sábado, julho 03, 2021

Os presentes e os ausentes da assembleia geral extraordinária da ARCOR!

A sede e centro social da ARCOR

Os primeiros órgãos sociais
da ARCOR, eleitos em 1980 e
em placa na entrada da sede

José B. Estima Reis
(dr. Zeca), o actual
presidente da ARCOR



A assembleia geral da ARCOR, a de 29 de Junho de 2021, era extraordinária e com um ponto de agenda também ele demasiadamente e delicadamente  extraordinário: a contração de um empréstimo bancário.
A direção empossada a 15 de Maio de 2021 e presidida pelo dr. Estima Reis (Zeca), tornou oportunamente pública uma mensagem dirigida aos sócios mas também afixada nos locais públicos de estilo, na vila óisdaribeirense, apelando à participação na AGE e explicando que o objectivo da sessão era «explicar aos sócios a situação da instituição e as medidas que se propõem para a sua recuperação». Nomeadamente, para a requalificação do edifício-sede, eventual utilização da escola primária para as valências respeitantes a crianças, utilização da verba disponibilizada pela Câmara para a construção do hangar e a autorização para o financiamento da Caixa de Crédito Agrícola de Águeda ao abrigo do Plano COVID 19.
Os diversos pontos de vista, não muitos, já aqui foram expostos, faltando dizer que, na AGE de 29 de Junho de 2021, também intervieram os associados Diamantino Correia, presidente da AG e explicando «a urgência e necessidade» de a realizar, entre outras intervenções de gestão dos trabalhos; Luís Ferreira, autor do projecto da candidatura da ARCOR a apoio da Câmara Municipal de Águeda; Dinis Alves, apressando a votação da ordem de trabalhos; Lurdes Cadinha, a lembrar «pessoas que podiam ajudar a ARCOR» e que «temos de passar confiança e esperança a esta direção»; Ondina Soares, a frisar que «as obras na escola vão ser dispendiosas», e António Gomes, a sugerir que se passasse à votação, para não se sair da ordem de trabalhos. Victor Melo questionou a escolha da entidade bancária financiadora: «Esta, porque não outra?», o que lhe foi explicado pelo tesoureiro Steven Pires: «É o banco com que a ARCOR trabalha e que tem histórico nesta casa». 

O apelo da direção 2021/24
(clicar para ampliar e ler)


Dizer presente para que
a ARCOR não morra !


A direção arcoriana, recordemos, é formada pelo presidente José Bernardino Estima Reis (dr. Zeca), pelo vice-presidente António Manuel Balreira de Sousa Brinco, pelo tesoureiro Steven dos Reis Tavares Pires, pelo secretário Rui Jorge dos Reis Fernandes (que transitou da anterior) e pela vogal Maria de Fátima Pires Gomes de Melo.
O documento de que acima se fala sublinhava também que «é muito importante» a presença de associados para a discussão do futuro da ARCOR e que, citamos, «façam sócios todos os membros da família; nos tragam novos sócios; nos ajudem na obtenção de patrocínios; nos tragam soluções para a diminuição dos custos operacionais».
«Que ninguém tenha dúvidas de que o futuro da ARCOR passa por uma mais activa intervenção e participação de todos os associados, porque ninguém fará aquilo que tem de ser feito pelos sócios», sublinhava a direção da ARCOR, no convite tornado público, concluindo que «dizer presente, é condição necessária para que a ARCOR não morra».
Pois bem, quem então esteve presente na sessão?

A direção dos défices: Teresa Cardoso,
Joel Gomes, Rui Fernandes, Mário
Marques e Carlos Pereira

Eleitos presentes e ausentes
na AG extraordinária !


A assembleia geral teve participação de três dúzias de associados, dirigentes incluídos. Ora, eleitos a 9 de Maio foram 22 dirigentes. E nem todos estiveram nesta AG extraordinária.
Por órgãos sociais, vejamos:
- ASSEMBLEIA GERAL: Diamantino Correia, presidente; Vital Santos, 1º. secretário; Ricardo Tavares, 2º. secretário. Suplentes: João Viegas, Rosa Lina Almeida e António Gomes da Conceição.
Não compareceram, Ricardo Tavares e Rosa Lina Almeida
- CONSELHO FISCAL: António José Tavares, presidente; Maria João Correia, 1º. vogal, e Aurélio Reis, 2º. vogal. Suplentes, nenhum deles participante desta AGE: António Monteiro, Pedro Filipe de Carvalho e Luís Carlos Neves.
- DIREÇÃO: José Bernardino Estima Reis, presidente; António Brinco, vice-presidente; Rui Jorge Fernandes, secretário; Steven Pires, tesoureiro; e Maria de Fátima Melo, vogal. Suplentes: Paulo Rogério Framegas, Paulo Jorge Gomes, João Nuno Reis e, não presente, Alexandre Resende Pires.
Conclusão: Não participaram nesta AGE de 29 de Junho nada da mais nada menos que 6 eleitos de 9 de Maio de 2021. Mais da quarta parte dos neófitos dirigentes.

Manuel Soares (1) e Mário
Marques (4), os presidentes
dos 5 défices arcorianos
Cristina Soares


Os eleitos dos défices que
«fugiram» ao que fizeram


Os órgãos sociais de 2017/2020, responsáveis por 4 anos de défices de gestão, «capricharam» pela ausência nesta sessão sobre a delicadíssíma agenda de trabalhos, resultante da sua herança:
Vejamos, órgão a órgão:
- ASSEMBLEIA GERAL: Participaram o ex-presidente: Manuel Soares e o 1º. secretário Paulo Santos (que se abstiveram na votação a favor do empréstimo, contra, pois este mesmo empréstimo - que abundantemente questionaram na AGE), João José Soares (ex-2º. secretário) e a 1ª. suplente Sandra Santos (directora técnica da associação). Faltaram, os suplentes Álvaro Soares e Daniel Pereira Marques.
- DIRECÇÃO: Não participaram o presidente Mário Marques, a vice-presidente Teresa Cardoso, o tesoureiro Joel Gomes e o vogal Carlos Pereira. Esteve presente o secretário Rui Fernandes, que, surpreendentemente, transitou para a nova direção. Mas, nesta AGE, não usou da palavra.
Direção que já não tinha suplentes e que, face aos défices que apresentou em 4 anos consecutivos, atingindo os 236 802,51 euros, teria nesta AGE palco próprio para os explicar.
Défices, não esqueçamos, que levaram a ARCOR a esta debilidade financeira e de sustentabilidade.
- CONSELHO FISCAL: Faltaram a presidente Cristina Framegas Soares, os vogais Maria de Fátima Reis e Davide Martins e as suplentes Vânia Eugénia Santos e Eugénia Cristina Martinho. Participou Aurélio Reis, que continuou no CF.
Isto é: 11 dos anteriores elementos dos órgãos sociais não se solidarizaram com quem os sucedeu e irá tentar reverter a delicada situação em que deixaram a ARCOR..

Celestino Viegas e 
Fernando Reis


Os presidentes presentes
e os presidentes ausentes !

Os 42 anos da ARCOR tiveram 11 presidentes de direção, três deles infelizmente já falecidos: Agostinho Tavares, Armando Ferreira e Fernando Reis.
Quantos estiveram nesta AGE, associando-se solidariamente aos actuais órgãos sociais? Pois, apenas três; o já citado Manuel Soares, António José Tavares (actual presidente do conselho fiscal) e Celestino Viegas - que não disse palavra durante toda a assembleia.
Quem faltou?

Lembramos os ex-presidente de direção José Maria Gomes, Sesnando Reis, José Melo, João Gomes e Mário Marques. Também não participaram os ex-vice-presidente António Jorge Tavares (que foi proto-candidato a presidente em Janeiro deste ano), Armando Tavares dos Reis, Madalena Neves, Sérgio  Almeida e Fernando Pires. Presente, esteve Dinis Alves (que também foi proto-candidato presidencial este ano).
Antigos presidentes da AG, não estiveram Joaquim Araújo, Júlio Grangeia, Milton Santos e José Luís Quaresma. Já faleceram, Armando Ferreira e Horácio Marçal.
E do conselho fiscal? Faltaram, Arlindo Reis e Jorge Soares. Já faleceu, Armando Ferreira. Estiveram presentes, Estima Reis, Diamantino Correia e António José Tavares (membros dos actuais órgãos sociais) e Manuel Soares.
A estes nomes, poderíamos acrescentar dezenas de outros ex-dirigentes da ARCOR, nos vários órgãos sociais dos seus 42 anos de história, mas que, por razões que terão e não conhecemos, esta(r)ão divorciados da associação.
A direção de Estima Reis começa a perceber com quem (des)contar. 

2 comentários:

  1. Anónimo4/7/21 09:25

    O poeta bloguista lirico pode contar ou cantar as coisas, não como foram mas como deviam ser, e o historiador alinhado com a realidade há-de escrevê-las, não como deviam ser e sim como foram, sem acrescentar ou tirar nada à verdade.

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  2. Anónimo4/7/21 10:03

    Quando alguém nos fala de forma dispendiosamente do que exige grande dispendioso, ou querem contar uma mentira, ou querem admirar a si mesmas pelo o fato de estarem ligadas ao acontecimento o impossível, de terem contribuído para o encerramento da escola da vila, conforme consta em documento camarário.

    E assim, ninguém deve acreditar em tais pessoas. A fala boa é sempre clara, inteligente e compreendida por todos.

    Mas uma certeza que temos e todos compreendemos, é que mais uma vez aparecem as mesmas pessoas ligadas à escola da vila. Para apenas frisar que «as obras na escola vão ser dispendiosas».

    Será que finalmente querem acabar o que iniciaram e que era indispensável de uma forma dispendiosamente?

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