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Cartaz oficial do 1º. aniversário da implantação a República |
Diamantino Silva |
1 - ANO 1911: AS COMEMORAÇÕES
A 5 de Outubro de 1911.
O programa começou com uma salva de foguetes, às 5,15 horas da manhã, e continuou com o hastear da andeira Nacional (8,30) e distribuição de bodo aos mais necessitados da freguesia. E mais foguetes e repicar dos sinos.
A comissão organizadora e a Tuna local fizeram festiva arruada pela vila óisdaribeirense, com vivas à Pátria e à República e ao som de «A Portuguesa», do «Maria da Fonte» e da «Marselhesa». O largo principal estava lindamente engalanado e com fotografias dos homens que mais se destacaram na revolução e propaganda democrática - segundo os valores sesse tempo.
A sessão solene decorreu no Centro Republicano de Óis da Ribeira, numa casa que ficava no local onde agora se situa o centro social da ARCOR e a sede da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, aberta por Diamantino Francisco da Silva e encerrada por Silvério Marcos dos Reis, que era o presidente do CR e logo depois regressou a Pelotas (Brasil), sendo precisamente sido substituído por Diamantino Francisco da Silva.
A sede da Junta, agora sede da Tuna/AFOR |
3 - ANO 1980: AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS EM ÓIS DA RIBEIRA: As eleições legislativas portuguesas de 1980 realizaram-se no dia 5 de Outubro, há 41 anos, com mesa de voto na antiga sede da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, agora sede da Tuna / AFOR.
A Aliança Democrática (AD), formada por PSD, CDS e PPM, venceu pela segunda vez seguida, com 47,6% dos votos e 134 deputados, reconduzindo Sá Carneiro, como Primeiro-Ministro. O PS liderou a aliança Frente Republicana e Socialista (FRS), repetiu os resultados de 1979 e ficou-se pelos mesmos 74 deputados e 27,8% dos votos. A Aliança Povo Unido (APU, a actual CDU) perdeu 6 deputados, o número de deputados ganhos pela AD.
Registaram-se as seguintes votações:
- Aliança Democrática (AD, do PSD+CDS+PPM): 279 votos.
- Frente Republicana Socialista (liderada pelo PS): 122.
- Aliança Povo Unido (APU), actual CDU: 7.
- Partido dos Trabalhadores (PT): 6.
- Partido Operário de Unidade Socialista (POUS)/Partido dos Trabalhadores (PT): 3.
- Partido Socialista Revolucionário (PSR): 3
- Movimento Independente para a Reconstrução Nacional (MIRN)/Partido Democrata Cristão (PDC)/Frente Nacional (FN): 2.
- Unidade Democrática Popular (UDP): 1.
- Dia 15: Festa na Borralha.
QUEREM DISCUTIR A EXTINÇÃO
DA FREGUESIA: Se fossem os leitores do d´Óis Por Três a mandar, já estava convocada a discussão do magno problema da extinção, ou não, da freguesia de Óis da Ribeira. Estaria mesmo convocado um plenário, para o povo dizer o que pensa sobre o assunto. Mas não são: são as senhoras e os senhores eleitos, os mesmos e as mesmas que há precisamente dois anos prometiam o que podiam e não podiam, em nome de Óis das Ribeira e dos seus valores.
Dois anos depois, mas quais valores? Onde está esse frenesim eleitoralista? Foi-se e ninguém diz nada. Nem, uma sessão de esclarecimento, nem uma assembleia de freguesia extraordinária. E a culpa, que também అకుఇ parece morrer solteira, não é só dos vencedores de 2009, é também dos vencidos. Todos prometiam desenvolvimento, crescimento, etc. e tal. Olha, vê-se!
- NOTA: O inquérito do d´Óis Por Três concluiu como interessante a esmagadora vontade dos votantes da sondagem: 97% é a favor da discussão pública e de um plenário. «Fiquem-se pela ideia, pois quem tal pode fazer não está para isso. Que maçada, pá!!!», comentou o blog, há 11 anos.
Isto, se for dito por outras palavras, andou a futura ex-Junta a preparar a mexa para terceiros. Ou, como também se dizia antigamente, a preparar o forno para os outros porem a pá e cozerem e comerem o pão.
O preço ainda foi fixado e aprovado pela futura ex-Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira, da qual só um passará para a Assembleia de TravassÓis: o florista Venade. Ele e um ex-executivo: o Capitão Manuel.
Hoje, em conversa de almoço, ficámos a saber que o advogado viajava com uma filha e um neto e que já esteve outras vezes em Óis e que esta era por ele dita como a última, até pela sua idade. Ficámos a saber que a filha que o acompanhava se chama Ângela Reis e foi da página de facebook dela que soubemos mais pormenores. É de lá esta foto, com mais de 80 anos. A criança é o falecido de agora, com os pais. O pai chamava-se José Maria e era de Óis da Ribeira.
FICOU À PORTA DA ELEIÇÃO
PARA A «AR»: A aguedense Carla Tavares (PS) não conseguiu a eleição direta para a Assembleia da República, ficando a um lugar de o conseguir. O PS elegeu cinco deputados e Carla Tavares estava colocada no sexto lugar da lista socialista.
A coligação PSD/CDS-PP elegeu 10 deputados pelo círculo eleitoral de Aveiro: Luis Montenegro, António Topa, Regina Bastos, João Almeida, Ulisses Pereira, Helga Correia, Amadeu Albergaria, António Monteiro, Susana Lamas e Bruno Coimbra.
Os cinco deputados eleitos pelo PS são Pedro Nuno Santos, Fernando Andrade, Rosa Albernaz, Filipe Neto Brandão e Porfirio Silva.
O BE volta a eleger um deputado: Moisés Ferreira, apesar de ter protagonizado a maior subida, duplicando praticamente os votos de 2011 (19.338 há quatro anos).
A coligação PSD/ CDS-PP venceu no círculo eleitoral de Aveiro com 177.185 votos (48,14), seguido do PS com 102.726 votos (27,91), BE com 35.327 votos (9,69) e CDU com 16.038 votos (4,36).
Há quatro anos, o PSD tinha eleito 8 deputados e o CDS-PP dois, pelo que a representação de todos os partidos manteve-se inalterada. Porém, PSD e CDS-PP somaram 220.380 nas legislativas de há quatro anos, perdendo 43.195 votos.
O PS aumentou ligeiramente (3.080) a votação obtida nas legislativas de há quatro anos (99.646), tal como a CDU (15.704 em 2011, agora mais 334 votos).
A percentagem de votantes no distrito de Aveiro foi de 56,31 por cento, inferior ao que se verificou nas legislativas de há quatro anos (59,01). Votaram menos 16 mil eleitores nas legislativas de 2015.
- NOTA: Carla Tavares viria a entrar como deputada, em regime de substituição e cumprido a legislatura de 2015/2019. É a actual presidente da CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.
É muito, é pouco? O futuro o dirá.
A ponte, vista do lado de Cabanões, apresenta este aspecto que se vê na imagem, às 5 horas da tarde de hoje. As grades ainda não estão totalmente colocadas (falta uma parte da banda de Óis, de um e de outro lado) e os passeios, também de um e de outro lado, estão já marcados e cimentados - faltando a tijoleira, que supomos venha a ser o piso definitivo. Ou cimento, logo se verá. E disseram-nos que o piso será asfaltado. Actualmente, está em cimento.
- NOTA: Já se vêem as tubarias da água e do saneamento, não sabemos se também dos telefones e electricidade», comentava o d´Óis Por Três, acrescantando que «desta vez, a ponte vai» e que «é uma felicidade».
O colchão da Rua de Santo António a 10 de Setembro de 2018 |
O colchão na manhã de hoje, dia 5 de Outubro de 2018 |
12 - ANO 2018. COLCHÃO CONTINUA
O d´Óis Por Três disso aqui deu conta a 10 de Setembro, mas passaram-se 4 semanas, entretanto, e o colchão lá continua, mesmo junto ao Café O Nelson.
O verdadeiramente estranho e notoriamente absurdo é que o colchão está «estacionado» junto a três contentores gigantes, que certamente foram esvaziados e limpos nestas 4 semanas, pelos respectivos serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos - a ERSUC. Foram? Terão sido?
Se foram, porque carga de água não levaram o colchão?
Ou será que estes contentores de resíduos sólidos urbanos já não são limpos há 4 semanas? Às tantas...
Seja como for, a situação exemplifica o evidente estado de abandono a que está entregue a freguesia de Óis da Ribeira, sem executivo da Junta há mais de um ano e com eleitos sem vergonha e respeito algum (o mínimo...) pelos eleitores e pelo interesse e público, mormente o da área ambiental. - Ver AQUI
- NOTA: Este tipo de coisas, infelizmente e para mal de todos nós, repete-se com anormal regularidade. principalmente juto aos contentores. També, denotam falta de civismo das pessoas.
A actual direção da ARCOR: Teresa Cardoso (vice-presidente), Joel Gomes (tesoureiro), Rui Fernandes (secretário), Mário Marques (presidente) e Carlos Pereira (vogal) |
A nota pública arcoriana - ver AQUI - frisa, e muito bem, que «qualquer instituição não poderá funcionar sem associados, pois são a alma da associação» e acrescenta, que os associados «para além de participar nas actividades da nossa instituição, também podem beneficiar de vantagens, junto das entidades com as quais a ARCOR estabelece parcerias».
O que é excelente!
A quota anual mínima é de 15 euros e, sublinha a ARCOR, «ajuda-nos a zelar pela nossa missão». Para se tornar sócio da ARCOR, bastará, a quem nisso estiver motivado, «dirigir-se aos serviços administrativos da instituição, ou através dos contactos 234629818 e 910509929».
O d´Óis Por Três quis dar uma ajuda e pediu pormenores da campanha, para mais e melhor incentivar a adesão de putativos novos associados. Nesse sentido, a 28 de Setembro de 2020 (hoje é dia 5 de Outubro, uma semana depois), solicitou saber «quantos sócios tem actualmente a ARCOR?, quantos estão activos (pagantes)?, que vantagens podem ter (os associados)?, que entidades tem parcerias com a ARCOR e para que serviços?, como podem estes ser angariados pelos sócios?».
«O que entenderem esclarecer sobre a campanha», concluíamos nós.
O objectivo era (é) claro: motivar a comunidade leitora do d´Óis Por Três para a sua adesão à campanha arcoriana.
Pois bem, a direção do presidente Mário Marques entendeu não responder - como, aliás, é seu hábito. Isto é, e neste caso: quer mais sócios mas não diz quantos tem, quantos são activos, que vantagens podem ter, quem são os parceiros da associação e que serviços estes prestam - para que tal saibam os putativos futuros (novos) sócios.
A ARCOR está em campanha de novos sócios |
A autofagia e o autismo
directivos e a comunidade !
- Prejuízos em 4 anos são já de 175 519,24 euros !
A direção da ARCOR está no seu direito de não responder ao d´Óis Por Três, ou a quem lhe apetecer..., e, com isso e neste caso particular, objectivamente condicionar a amplitude da sua própria campanha de angariação de sócios.
Embora, como em outras situações, isso prejudique a instituição.
O exercício autofágico e autista que tem caracterizado a história recente da instituição talvez de algum modo «justifique», talvez ajude a melhor compreender, o cadastro de prejuízos dos últimos 4 exercícios diretivos, 4 anos consecutivos de prejuízos:
- Ano de 2016, da presidência de Manuel Soares: 12 448,81 euros.
- Ano de 2017, da presidência de Mário Marques: 22 509,86 euros.
- Ano de 2018, da presidência de Mário Marques: 79 417,17 euros.
- Ano de 2019, da presidência de Mário Marques: 61 143,40 euros.
Total: 175 519,24 euros.
Estes números, trágicos..., deveriam preocupar quem dirige a coisa pública e associativa, mas que, paradoxalmente, se fecha em copas e, autista e autofágica, não se mostra íntima com a comunidade - não partilhando a sua história presente e com ela comungando as suas glórias e tragédias. Dela foge, da memória de hoje! E matando a de sempre!
- NOTA: A ARCOR, já em 2020, teve um prejuízo 73 722,08 euros e 53 496,91 em 2021, o que totaliza, em 6 anos consecutivos, nada mais nada menos que 302 738,23 euros, acumulados. Actualmente e após a demissão da presidente Eva Santos e do tesoureiro Steven Pires está com a direção limitada ao vice-presidente António Brinco, ao secretário Rui Fernandes e à vogal Fátima Melo. Não há notícia que os auto-demitidos tenham sido substituídos por algum dos 5 suplentes.
O Bloco de Esquerda teve 39 votos nas três mesas eleitorais da UFTOR. Na de Óis da Ribeira, teve 16.
- Juntos por Águeda, de Sérgio Neves: 294 votos.
- CDS/PP + Independentes, de Ricardo Almeida: 42 votos.
- PS, de Júlia Melo: 62 votos.
- Bloco de Esquerda, de Romeu Fernandes: 16 votos.
- CDU, de José Eduardo Festas: 3 votos.
- Eleitores inscritos: 600.
- Votantes: 436.
- Votos nulos: 11.
- Votos brancos: 8.
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