O polidesportivo e balneários da ARCOR em 2003 |
Os primeiros balneários em 2000 |
O conselho fiscal, presidido por António José Tavares continua exactamente o mesmo e da assembleia
Notícia no «Jornal da ARCOR» |
Hoje, concluímos o trabalhos que ontem iniciámos sobre os grandes desafios do executivo liderado pela presidente Eva Santos.
4 - Polidesportivo abandonado,
assaltado e vandalizado!
O polidesportivo da ARCOR foi inaugurado a 26 de Junho de 1995, por Manuel Castro Almeida, o então Secretário de Estado dos Desportos, e na direção de António José Tavares, o agora presidente do conselho fiscal.
Sem balneários.
O presidente Fernando Reis iniciou a sua construção (a dos balneários), em Abril de 2000, mas o edifício (inconcluído...) foi alterado e ampliado já na direção de Celestino Viegas, com obras que o puseram na forma actual e inauguradas a 25 de Outubro de 2003 - por Pinto Galvão, o então vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda.
Celestino Viegas referiu que «este dia é especial para nós, pois Óis da Ribeira passa a ter mais um equipamento desportivo» e, por outro lado, «um dia de muita importância, pois o novo equipamento estará à disposição de todos os ribeirenses».
Pinto Galvão regozijou-se «por mais uma obra da ARCOR», associação que, sublinhou, «tem trabalhado para a melhoria da qualidade de vida da população, de que é magnífico exemplo o Centro Social que estão a construir e, agora, os balneários para proporcionar a prática desportiva aos jovens e aos ribeirenses».
O espaço passou a ser regularmente utilizado pelas valências sociais da instituição, mas a partir de 2006 rarissimamente foi utilizado pela ARCOR. E já foi assaltado e sucessivamente vandalizado.
5 - Quadro de pessoal
e transportes !
O quadro de pessoal da ARCOR é comummente citado como sendo excessivo.
Julgamos saber que tem de obedecer a rácios exigidos pela Segurança Social, pelo que, a ser assim, ou não, a situação deveria ser claramente explicada à comunidade associativa. E à óisdaribeirense, que tem (má) opinião sobre a matéria, quem sabe se por estar mal informada.
A sua gestão corrente é também muita questionada por associados e comunidade. Com ou sem razões. Os «boatos» correm e multiplicam-se rapidamente numa vila como Óis da Ribeira.
Os transportes são um pesado encargo para a tesouraria associativa e são muita faladas deficiências na sua manutenção. O que terá já levado à imobilização de algumas viaturas. Por alguma razão o (falecido) presidente Estima Reis falava em substituição da frota automóvel por viaturas eléctricas.
Dossiê a estudar, dizemos nós, tendo até em conta o custo dos combustíveis.
A nova direção saberá decidir. E bem, seguramente.
6 - Actividades culturais
e recreativas «mortas» !
A ARCOR, como a sua própria designação indica, é associação recreativa e cultural.
O teatro é tradição óisdaribeirense que galga pelo menos 3 séculos.
Tradição que a ARCOR, de corpo e alma, de corpo inteiro, entusiasmadamente e de forma organizada, assumiu em 1979 - o seu ano fundador.
Mas, desde há 10 anos que o Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR não sobe aos
Marcas populares |
Lembram-se?
As marchas populares, por sua vez, iniciaram-se em 2002, há exactamente 20 anos.
Com enorme sucesso, desde logo e grávidas de popularidade e fartíssimo entusiasmo, atraindo a mobilização popular óisdaribeirense. A ARCOR chegou a, simultaneamente e numa mesma edição, apresentar 5 grupos e mais de 150 elementos em marcha e tocata.
A pandemia interrompeu-as em 2020 e 2021, mas a «ressurreição» não aconteceu em 2022. Ninguém nelas ouviu falar e muito menos... ver.
Teatro e marchas populares, entre outras iniciativas culturais e recreativas (e desportivas, lembram-se do futsal?), mobilizavam o povo de Óis da Ribeira, aproximavam a instituição da comunidade e fortaleciam a ARCOR.
Mas não existem, deixaram os palcos e as ruas de Óis da Ribeira e de localidades vizinhas.
Perderam-se no tempo e na inércia associativa.
O que é uma pena!
futuro de médio prazo!
O d´Óis Por Três, que por natureza é avesso a previsões catastrofistas, não pôde deixar, mesmo assim, de observar o passado próximo da ARCOR - que não é, de resto, novidade nenhuma para quem minimamente acompanha o dia-adia da instituição.
Observámos o passado recente, na perspectiva de o lembrar para o futuro, embora não nos caiba a incumbência - nem bedelho queiramos meter onde não somos chamados.
Todavia, é nossa convicção de a ARCOR precisa de se aproximar e ser mais cúmplice e menos «secreta» para com a comunidade local. E, em especial, mobilizar a sua massa associativa. Inter-agir!
Precisará, à partida e repetindo-nos, de equilibrar as contas e inverter a dramática tendência deficitária dos últimos 6 anos.
Recordemos e tendo como exemplo o mais recente défice de exercício, o de 2021, o último oficialmente conhecido e aprovado em assembleia geral, que foi este de 53 496,91 euros.
Uma espantosa média de 4 458 euros mensais!
Qualquer coisa como cerca de 150 euros por dia!
Ano, o de 2021, já com um pouco mais de 7 meses de gestão da nova direção.
Devemos considerar, no entanto e justamente, que os resultados de 2021, segundo o relatório e contas, «comparativamente com os anteriores, demonstram claramente que a linha perigosamente descendente verificada desde há uns anos a este parte, sofreu uma inversão».
«Reduziu-se o resultado final em quase 30%», sublinhou o quarteto executivo que recusou assumir a gestão arcoriana mas, de ora em diante, vai assessorar a presidente Eva Santos.
Uma redução que, acrescentamos nós - e apenas recordando os dados oficiais - que resultou no tal défice, no brutal prejuízo de 53 496,91 euros, aprovado na assembleia geral de 30 de Março de 2022.
muito trabalhos e dedicação,
sacrifícios e acção!
Queiramos, ou não, estamos a falar de muito dinheiro, de muitos, muitos euros! De necessidade de muita mobilização, de trabalho e dedicação permanentes, sacrifícios sem conta e acção ilimitada!
De competência directiva e de sacerdócio associativo!
Sem complexos e sem medos!
O que, convenhamos, é um desafio gigantesco à capacidade directiva e à multiplicação das suas sinergias! Da sua competência estratégica e eficácia mobilizadora e de captação de fundos e apoios.
Quaisquer que sejam.
Venham de onde venham!
O momento, pois e de verdade, não é o melhor. Não é, mas não há, dizemos nós, não há que temer o futuro. Há, isso sim, que enfrentá-lo com coragem e determinação!
O momento, não sendo fácil, muito longe disso, não deve, todavia, desestimular os actuais dirigentes e os associados e quem seriamente se preocupa com a instituição. Deve, antes, mobilizá-los para o grande desafio do futuro.
Boa sorte, muito boa sorte!!!!, senhoras e senhores directores e a ARCOR, no seu todo.! Vale a pena acreditar.
Oxalá!!!!
Uma vontade, mesmo se é boa, deve ceder a uma melhor. A única maneira de nos livrarmos da tentação é ceder a ela. E com esta meditação que é um vício solitário que cava no aborrecimento um buraco negro que a tolice vem preencher.
ResponderEliminarPorque não ceder os direitos do herdado polidesportivo ao executivo local para deixar um legado a terceiros ?!
Sempre a condicionar quem se dispõe a trabalhar. Mais, esta história está contada apenas do ponto de vista do autor do blog, claramente com interesse na mesma. O melhor que podia fazer era, ao contrário do que aconteceu no passado, não boicotar o acesso a receitas externas de entidades concelhias. Fico-me por aqui sabendo de antemão que este comentário será, como outros foram, censurado. Tempos da outra senhora. É o que temos.
ResponderEliminarSeria tão fácil se pudessemos transferir para domínio alheio tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma como, por exemplo, o polidesportivo. Alianava se um sonho, para comprar a realidade das grandes dívidas da instituição.
ResponderEliminarHá tempo pra tudo.
De plantar, de colher, de comprar e de vender.
Então, tudo o que precisamos é de um pouco de paciência e coragem para os inseguros, tranquilidade para os ansiosos, felicidade para os infelizes e fé para quem não acredita em si mesmo de se redimir dos desvairos praticados na instituição.