Rei D. Fernando I |
O Rei D. Fernando I, apelidado de O Formoso e O Inconstante, doou as terras de Óis da Ribeira ao Conde de Barcelos no dia 22 de Setembro de 1369.
Há 652 anos!
A carta real foi passada em Coimbra, neste dia de há mais de seis séculos e meio, e em nome de D. João Afonso Tello de Meneses, o 4º. conde de Barcelos, e 1º. Conde de Ourém (ver a imagem), para ele «passando toda a parte, direito e quinhão que ele, Senhor Rei, tinha nas vilas de Óis da Ribeira e de Requeixo», segundo historia Landelino de Miranda Melo, no seu livro «Travassô e Alquerubim e outras localidade da Região do Vouga».
Curiosamente, quer Óis da Ribeira quer Requeixo aparecem designadas como vilas, embora o foral óisdaribeirense só tenha sido atribuído por D. Manuel I a 2 de Junho de 1516. O autor, neste sobredito livro, refere que «Óis e Requeixo aparecem designadas umas vezes por vilas e outras vezes por aldeias».
Curiosamente, quer Óis da Ribeira quer Requeixo aparecem designadas como vilas, embora o foral óisdaribeirense só tenha sido atribuído por D. Manuel I a 2 de Junho de 1516. O autor, neste sobredito livro, refere que «Óis e Requeixo aparecem designadas umas vezes por vilas e outras vezes por aldeias».
Já agora, e ainda segundo o mesmo livro de Laudelino de Miranda Melo, o Rei D. Duarte, em 1433, confirmou à condessa D. Joana de Castro «parte da aldeia de Óis da Ribeira». E que também pertenceu, sem citar datas, a D. Afonso, terceiro filho do Duque de Bragança.
Outros tempos,
outros factos !
O nascimento de Eurico Tavares em 1924; as festas do padroeiro Santo Adrião e a primeira edição do «Jornal da ARCOR» em 1979 !
1 - ANO 1922,
há 99 anos!
- O NASCIMENTO DE EURICO TAVARES: O óisdaribeirense Eurico de Almeida Tavares da Silva popularizou-se como violinista e solista/cantor da Tuna Musical de Óis da Ribeira e fez vida como empresário na Venezuela. Nasceu a 22 de Setembro de 1922 e faleceu a 27 de Fevereiro de 1994.
Filho de Gracinda de Almeida Reis e de Joaquim Tavares da Silva, fundador da Foto Tavares, da Mercearia Escondidinho e do Café Império, foi militar da Marinha Portuguesa e trabalhou para as Construções Franki, na construção da ponte de Óis da Ribeira. Emigrou para Venezuela por conta desta empresa e lá se radcou e lá fez toda a sua vida profissional, continuando a de artista.
A 24 de Junho de 1990, há 31 anos, uma comissão liderada por Milton Santos quis homenageá-lo mas ... Eurico Tavares faltou à homenagem. A cerimónia incluía-se no programa da visita do Governador Civil de Aveiro, a que se associou a Tuna, nomeadamente executando o Hino da Maria da Fonte - frente à antiga sede da Junta. Curiosamente, agora sede da Tuna.
O antigo tuno estava radicado na Venezuela e no dia de há 31 anos estava em Aveiro, mas não apareceu e supomos que nunca deu qualquer explicação da falta.
O Jornal de Notícias, do Porto, deu notícia do insólito caso, que aqui reproduzimos. - Clicar na imagem para a ampliar e ler.
O antigo tuno estava radicado na Venezuela e no dia de há 31 anos estava em Aveiro, mas não apareceu e supomos que nunca deu qualquer explicação da falta.
O Jornal de Notícias, do Porto, deu notícia do insólito caso, que aqui reproduzimos. - Clicar na imagem para a ampliar e ler.
2 - ANO 1979,
há 42 anos!- PADROEIRO SANTO ADRIÃO FESTEJADO PELA ARCOR NAS FESTAS DE ÓIS DA RIBEIRA: A ARCOR organizou, a 22 e 23 de Setembro de 1979, há 42 anos, as chamadas Festas de óis da Ribeira, simultaneamente festejando Santo Adrião, o padroeiro da paróquia.
Foram dois dias de intensa actividade cultural, recreativa e desportiva e de franco refrescamento do óisdaribeirismo que, então, andava muito volátil e esquecido. Ainda que bem melhor que o de hoje, ano da graça de 2021!
O programa foi o seguinte:
- Dia 22, sábado: Campanha do nasso (pesca), exposição de artesanato (na Junta), teatro infantil (com o Grupo de Teatro do Orfeão de Águeda), cinema (pela Junta Central das Casa do Povo) e festival de folclore - com o Grupo Folclórico da Região do Vouga (Mourisca) e a Rusga de Arcozelo (Gaia), que, no final e já no salão do Pôr-do-Sol, surpreendeu o público com uma memorável terceira parte, em forma de revista popular.
- Dia 23, domingo: Missa solene, campal (na pateira), e procissão para a Igreja. Tarde de ciclismo, atletismo e corridas de barcos. Concerto da Banda Nova de Fermentelos e da Tuna Musical de Óis da Ribeira, expressamente reorganizada para o efeito.
A ARCOR teve colaboração gratuita de todas estas instituições e também da Câmara Municipal de Águeda, Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ), Federação do Folclore Português, Casa do Povo de Águeda e Escola Central de Sargentos - que, gratuitamente assegurou o transporte dos dois grupos de folclore.
- Dia 22, sábado: Campanha do nasso (pesca), exposição de artesanato (na Junta), teatro infantil (com o Grupo de Teatro do Orfeão de Águeda), cinema (pela Junta Central das Casa do Povo) e festival de folclore - com o Grupo Folclórico da Região do Vouga (Mourisca) e a Rusga de Arcozelo (Gaia), que, no final e já no salão do Pôr-do-Sol, surpreendeu o público com uma memorável terceira parte, em forma de revista popular.
- Dia 23, domingo: Missa solene, campal (na pateira), e procissão para a Igreja. Tarde de ciclismo, atletismo e corridas de barcos. Concerto da Banda Nova de Fermentelos e da Tuna Musical de Óis da Ribeira, expressamente reorganizada para o efeito.
A ARCOR teve colaboração gratuita de todas estas instituições e também da Câmara Municipal de Águeda, Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ), Federação do Folclore Português, Casa do Povo de Águeda e Escola Central de Sargentos - que, gratuitamente assegurou o transporte dos dois grupos de folclore.
Os tempos eram de sementeira da ARCOR! De união e promoção do associativismo. Desse domingo, ficou memorável o pé de dança de D. Maria Augusta, a avó de Fernando e Arlindo Reis, que fez 92 anos no dia 23 desse Setembro de há 46 anos. E a visita de «mais de 2000 pessoas, nos dois dias», como se lia na imprensa de Águeda - reportando as Festas de Ois da Ribeira e num artigo assinado por Salvador Rodrigues.
O primeiro «Jornal da ARCOR». Há 42 anos! |
3 - ANO 1979,
há 42 anos !
- A PRIMEIRA EDIÇÃO
- A PRIMEIRA EDIÇÃO
DO «JORNAL DA ARCOR»: A primeira edição do «Jornal da ARCOR» saiu a 22 de Setembro de 1974. Há precisamente 42 anos!
O editorial sublinhava que «a ARCOR nasceu para unir as pessoas (…), solidificar laços de autêntica amizade entre todos os que, nascidos ou residentes em Óis da Ribeira, como os ausentes no estrangeiro da nossa saudade, se queiram associar a este projeto de ligação entre as pessoas de vários quadrantes sociais que formam a família ribeirense».
A primeira página titulava «O jornal que queremos ser» e antecipava um claro «é preciso olhar bem para a frente». E um bem expressivo: «Gente de Óis da Ribeira quer futuro de progresso». Anunciava, para o interior, as «Histórias e sátiras do Cruzeiro do Mal-Dizer», ou seja «histórias e ideias... para ler», antepassado do «Clube Ar e Cor» que viria a ser matriz da última série - a que se publicou entre Junho de 2001 e Março de 2005.
O jornal de há 42 anos tinha 8 páginas (quatro a cores) e outros títulos eram estes: ARCOR - o que somos, ao que vimos (planos da associação), Escola Primária é um mundo de carências (reportagem), Registo Pessoal (notícias da sociedade local), A quantas andamos e As «Políticas» (comentários sociais), Jornal Luz e Esperança (jornal da paróquia), Coisas do Antigamente (notícias de 50 anos antes), Pateira vai ser limpa (notícia), Festas de Ois da Ribeira (programa de 2 dias em honra do padroeiro Santo Adrião) e Tuna de Ois da Ribeira (nesse ano «reactivada» para actuar em actividades da ARCOR).
A primeira série publicou pelo menos cinco números, com periodicidade trimestral. Não sabemos se mais.
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