Augusta da Câmara Mota, da Casa do Redolho.
Óis da Ribeira, a sua terra natal e onde ainda hoje se mantém a capela de família, freguesia que a qualquer «bicho-careta» faz homenagens e deslumbra egos, ignora por completo esta figura maior do três primeiros decénios do século XX.
Não só ele. Outros repousam na ignorância histórica da comunidade. Por exemplo:
1 - O padre José Bernardino dos Santos Silva, presidente da Comissão da Ponte, desde pelo menos 1908. Perseguido e exilado político, não deixou morrer o sonho, até 1952 - ano da inauguração.
2 - Armando dos Santos Ala de Resende, várias vezes presidente da Junta. São dos seus mandatos obras como a construção da sede (agora da Tuna/AFOR) e a hoje chamada Rua da Pateira.
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