A escola feminina, agora a casa de Tobias Framegas dos Reis |
O decreto de nomeação da professora Alzira |
A escola primária feminina de Óis da Ribeira foi inaugurada a 1 de Dezembro de 1906, há 115 anos, com programa de festa rija, foguetes e duas tunas - a local e a de Travassô.
As autoridades foram recebidas em Cabanões, o desfile atravessou o rio de barco (a ponte só viria em 1952) e à uma hora da tarde chegaram as autoridades de Águeda, formando-se «um cortejo imponente, pela grande quantidade de povo» e deitaram-se muitos foguetes, com as ruas embandeiradas e «os diferentes e bonitos arcos de flores apresentavam uma vista lindíssima».
A inauguração foi à 1,30 da tarde, falando o padre Marques de Castilho, director da Escola Distrital de Aveiro (em nome de Manuel Homem de Mello, o Conde de Águeda, «a quem se deve a criação da cadeira»), o padre José Bernardino dos Santos Silva e Domingos Cerqueira - que encerrou a sessão.
A escola ficava na casa que é hoje de Tobias Framegas dos Reis, na ao tempo Rua doano), agora Manuel Tavares) e foi construída por este Manuel Maria Tavares da Silva - para residência do cunhado Acúrsio Sucena Estima, emigrado no Brasil.
A primeira professora foi Alzira Tavares da Silva, de Travassô, e a festa foi encerrada no «palacete do padre José Bernardino», onde o pai da professora (António Tavares da Silva) ofereceu «a cerca de 200 pessoas, um lauto jantar, que decorreu animadíssimo, havendo champanhe e brindes entusiásticos e brilhantes».
As duas tunas «acompanharam sempre, tocando ambas ao banquete belas e variadas peças, que muito agradaram».
As duas tunas «acompanharam sempre, tocando ambas ao banquete belas e variadas peças, que muito agradaram».
Outros tempos,
outros factos!
A restauração de Portugal em 1935; a demolição da sede da Junta em 1951; a compra do terreno da ARCOR em 2003; a JSD de Sérgio Neves em Óis da Ribeira em 2011!
1 - ANO 1935,
há 86 anos !
- RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL
NAS ESCOLAS PRIMÁRIAS: As escolas primárias de Óis a Ribeira comemoraram a restauração da independência nacional no dia 1 de Dezembro de 1935. Há 86 anos!
«A data não passou despercebida. Os professores das escolas primárias oficiais reuniram naquele dia os seus alunos demonstrando-lhe o que é o dia comemorativo de 1 de Dezembro de 1640», relatava o jornal «Independência de Águeda» de 15 de Dezembro de 1983.
Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário de 1 de Dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o reino, pela revoplta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia filipina de Castela (Espanha).
O golpe culminou com a instauração da 4ª. Dinastia Por Portuguesa (a Casa de Bragança), com a aclamação de D. João IV - a que se seguiram 28 anos de guetrra com a Coroa de Castela.
O mesmo jornal, na mesma edição e ainda e sobre funcionamento da escola, escrevia que «consta-nos que a do sexo feminino não abre à hora regulamentar».
«Porque será?», interrogava o jornal, acrescentando que «nós entendemos que em primeiro lugar devem estar as obrigações».
«A data não passou despercebida. Os professores das escolas primárias oficiais reuniram naquele dia os seus alunos demonstrando-lhe o que é o dia comemorativo de 1 de Dezembro de 1640», relatava o jornal «Independência de Águeda» de 15 de Dezembro de 1983.
Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário de 1 de Dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o reino, pela revoplta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia filipina de Castela (Espanha).
O golpe culminou com a instauração da 4ª. Dinastia Por Portuguesa (a Casa de Bragança), com a aclamação de D. João IV - a que se seguiram 28 anos de guetrra com a Coroa de Castela.
O mesmo jornal, na mesma edição e ainda e sobre funcionamento da escola, escrevia que «consta-nos que a do sexo feminino não abre à hora regulamentar».
«Porque será?», interrogava o jornal, acrescentando que «nós entendemos que em primeiro lugar devem estar as obrigações».
2 - ANO 1951,
há 70 anos!
- DEMOLIÇÃO DE UMA SEDE
DA JUNTA DE FREGUESIA: A Casa da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira inaugurada a 7 de Setembro de 1947, há 74 anos, foi demolida a 1 de Dezembro de 1951, já 70 e para ser aberta a rua que dá acesso à ponte.
A hoje conhecida Rua Jacinto Bernardo HenrIques.
A demolição já tinha sido decidida a 8 de Julho desse mesmo ano, «por ordem da Câmara Municipal de Águeda», que também expropriava uns casebres anexos, afim de desobstruir a estrada de ligação à ponte - assim se concluindo que ficavam onde hoje é a Rua Jacinto Bernardo Henriques (a da Ponte).
O presidente da Junta de Freguesia era Benjamim Soares de Freitas, com o secretário Arnaldo Rodrigues de Figueiredo e o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes).
A demolição já tinha sido decidida a 8 de Julho desse mesmo ano, «por ordem da Câmara Municipal de Águeda», que também expropriava uns casebres anexos, afim de desobstruir a estrada de ligação à ponte - assim se concluindo que ficavam onde hoje é a Rua Jacinto Bernardo Henriques (a da Ponte).
O presidente da Junta de Freguesia era Benjamim Soares de Freitas, com o secretário Arnaldo Rodrigues de Figueiredo e o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes).
A venda de pedra e madeiras do edifício rendeu 288$50 e o trabalho de demolição foi executado João Simões de Carvalho (Caçarolo), José Pereira dos Santos, José Rodrigues de Almeida (Padeiro) e Invêncio Viegas, que pelo serviço levaram 72$50. O orçamento da Junta de Freguesia, para 1952, aprovado a 23 de Dezembro de 1951, era de… 601$75.
3 - ANO 2003,
há 18 anos !
- ARCOR DECIDIU COMPRA DO
TERRENO DO PADRE JOSÉ BERNARDINO: A compra do terreno da casa e quintal que foram do padre José Bernardino dos Santos Silva foi decidida pela ARCOR a 1 de Dezembro de 2003, há precisamente 18 anos.
A direção era presidida por Celestino Viegas e, negociada e decidida a compra, faltavam duas coisas: o necessário financiamento e a aprovação da assembleia geral.
A casa tinha sido demolida em Dezembro de 2002 e a compra aos herdeiros do padre José Bernardino (o casal Cândida Tavares Ferreira e José Bernardino Estima Reis, o actual presidente da ARCOR) foi aprovada na AG de 12 de Dezembro de 2003, por 140 000 euros (28 000 contos!). Seriam agora 176.699 euros.
O espaço destinava-se a construir o lar e espaços de lazer mas, infelizmente e vá lá saber-se porquê, passados 19 anos e as direções de Agostinho Tavares, João Gomes, Manuel Soares e Mário Marques, o terreno está sem lar e totalmente desaproveitado. Apenas com uma hortinha feita por voluntários.
A casa tinha sido demolida em Dezembro de 2002 e a compra aos herdeiros do padre José Bernardino (o casal Cândida Tavares Ferreira e José Bernardino Estima Reis, o actual presidente da ARCOR) foi aprovada na AG de 12 de Dezembro de 2003, por 140 000 euros (28 000 contos!). Seriam agora 176.699 euros.
O espaço destinava-se a construir o lar e espaços de lazer mas, infelizmente e vá lá saber-se porquê, passados 19 anos e as direções de Agostinho Tavares, João Gomes, Manuel Soares e Mário Marques, o terreno está sem lar e totalmente desaproveitado. Apenas com uma hortinha feita por voluntários.
4 - ANO 2011,
há 10 anos !
- JSD EM ÓIS DA RIBEIRA
E A QUESTIONAR A CÂMARA: A Comissão Politica Concelhia de Águeda da JSD visitou a freguesia de Óis de Ribeira, há 10 anos, e o presidente Fernando Pires apresentou vários problemas e valências da sua Junta, que «tem visto as suas funções mais dificultadas, desde a governação socialista no município de Águeda».
A JSD, segundo o presidente Sérgio Neves - o actual presidente da Juta de Freguesia da UFTOR - «ficou impressionada com problemas apresentados e com a falta de apoio e investimento da Câmara nesta freguesia», alguns dos quais «podiam ser feitos com meios próprios da autarquia.
Sérgio Neves comentou que «há respostas que estão por dar à Junta, há cerca de quatro anos, quando vereadores socialista visitaram a freguesia, prometeram pequenas obras e ainda nada chegou, nem uma simples resposta». Investimentos que tiveram de ser assumidos pela Junta.
O Pólo Educativo da Pateira Nascente, anulado pelo então presidente camarário (Gil Nadais), foi outra questão abordada e, segundo Fernando Pires, «não se sabe que rumo dar às crianças». Como hoje se sabe, nem há Pólo Educativo e até fechou a escola primária.
A JSD, segundo o presidente Sérgio Neves - o actual presidente da Juta de Freguesia da UFTOR - «ficou impressionada com problemas apresentados e com a falta de apoio e investimento da Câmara nesta freguesia», alguns dos quais «podiam ser feitos com meios próprios da autarquia.
Sérgio Neves comentou que «há respostas que estão por dar à Junta, há cerca de quatro anos, quando vereadores socialista visitaram a freguesia, prometeram pequenas obras e ainda nada chegou, nem uma simples resposta». Investimentos que tiveram de ser assumidos pela Junta.
O Pólo Educativo da Pateira Nascente, anulado pelo então presidente camarário (Gil Nadais), foi outra questão abordada e, segundo Fernando Pires, «não se sabe que rumo dar às crianças». Como hoje se sabe, nem há Pólo Educativo e até fechou a escola primária.
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