A notícia de há 118 anos no jornal «Independência de Águeda» |
Notícia de A. Saldanha e... |
O jornal «Independência de Águeda» de 16 de Janeiro de 1904, há precisamente 118 anos, noticiava que os óisdaribeirenses António Maria Marques Saldanha e José Constantino dos Reis integravam o Jury Criminal da Comarca de Águeda no primeiro semestre de 1904.
A função de um grande júri (com y, assim se escrevia ao tempo) era acusar pessoas que podem ser culpadas de um crime, mas também ser um escudo contra processos infundados e opressivos. Era, na prática, um meio de os cidadãos leigos, representantes da comunidade, participarem na administração da justiça.
O Jury Criminal era tradicionalmente formado 23 membros da área territorial da respectiva Comarca, neste caso a de Águeda, e certamente homens carismáticos e de elevado prestígio local. Pároco de Óis da Ribeira, a esse tempo, era o padre Manuel Gomes de Andrade, que acumulava com a presidência da Junta Paroquial.
E quem eram os dois grandes jurados, assim eram denominados, de Óis da Ribeira? Vejamos:
José Constantino dos Reis, agricultor e então com 47 anos, nasceu a 10 de Setembro de 1856, filho de José Francisco dos Reis e de Maria Teresa de Almeida. Neto paterno de Manuel Francisco Gomes e de Maria Francisca Reis, neto materno de José Marques de Almeida e de Maria Teresa Estima. Casou aos 21 e com Maria Rosa, de 18 e governanta de casa, filha de Francisco Gomes dos Reis e de Maria Rosa Soares da Maia, todos de Óis da Ribeira.
Agricultor de profissão, viria a ter morte trágica, por afogamento num poço de Segadães, no dia 10 de Janeiro de 1905, um ano depois da sua indicação como jurado criminal. Esteve na feira da Fontinha e seguiu para Mourisca do Vouga. A família, estranhou o atraso do regresso, pediu apoio e o cadáver foi encontrado num poço próximo dos moínhos e lagar de Segadães.
O Jury Criminal era tradicionalmente formado 23 membros da área territorial da respectiva Comarca, neste caso a de Águeda, e certamente homens carismáticos e de elevado prestígio local. Pároco de Óis da Ribeira, a esse tempo, era o padre Manuel Gomes de Andrade, que acumulava com a presidência da Junta Paroquial.
E quem eram os dois grandes jurados, assim eram denominados, de Óis da Ribeira? Vejamos:
Registo de óbito de José Constantino dos Reis |
José Constantino
dos Reis
José Constantino dos Reis, agricultor e então com 47 anos, nasceu a 10 de Setembro de 1856, filho de José Francisco dos Reis e de Maria Teresa de Almeida. Neto paterno de Manuel Francisco Gomes e de Maria Francisca Reis, neto materno de José Marques de Almeida e de Maria Teresa Estima. Casou aos 21 e com Maria Rosa, de 18 e governanta de casa, filha de Francisco Gomes dos Reis e de Maria Rosa Soares da Maia, todos de Óis da Ribeira.
Agricultor de profissão, viria a ter morte trágica, por afogamento num poço de Segadães, no dia 10 de Janeiro de 1905, um ano depois da sua indicação como jurado criminal. Esteve na feira da Fontinha e seguiu para Mourisca do Vouga. A família, estranhou o atraso do regresso, pediu apoio e o cadáver foi encontrado num poço próximo dos moínhos e lagar de Segadães.
A justiça actuou e veio a apurar-se que morreu por congestão, embora sem se identificar a razão por que apareceu o cadáver no poço. O registo de óbito (ver a imagem) apenas refere que foi encontrado pelas 4 horas da tarde do dia 11, num poço de Segadães «onde caiu».
«Tudo leva a crer que quando por ali passava, por volta das 8 horas da noite do dia antecedente» - o dia 10 de Janeiro de 1905, pelo relato do padre Manuel Gomes de Andrade, o pároco de Óis da Ribeira.
O casal teve 12 filhos, 10 dos quais vivos nessa fatídica data. - Ver AQUI
O casal teve 12 filhos, 10 dos quais vivos nessa fatídica data. - Ver AQUI
Marques Saldanha
António Maria Marques Saldanha era filho de Manuel Marques Saldanha e Ana Marques de Jesus, neto paterno de Manuel Marques Saldanha e de Ana Marques de Jesus e materno de Domingos Francisco dos Reis e de Ana Maria dos Reis, todos de Óis da Ribeira.
Lavrador e solteiro, casou aos 26 anos e no dia 9 de Janeiro de 1886, com Maria Cecília dos Reis, de 41 anos e criada de servir, filha dos sobreditos Domingos Francisco dos Reis e Ana Maria dos Reis, todos de Óis da Ribeira.
O casal teve vários filhos, por exemplo Domingos (nascido a 21 de Junho de 1890 e falecido a 3 de Agosto de 1975, solteiro e que vivia com o irmão Serafim). Serafim Maria dos Reis nasceu a 9 de Março de 1897 e foi proprietário, lavrador e músico da Tuna, morando numa casa onde agora se situa a casa mortuária. Casou a 15 de Setembro de 1916 com Ana Rosa da Conceição Reis, que era de Travassô. Enviuvou a 11 de Maio de 1963 e faleceu a 8 de Fevereiro de 1970, aos 83 anos.
Serafim, a 8 de Junho de 1936, ajudou a salvar de afogamento um cidadão de Travassô, de nome José Rolo, que se afogava no rio Águeda, frente ao Valbom, com os óisdaribeirenses José Ferreira da Maia (pai e filho).
António Maria Marques Saldanha era filho de Manuel Marques Saldanha e Ana Marques de Jesus, neto paterno de Manuel Marques Saldanha e de Ana Marques de Jesus e materno de Domingos Francisco dos Reis e de Ana Maria dos Reis, todos de Óis da Ribeira.
Lavrador e solteiro, casou aos 26 anos e no dia 9 de Janeiro de 1886, com Maria Cecília dos Reis, de 41 anos e criada de servir, filha dos sobreditos Domingos Francisco dos Reis e Ana Maria dos Reis, todos de Óis da Ribeira.
O casal teve vários filhos, por exemplo Domingos (nascido a 21 de Junho de 1890 e falecido a 3 de Agosto de 1975, solteiro e que vivia com o irmão Serafim). Serafim Maria dos Reis nasceu a 9 de Março de 1897 e foi proprietário, lavrador e músico da Tuna, morando numa casa onde agora se situa a casa mortuária. Casou a 15 de Setembro de 1916 com Ana Rosa da Conceição Reis, que era de Travassô. Enviuvou a 11 de Maio de 1963 e faleceu a 8 de Fevereiro de 1970, aos 83 anos.
Serafim, a 8 de Junho de 1936, ajudou a salvar de afogamento um cidadão de Travassô, de nome José Rolo, que se afogava no rio Águeda, frente ao Valbom, com os óisdaribeirenses José Ferreira da Maia (pai e filho).
O tempo é um jurado, então faça o seu melhor, ou ele irá te eliminar. Porque aquele que ameaça um justo em sua jornada diversas vezes, está jurado de morte, caso não se arrependa imediatamente.
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