* 2006, há 15 anos: Compra de ceifeira aquática para tirar jacintos da pateira

A pateira e os jacintos nos primeiros dias de 2021

A draga/ceifeira nos primeiros tempos

da limpeza de jacintos na pateira

A Câmara Municipal de Águeda decidiu, há precisamente 15 anos, avançar sozinha para a limpeza da pateira, depois de vários contactos com as autoridades ambientais com jurisdição sobre a lagoa.

A notícia é de 4 de Fevereiro de 2006, hoje se passam os tais 15 anos, e foi publicada no Jornal de Noticias, precisando que a autarquia iria adquirir, nos Estados Unidos, uma ceifeira aquática para recolher os jacintos de água que infesta(va)m as águas e ameaça(av)m o equilíbrio ecológico da pateira.
A ceifeira tinha custos estimados em 160 000 euros (seriam agora 187 046,46), mais IVA, e foi objecto do primeiro concurso público internacional lançado pela autarquia municipal de Águeda.

«Muito se tem dito sobre a recuperação da pateira. Tem-se remetido o problema para muitos lados (...) Bom, depois de vários contactos, vamos nós (Câmara) assumir a liderança do processo», anunciou o presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais (PS).

O autarca estava consciente de que a simples recolha dos jacintos, que invadiram a pateira nos últimos anos, não resolve os problemas todos.

«É um ponto de partida», disse Gil Nadais, concordando que a despoluição da lagoa exige que se acabe de uma vez com o despejo de efluentes (de Águeda, Oliveira do Bairro e Anadia), que continuam a ser atirados para a pateira.
Hoje, 15 anos passados, registamos a efeméride mas nem comentamos a lamentável realidade que é a continuada jacontização da lagoa.

A draga/ceifeira voltou á pateira

no dia 21 de Setembro de 2020

Toneladas de jacintos

tirados pela draga

A draga/ceifeira «Pato Bravo», como veio a ser chamada, «apateirou» entre Dezembro de 2006 e Abril de 2007, em data imprecisa -, altura em que tirou qualquer coisa com 13 000 toneladas, de acordo com uma nota camarária desse tempo.
A draga, entretanto, tem andado a «navegar» por outras águas, que não nas a que foi destinada e até fora do município de Águeda, e a jacintização da lagoa é como todos sabemos.
O d´Óis Por Três várias vezes questionou (por exemplo, ver AQUI) as prolongadas ausências da ceifeira aquática, o que originou a fartura de jacintos espalhados pela lagoa que bem se conhece e que muitas vezes, por exemplo, impediu os treinos dos jovens canoístas da ARCOR e actividades aquáticas de lazer. Mas fosse esse mal o mal maior. E, infelizmente, não é!
A 21 de Setembro de 2020, a draga/ceifeira voltou à pateira, mas a sua actividade tem sido interrompida, ora por avarias, ora por outras razões.

Tem arrancado jacintos, é verdade, mas em quantidades insuficientes - como constantemente se vê em imagens abundantemente espalhadas pela net.