sábado, maio 15, 2021

* ANO 1755: Os efeitos do terramoto em Óis da Ribeira !


A vila e concelho de Óis da Ribeira em 1758 (Arquivo do Distrito de Aveiro)
O primeiro falecimento de ÓdR após o terramoto
de 1755, o do médico Manuel 
Soares, no dia 29 
de Novembro e então registado pelo padre 
Francisco Almeida

O relatório dos efeito do terramoto de 1755, em Oi da Ribeira, foi elaborado e assinado pelo padre Francisco de Almeida, o então titular da Paróquia de Santo Adrião.
Os tempos de então não eram os de hoje, eram mais lentos, e o relatório só foi oficialmente apresentado a 15 de Maio de 1776, há 245 anos.
O sacerdote respondia ao um inquérito ordenado pelo Marquês de Pomba e dava conta que se sentiu entre as 9,06 e as 9,10 horas, durante quanto minutos mas, para usar a sua expressão, «sem muita bulha». Relatou também que, passados 40 dias e por volta da meia noite, se sentiu novo abalo, mas «com maior estrondo», sem que se verificasse qualquer alteração nas fontes e rios, nem a este chegou qualquer maré.
O sacerdote referiu também que «tão pouco rebentou fonte alguma» e que o povo fez, durante três dias consecutivos «muitas confissões e muitas penitências». Reportou também que o clero e o povo foram à Capela de Santo António, durante três dias consecutivos, «cantando a ladainha e chorando muitos amargamente», indo descalços.
Óis da Ribeira, ao tempo, tinha «125 homens e rapazes da comunhão e 146 mulheres». Cabanões, que era povoação meeira com Travassô, tinha «39 homens e 83 mulheres».

Outros tempos.
outros factos !

 Os dragados da pateira, teatro da ARCOR em
 Crastovães e no Pó do Bombarral 
A pateira a desassorear


1 - ANO 1986,
há 35 anos?
- DRAGADOS DA PATEIRA
SEM INDEMNIZAÇÕES: A população de Óis da Ribeira reuniu a 15 de Maio de 1986 para discutir a questão dos dragados da pateira.  Iria ser depositados onde? E que indemnizações haveriam para compensar os prejuízos.
A representação da Hidráulica do Mondego não foi muito concreta neste aspecto, nem garantias deixou quanto a, por exemplo, a construção de canais de escoamento das águas no inverno e preparação das terras de cultivo dos campos de Óis da Ribeira - que, por quanto tempo não se sabia, iriam ficar incultiváveis.
Outra questão se colocou: a das indemnizações. Sabia-se já que a área a desassorear seria a compreendida entre as margens dos restaurantes de Fermentelos e Óis da Ribeira. E que os dragados iriam ser despejados nos campos de Óis da Ribeira.
Como iriam (e iriam) ser compensados os proprietários dos terrenos? A Hidráulica do Mondego, na reunião de há 36 anos nada adiantou sobre isso. E o que soube depois soube a pouco: as chamadas indemnizações foram uma bagatelazeca que deveria envergonhar qualquer Estado a sério. Mas não envergonhou.
O elenco de «A Prima Eugénia» (2004)

2 - Ano 2004,
há 17 anos !
- TEATRO DA ARCOR
EM CRASTOVÃES: O Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR actuou em Crastovães no dia 15 de Maio de 2004, há 16 anos.
Dirigido por Arlindo Reis, representou a peça «A Prima Eugénia», com Clara Santos (Prima Eugénia), Eliana Alves (Maria Guiomar), Fátima Reis (Clara), Ana Rosa Almeida (Amélia), Paulo Rogério (Alberto), Paulo Gomes (Izidoro), Isaltina Pires (Inês), Pedro Soares (Luís), José Manuel Gomes (Carlos), Hernâni Pires (António) e António Prazeres (Tavares). Carlos Pereira e Lurdes Fernandes foram os pontos e a encenação foi do grupo.
O GTA, depois da estreia no dia de Páscoa desse ano e de actuações em Eirol (1 de Maio), Loure (8), Valongo do Vouga (22) e Mamodeiro (6 de Junho), actuou de novo em Óis da Ribeira (12 de Junho). Não sabemos se em mais localidades.
elenco de «O Gato» do GTA da ARCOR


3 - ANO 2010,
há 11 anos !
- GRUPO DE TEATRO DA ARCOR
NO PÓ DE BOMBARRAL: O Grupo de Teatro Amador (GTA da ARCOR actuou a 15 de Maio de 2010, há 11 anos, na sede da Junta de Freguesia de Pó, no Bombarral.
O grupo de Óis da Ribeira apresentava-se pela segundo ano consecutivo naquela localidade, agora com a comédia "O Gato", de Henrique Santana, em dois actos.
O elenco era formado por Paulo Gomes (nos personagens Gato Pirilau e Carlos), Catarina Aidos (Tia Carlota), Vitor Fernandes (Professor Novais), Isaltina Pires (Maria do Castro), António Prazeres (António de Castro), Liliana Alves (Teresinha), Julieta Fernandes (Joaninha), José Manuel Gomes (Toni), Gil Branco (Ambrósio), António Reis (Romualdo) e Salomé Fernandes (Laura Barradas).
A encenação foi de Leonildo Costa e Catarina Aidos, Lurdes Fernandes e Carla Costa foram os pontos e Rui Fernandes o responsável pelo som e luzes.
O GTA de há 10 anos já tinha actuado em Óis da Ribeira (duas vezes), Eirol, Mamodeiro, Mourisca do Vouga, Carregosa (Oliveira de Azeméis), S. Martinho (Aguada de Cima) e Barrô, projectando ainda actuar em Águeda (a 22).
Agora, 11 anos passados, por onde anda o GTA da ARCOR?

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