segunda-feira, abril 05, 2021

* ANO 1912: A Comissão Cultual de Óis da Ribeira!

Joaquim António
Pires Soares
O despacho ministerial


A Associação Cultual de Santo Adrião de Óis da Ribeira foi instalada a 5 de Abril de 1912, há 109 anos!
A AC, na prática, substituiu a Junta Paroquial Republicana, que por sua vez substituía a Junta da Paróquia, que era presidida pelo pároco no período monárquico e foi extinta, como todas em Portugal, pela Lei de Separação do Estado da Igreja e de acordo com o seu 28º. artigo.
A Comissão Cultual era formada por Joaquim António Pires Soares, Manuel Francisco dos Reis e António José da Costa (os efectivos), com os suplentes Albino Rodrigues, Alberto Marques e João Maria dos Reis.
Os estatutos já tinham sido aprovados a 28 de Fevereiro de 1912, por despacho de António Macieira, o Ministro da Justiça, mas o diploma só a 5 de Abril do mesmo ano foi publicado no Diário do Governo, o nº. 53. Hoje se fazem 108 anos.
A 12 de Abril seguinte, os 94 bens e a casa da residência paroquial para a posse da Comissão Cultual, sendo o inventário conferido e dado co o certo a 22 de Abril de 1912. A 11 de Março de 1915, voltaram à posse da Igreja, dando-se pela falta de alguns dos 94 objectos, nomeadamente 10 peças de prata do resplendor e um mocho.

Outros anos,
outros factos!
José Maria na 1ª. Grande Guerra, abate de raposa de médico e duas inaugurações da Fonte do Cruzeiro

Registo de baptismo de José
Maria Tomás Rodrigues



- ANO 1897, há 144 anos !
1 - JOSÉ MARIA NA 
GRANDE GUERRA: O cidadão José Maria Tomás Rodrigues foi um dos óisdaribeirenses  que combateu na 1ª. Grande Guerra Mundial, que decorreu entre 1914 e 1918. Nasceu a 5 de Abril de 1897, há 144 anos!
Filho de Tomás Rodrigues, emigrante no Brasil, e de Beatriz Gomes, ambos trabalhadores, era neto paterno de Maria Rodrigues e materno de Jacinto Alves da Costa e de Maria Rosa de Jesus, da família de barqueiros de Óis da Ribeira.
José Maria casou a 23 de Fevereiro de 1927 com Mariana Rodrigues da Silva, de Travassô, de quem enviuvou a 26 de Março de 1962, tinha ele 65 anos. 
Casou sem segundas núpcias com Amélia Fernandes de Oliveira, de 44 anos e também de Travassô, a 7 de Agosto de 1965. Faleceu a 29 de Maio de 1981.

António Breda


- ANO 1906, há112 anos!
2 - ABATE DE RAPOSA
DOMESTICADA: A vila de Óis da Ribeira foi cenário do «crime» de morte de uma raposa. que era do do dr. António Breda, de Barrô e que foi director do Hospital de Águeda, sucedendo ao óisdaribeirense e também médico Joaquim Carvalho da Silva.
A raposa estava domesticada e, na casa do afamado médico de Barrô, vivia normalmente com as galinhas e os patos que o médico tinha lá por casa. No dia em que foi morta, tinha saído para dar um passeio com um criado, mas perdeu-se pelo caminho, não deu com a casa e., sabe-se lá como, foi parar a Óis da Ribeira - onde foi abatida, antes que entrasse nalgum galinheiro e fizesse a razia habitual, já que são espécies são predadoras generalistas, usando uma técnica de ataque específica, de modo que se agacham para se camuflar no terreno e usam as patas traseiras para pular com grande força e pousar em cima da presa escolhida. Galinhas são alvos preferidos dos seus pronunciados dentes canino, agarrando o pescoço da presa e sacudindo-as até que esteja morta ou possa ser facilmente estripada.
Por alguma razão foi abatida esta, há 115 anos.
A Fonte do Cruzeiro


- ANO 1917, há 104 anos!
3 - FONTE DO CRUZEIRO
COM DUAS INAUGURAÇÕES: A hoje «esquecida» fonte do Cruzeiro foi inaugurada há 104 anos, não conseguimos saber em que dia, entre  e, imagine-se com duas festas. Em domingos seguidos
A dos democratas teve reportório da música de Casal de Álvaro, estouraram  foguetes e discursou o professor Camilo Ferrão. Sem que os adversários políticos,  chamados talassas, a incomodassem.
Não incomodaram os talassas a festa dos democratas mas no domingo seguinte também organizaram a sua festa de homenagem a Jacinto Bernardes Henriques - que era tido, no geral, como «homem de largos haveres».
Música, foguetes, ruas engalanadas, muito contentamento e alegria, com discurso de António Tavares, quintanista de Direito e a agradecer a grande benemerência de Jacinto Bernardo Henriques - porém, interrompido pelos democratas, que quiseram estragar a festa.
Convidou-os a desmentirem o que dizia,  mas ninguém apareceu, continuando a festa.

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