José Pinheiro de Almeida |
ÓdR há 104 anos |
O óisdaribeirense José Pinheiro de
Almeida foi um dos heróis aguedenses da implantação da República, em 1910, e faleceu a 4 de Janeiro de 1919.
Há exactamente 104 anos!
Carpinteiro de profissão, e também sapateiro e agricultor, nasceu a 11 de Dezembro de 1878, filho de Maria dos Santos Pinheiro. Casou com a jornaleira Mariana de Jesus Viegas, ambos de Óis da Ribeira e a 26 de Setembro de 1901. 26 de e 1901.
O casal teve os filhos Porfírio e Severino (que faleceram ainda crianças) e os também já falecidos Eugénio e Elísio (que moravam em Viana do Castelo) e Alexandre Pinheiro de Almeida, este em Óis da Ribeira.
Neto actualmente residente nesta vila, é Arménio Framegas Pinheiro de Almeida, filho de Alexandre, residente na Rua Nossa Senhora de Fátima e empresário de agro-pecuária. Trineta paterna é Mariana Soraia dos Reis Pinheiro, neta de Arménio, que nas eleições autárquicas de 2021, foi segunda candidata da lista do CDS/PP na União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira.
José Pinheiro de Almeida foi um dos integrantes do grupo de revolucionários que, no Bussaco, tentou prender, sem êxito, o Rei D. Manuel II - já no final da Monarquia.
O Rei estava no Bussaco e o grupo republicano aguardava na Pampilhosa ordens de Lisboa para a detenção do monarca. Grupo que tinha a cumplicidade do capitão Viegas, oficial da guarda do Rei que residia no Malhapão, em Oliveira do Bairro.
Foi um dos fundadores do Centro Republicano de Óis da Ribeira - como se pode ver na acta que abaixo publicamos.
em Óis da Ribeira e
antes da República!
José Pinheiro de Almeida, na verdade, estava intimamente ligado ao movimento republicano de Águeda e a sua casa de Óis da Ribeira foi palco, poucos dias antes do 5 de Outubro de 1910, de uma reunião conspiratória.
Reunião que João Elísio Sucena considerou «um facto histórico» e que esteve na linha do «movimento percursor revolucionário que culminou com a proclamação da República».
Foi participada por cidadãos da elite republicana de Águeda como, por exemplo, os drs. Eugénio Ribeiro, Manuel Alegre (avô do actual poeta), Alexandre Braga e Abílio Nápoles e também Bartolomeu Severino e Manuel Mendes da Paz.
«Não o movia o interesse. Pobre, sim, humilde, sim, mas acima de tudo estava o seu nome e o nome da República que tanto amou e serviu», escreveu João Elísio Sucena, sem esquecer Mariana de Jesus Viegas - a sua esposa, que faleceu a 31 de Maio de 1972?) em Viana do Castelo e na casa do filho Eugénio.
«Até à hora da sua morte, manteve intacta a sua crença na democracia. Depois da sua morte, o nome deste humilde apóstolo tem sido, ainda para muitos, um emblema de alta significação e valor», sublinhou João Elísio Sucena, afirmando ainda que «o Partido Republicano perdeu um dos seus soldados mis disciplinados».
José Pinheiro de Almeida faleceu a 4 de Janeiro de 1919, aos 41 anos e vítima de tuberculose. Hoje, exactamente, se passam 104 anos de saudades! RIP!!!
José Pinheiro de Almeida faleceu a 4 de Janeiro de 1919, aos 41 anos e vítima de tuberculose. Hoje, exactamente, se passam 104 anos de saudades! RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário