 |
A apanha do moliço na pateira exigia forte força braçal |
 |
Carregamento do moliço da pateira para fertilização das terras de Óis da Ribeira |
1 - ANO 1989: A APANHA DO MOLIÇO
NA EMISSORA NACIONAL: A apanha de moliço na pateira foi tradição que a modernidade «matou», mas ainda é contemporânea de muitos óisdaribeirenses vivos.
O dia 25 de Agosto, na tradição popular da quatro freguesias ribeirinhas do Século XX, o da abertura da segunda fase da campanha da apanha do moliço na pateira - que os óisdaribeiremses chamavam de ribeiro.
O dia 25 de Agosto, na tradição popular da quatro freguesias ribeirinhas do Século XX, o da abertura da segunda fase da campanha da apanha do moliço na pateira - que os óisdaribeiremses chamavam de ribeiro.
A tradição «mandava» e os sinos da Igreja de Fermentelos tocavam ao alvorecer, dando o sinal para os homens e as bateiras galgarem a água, com varas e ancinhos para a recolha do moliço, arrancado da pateira à custa de muita força braçal.
O moliço, em OdR vulgarmente chamado estrume do ribeiro, era usado como fertilizante dos campos da 4 freguesias ribeirinhas, mas deixou de ser e também deixou de existir nas águas da lagoa.
As imagens que mostramos, recolhidas da net, são dos princípios dos anos 60 do século XX, e nela vemos já a descarga do moliço nos portos de Óis da Ribeira, que eram «vendidos» pela Junta de Freguesia e para uso em prazos fixos. Para o efeito, as 4 autarquias afixavam editais próprios e a taxa, em Óis da Ribeira, era de 2$50 (ou 25 tostões), qualquer coisa como 1,11 euros, segundo o conversor da Pordata.
Diferente era, naturalmente, o custo anual, fixado em 10$00 (dez escudos) - ou sejam, 4,43 euros a valores actuais. Digamos que as Juntas de Freguesia de Óis da Ribeira desses primeiros anos dos Anos 60 do Século XX não fariam fortunas com estas receitas. Mesmo nos 70 e 80, quando a apanha deixou de se fazer, provavelmente mo princípio d década de 90.
O moliço, em OdR vulgarmente chamado estrume do ribeiro, era usado como fertilizante dos campos da 4 freguesias ribeirinhas, mas deixou de ser e também deixou de existir nas águas da lagoa.
As imagens que mostramos, recolhidas da net, são dos princípios dos anos 60 do século XX, e nela vemos já a descarga do moliço nos portos de Óis da Ribeira, que eram «vendidos» pela Junta de Freguesia e para uso em prazos fixos. Para o efeito, as 4 autarquias afixavam editais próprios e a taxa, em Óis da Ribeira, era de 2$50 (ou 25 tostões), qualquer coisa como 1,11 euros, segundo o conversor da Pordata.
Diferente era, naturalmente, o custo anual, fixado em 10$00 (dez escudos) - ou sejam, 4,43 euros a valores actuais. Digamos que as Juntas de Freguesia de Óis da Ribeira desses primeiros anos dos Anos 60 do Século XX não fariam fortunas com estas receitas. Mesmo nos 70 e 80, quando a apanha deixou de se fazer, provavelmente mo princípio d década de 90.
 |
| Carregamento do moliço para os campos |
A apanha do moliço
na Emissora Nacional
A tradição extinguiu-se em data indeterminada, mas, pela observação do site «Óis da Ribeira - Notícias, Curiosidades e Histórias», de Luís Neves (ver AQUI) realizou-se em 1989. Não sabemos se depois, mas pelo menos nesse ano.
A programação da Emissora Nacional (a actual RDP) de 26 de Julho desse mesmo ano dava conta da emissão, às 15 horas, de um programa sobre essa actividade «na freguesia de Óis da Ribeira» e sendo
A programação da Emissora Nacional (a actual RDP) de 26 de Julho desse mesmo ano dava conta da emissão, às 15 horas, de um programa sobre essa actividade «na freguesia de Óis da Ribeira» e sendo
 |
| A nota de serviço da Emissora Nacional |
A Emissora Nacional (actual RDP) considerava que era «espectáculo único no género no País» e também explicava que «manhã cedo, ao toque da alvorada dum sino, centenas de barcos moliceiros entregam-se afanosamente à recolha das algas, ate ao meio dia».
«Sucedem-se, então, com as refeições, danças e descantes regionais, com grande animação até ao pôr do sol», explicava a nota de serviço da Emissora Nacional, a agora a RDP. Eram outros tempos e ss realidades!...
- NOTA: Aos dias de hoje, já nada disto acontece. A malta diverte-se mais com as redes sociais, as suas mentirolas, os seus disfarces e palermices.
 |
| Benjamim Freitas |
RIBEIRO E DAS LONGAS: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, reunida a 25 de Agosto, autorizou o pagamento de 552$50 de serviços prestados durante 3 dias no arranjo do Caminho do Ribeiro, agora a Rua da Pateira, onde ao outro dia (26) começaria a época da apanha do moliço, por 25 ser um domingo. Seriam agora 245 euros.Autorizado foi também o pagamento de 1500$00 (666,85 euros) a José Maria Rosa, de S. Martinho, pelo serviço efectuado com a sua camioneta. Ainda assi, o serviço não ficou completo, por falta de tempo e disponibilidade deste camionista.
Falta de tempo foi a razão que levou a adiar o arranjo do Caminho das Longas (parte da actual Rua António Bernardino, na zoma dos apartamentos). Encontrava-se em muito mau estado.
- NOTA: A Junta de Freguesia era presidida por Armando Resende, com o secretário Manuel Simões dos Reis Manelzito) e o tesoureiro José Pinheiro das Neves, já todos falecidos. O Caminho das Longas era parte da hoje Rua António Bernardino (Berna).
 |
| ARCOR 1991 |
3 - ANO 1991: ARCOR ORGANIZOU
DISTRITAL DE JUVENIS DE CANOAGEM: A ARCOR organizou, a 25 de Agosto de 1991, há 30 anos, o campeonato distrital de iniciados de canoagem, classificando-se colectivamente em segundo lugar.
O clube de Óis da Ribeira estava no seu primeiro ano de actividade e, a título individual, Nuno Azevedo venceu a prova de cadetes, 200 metros, velocidade, e foi segundo na de 4000 metros.
Outras classificações de canoístas arcorianos:
- Pedro Carvalho: 3º. lugar em menores, 200 metros e circuito de 2000.
- Filipe Gomes: 4º. lugar em infantis, 200 metros.
- Nuno Silva: 2º. lugar no circuito de 2000 metros, 5º. em 2000, infantis.
- António Costa: 3º. lugar em cadetes, nos 200 metros, e 4º. em 4000 metros.
- Sérgio Anjos: 3º. lugar no circuito de 4000 metros e 5º. nos 200, em cadetes.
O Recreio de Águeda venceu por equipas, seguindo-se a ARCOR, de Óis da Ribeira (2º.), Orfeão de Vagos (3º.), Sporting de Aveiro (4º.) e Colectividade Popular de Cacia (5º.).
- NOTA: A direção da ARCOR era presidida por José Melo Ferreira, sucessor de Sesnando Reis - quem lançou a modalidade na associação óisdaribeirense.
O clube de Óis da Ribeira estava no seu primeiro ano de actividade e, a título individual, Nuno Azevedo venceu a prova de cadetes, 200 metros, velocidade, e foi segundo na de 4000 metros.
Outras classificações de canoístas arcorianos:
- Pedro Carvalho: 3º. lugar em menores, 200 metros e circuito de 2000.
- Filipe Gomes: 4º. lugar em infantis, 200 metros.
- Nuno Silva: 2º. lugar no circuito de 2000 metros, 5º. em 2000, infantis.
- António Costa: 3º. lugar em cadetes, nos 200 metros, e 4º. em 4000 metros.
- Sérgio Anjos: 3º. lugar no circuito de 4000 metros e 5º. nos 200, em cadetes.
O Recreio de Águeda venceu por equipas, seguindo-se a ARCOR, de Óis da Ribeira (2º.), Orfeão de Vagos (3º.), Sporting de Aveiro (4º.) e Colectividade Popular de Cacia (5º.).
- NOTA: A direção da ARCOR era presidida por José Melo Ferreira, sucessor de Sesnando Reis - quem lançou a modalidade na associação óisdaribeirense.
4 - ANO 2009: DIA DA APANHA
DO MOLIÇO DA PATEIRA: Contam os meus avós que o dia de hoje, dia 25 de Agosto, era de festa na pateira, pois era primeiro em que se podia apanhar moliço, para as segundas sementeiras do ano.
Tocava o sino em Fermentelos, logo de madrugada, e logo saltavam os homens com as lanchas - assim chamavam às bateiras - pela água foram para o arranque.
Empurravam as lanchas com uma vara e levavam um ancinho grade, com que apanhavam o moliço, que depois traziam para a margem, onde era descarregado. Era depois levado para as terras, servindo de fertilizante.
As mulheres, lá pelo as 9 e as 10 horas da manhã. apareciam com o almoço, à base de carne, principalmente rojões, bem abafados com uma ou duas garrafas de vinho - que se bebia à vontade pois era de baixa Graduação.
Depois, os homens voltavam à água para apanhar moliço, até que o corpo desse. Isto é, até que se aguentassem, pois o trabalho era muito violento.
- NOTA: A abertura de hoje fala de outra altura deste dia 35 de Agosto, o da abertura da apanha de moliço na pateira.
5 - ANO 2010: ATLETAS DA ARCOR
DESISTIRAM DA SELECTIVA NACIONAL
DE CANOAGEM: Não correu bem a selectiva nacional de canoagem que se realizou na pateira, em Óis da Ribeira: os dois atletas da ARCOR, Fábio Lopes e António Baptista, desistiram da prova de C2 juniores a que se propuseram.
Quanto á organização, pois correu bem - tendo estado a cargo da ARCOR e da Associação de Canoagem de Aveiro - que, segundo lemos, foi convidada a organizar a edição de 2011, assim como a prova da Taça de Portugal.
A prova realizou-se no sábado e domingo, no circuito da pateira que se vê na imagem (tirada do blogue ARCOR d´Ois).
- NOTA: A história das instituições faz-se de altos e baixos. De aprendizagens e do filosófico saber... perder. A ARCOR Canoagem não é diferente das outras
DE SANTO ANTÓNIO: A gente passa na fonte de Santo António e não dá conta dos pormenores. Por exemplo, certamente por distração minha, nunca tinha reparado bem no painel de Santo António que lá está. Mas está. E já há 8 anos, como também lá se lê. Quis registar o pormenor, e tirei a foto, que aqui ponho, neste dia de hoje.
- NOTA: A fonte, habitualmente, é alvo de vandalismo diversos, que ora lhe cortam as árvores ora roubam as torneiras, De momento, aos dia de hoje, está com torneira activa. Graças a Deus e em favor de quem por lá passa e precisa de matar a sede,
.JPG)
LENHAS EM HASTA PÚBLICA: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira vai vender lenhas dos seus espaços territoriais, que dentro de pouco tempo passarão para outra autoridade administrativa. Nem disso cuidaram os ilustres homens ribeirenses da política.
A venda está marcada para as 10,30 horas de 7 de Setembro, na casa da Rua do Viveiro, onde já fiou a sede da Tuna. E é lá que se devem dirigir os interessados em comprar os lotes em venda.
- NOTA: A curiosidade da altura estava no facto de o edital da venda estar assinado por Manuel Duarte Marques de Almeida, o secretário do presidente Fernando Pires - um dos que se passou para o PS, que não o aceitou. O d´Óis Por Três não sabe a razão, se quer se o presidente se demitiu, ou está de fériaS.
 |
| Entrada da Unidade de Saúde Provisória de Óis da Ribeira |
 |
O aviso de 13, sexta-feira, para vigorar no dia 16 de Agosto |
1 - Os utentes da dra. Alexandra Palma devem dirigir-se à Unidade de Saúde de Mourisca do Vouga, entre as 9,30 e as 13, as 14 e as 16,30 horas.
2 - Os utentes das dras. Heunice e Bárbara devem dirigir-se à Unidade de Saúde de Recardães, nos mesmos horários.
Já quanto atendimento medico para receituário:
3 - Os utentes devem dirigir-se ao secretariado clínico da Unidade de Saúde de Recardães. Também nos mesmo horários.
Bem sabemos que os profissionais de saúde tem direito e merecem ter férias. São justas.
Mas talvez as férias pudessem ser programadas de outra forma, uma forma que evitasse aos utentes sem transporte próprio terem de fazer estas deslocações. Dizemos nós, que não percebemos nada de planificação de férias de pessoal da área da saúde.
- NOTA: Coincidências da vida: um ano depois acontece precisamente a mesma coisa. A Unidade de Saúde (ou posto médico, como vulgarmente se chama) que provisoriamente funciona em Óis da Ribeira, na sede da União de Freguesias da (des)União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, vai estar encerrado do dia 16 (hoje) de Agosto ao dia 2 de Setembro. Ver AQUI
 |
| A horta da ARCOR a 23/08/2021 |
9 - ANO 2021: A HORTA DA ARCOR JÁ
DÁ PRODUÇÃO PARA A... POUPANÇA: A horta da ARCOR semeou-se, cresceu, foi tratada e está um mimo, como se pode ver na imagem ao lado, noticiava o d´Ois Por Três de há um ano.
E continuava:.
«É bom ver a nossa horta a crescer de dia para dia. E tão linda que está a ficar», comentou a direção de Estima Reis (Zeca), na página oficial de facebook da instituição, de onde tirámos a imagem.
A iniciativa foi lançada à terra no dia 19 de Julho deste ano, há pouquinho mais de um mês, e cresceu, cresceu, cresceu..., sempre bem cuidada. Graças ao voluntariado de Isaura Soares, Dulce Viegas, Fernanda Reis, António Costa e Idílio Reis, que, e citamos a ARCOR, «tornaram possível que isto acontecesse».
Horta assim, dá poupança à instituição, que não precisará de comprar legumes para a cozinha e assim a «aquisição» não entra nos custos de tesouraria.
A iniciativa foi lançada à terra no dia 19 de Julho deste ano, há pouquinho mais de um mês, e cresceu, cresceu, cresceu..., sempre bem cuidada. Graças ao voluntariado de Isaura Soares, Dulce Viegas, Fernanda Reis, António Costa e Idílio Reis, que, e citamos a ARCOR, «tornaram possível que isto acontecesse».
Horta assim, dá poupança à instituição, que não precisará de comprar legumes para a cozinha e assim a «aquisição» não entra nos custos de tesouraria.
- NOTA: O resto do texto de há um ano pode ser visto AQUI. As voluntárias da ARCOR continuam activas no desenvolvimento e aproveitamento da horta arcoriana.
Sem comentários:
Enviar um comentário