quinta-feira, junho 29, 2023

ARCOR com empréstimo de 200 000 euros há já 2 anos por aplicar em... obras!


A sede e centro social da ARCOR está, há anos, a precisar de obras de requalificação
O presidente Estima Reis (de verde) na
 tomada de posse de 15 de Maio de 2021


A assembleia geral extraordinária da ARCOR aprovou, a 29 de Junho de 2021, há precisamente 2 anos e por maioria, a contração de um empréstimo bancário para obras de requalificação do centro social.
Ainda não começaram!
O empréstimo foi contraído ao abrigo de uma linha de apoio especial relacionado com a COVID 19.
O presidente José Bernardino Estima Reis (o dr. Zeca) - infelizmente, entretanto falecido, a 29 de Dezembro desse mesmo ano de 2021 - disse, então, que as obras andariam na ordem dos 300 000 euros.
O estudo tinha sido feito pelo engº. Luís Ferreira, então (e agora) ex-membro de uma direção de Manuel Soares dos Reis e Santos.
O edifício não teve manutenções desde que foi concluído, em 2005, há 18 anos.
«As instalações estão bastante degradadas. Não foi feita manutenção, ou muito pouca. Temos de ir buscar dinheiro...», disse Estima Reis, há 2 anos e precisando que seriam até 250 000 os euros que a ARCOR iria contrair como dívida, para requalificar o edifício. 
Viriam a ser os já referidos 200 000 euros.
O saudoso presidente considerou também que era importante que a reparação fosse feita antes do próximo inverno - o de 2021... -, pois, segundo o que disse, «temos de ter condições (...), não pode chover na cozinha e termos salas fechadas».
E não se escusou mesmo a dizer que «andaram 5 anos abrir o buraco» (referia-se aos 5 anos consecutivos que «apuraram» cerca de 250 000 euros de défices) e que «ninguém faz milagres».
«É urgente reparar o edifício e aproximar e envolver as pessoas de Óis», disse Estima Reis.
As condições de financiamento foram consideradas boas e o tesoureiro Steven Pires precisou que há (houve) um prazo dilatório de 18 meses, durante o qual apenas serão pagos os juros, ficando depois um encargo de 3 300 euros mensais, durante 6 anos.
As obras é que ainda não foram feitas e a manutenção do centro social continua por fazer, apesar da anunciada urgência de há 2 anos.
A dirigente Maria de Fátima Melo, voga, disse
que«encon
traram uma associação à beira
do abismo
»


Associação à beira
do abismo... 

O futuro da ARCOR teria de passar, há 2 anos e entre outros aspectos, pelo aumento de receitas e diminuição de custos.
Solução que não era e não é... novidade.
A direção de Estima Reis projectava utilizar as 3 salas da antiga escola primária para a pré-escola, libertando espaço do centro social para novas valências: um centro de noite e um centro de fisioterapia, para além de uma unidade de apoio à demência - que estava a ser protocolada com a Cruz Vermelha de Águeda.
O que não aconteceu.
Não só não houve protocolo como a Cruz Vermelha passou a ser «dona» da escola e está candidata a ficar com o espaço da sede da Junta de Freguesia da UFTOR onde funcionou o posto médico.
E que a ARCOR pretende(u), para instalar uma valência social.
«A ARCOR não tem solução, se não sair daqui, para ganhar espaço», disse Estima Reis, há exactamente e anos e acrescentando que as respostas sociais da freguesia «tem de passar todas pela associação».
O que não é o caso, pois o que a Cruz Vermelha de Águeda pretende, na escola, é criar uma creche, denominada Método Montessori,
A dirigente Fátima Melo disse na altura, e repetiu, na AG de há 2 anos, que os novos órgãos sociais, empossados a 15 de Maio de 2021 (há mês e meio),  «encontraram uma associação à beira do abismo», que o dia-a-dia «não é muito fácil» e que «temos de ter muita paciência».
O tesoureiro Steven Pires, que entretanto se demitiu (em 2022), até comentou que «se calhar não estamos a ser 100% ponderados, mas é uma questão de timing», dada a urgência e a situação herdada - que, disse, «ainda estamos a conhecer».
A anterior direção, a de Mário Marques, não teve nenhum elemento a participar na assembleia de faz hpje 2 anos. Apenas, o secretário Rui Fernandes, que transitou parao novo elenco.
Direção que foi (é) responsável por 4 anos de défices, nada mais nada menos que 236 802,51 euros, mais os 12 448,81 de 2016, da de Manuel Soares. 
O conselho fiscal que «fiscalizou» estes défices, também ignorou o momento e a delicada situação em que deixaram a ARCOR.  
Dirigentes dos défices: Paulo Santos, à esquerda,
e Manuel Soares, duas abstenções, ladeando o 
ex-presidente Mário Marques e o tesoureiro Joel
Gomes. Estes, nem apareceram na assembleia


A maioria aprovou 
e 3 abstiveram-se ! 

A votos, a maioria, mais de 30 associados, votaram a favor mas 3 abstiveram-se.
E quem foram dois deles?
Foram Manuel Soares, presidente da direção do primeiro ano deficitário da instituição (o de 2016) e presidente da assembleia geral nos restantes quatro, e Paulo Santos, presidente da assembleia geral e depois 1º. secretário, nos 5 anos de défices.
A outra abstenção foi da associada Maria do Rosário Cadinha.
O período de 18 meses de carência (dilação bancária) já acabou e a direção de Dinis Alves, eleita e empossada a 28 de Outubro de 2022, está a amortizar a dívida e a pagar, obviamente, os decorrentes juros bancários - o que acontecerá por 72 meses consecutivos - nada mais mada m,enos que 6 anos!
A direção arcoriana tem um largo, dificílimo e desafiante trabalho pela frente, sendo de registar e sublinhar, no entanto, a «queda» dos resultados negativos dos dois últimos exercícios contabilísticos conhecidos: de 73 722,08 euros em 2020 para os 53 496,92 de 2021 e os 35 277,26 de 2022. 
O que aparenta (e é mesmo...) uma esperançosa alteração do paradigma da gestão financeira arcoriana dos derradeiros 7 anos. 
Oxalá seja assim!
Não esquecendo, por todas as razões e mais algumas que, no seu 44º. ano de história, a instituição social, desportiva, cultural e recreativa da vila de Óis da Ribeira, desde o de 2016 e somando já uns inacreditáveis... e surpreendentes 338 035,49 euros. 
O que é naturalmente preocupante.
Muito preocupante!
Presidente Dinis C. Alves
Défices da ARCOR
estão a... descer!


Os 7 anos de
défices da ARCOR !

A saúde financeira da ARCOR não é a melhor. Na verdade, já teve bem melhores dias.
Por curiosidade histórica, e deles fazendo memória, recordemos os últimos 7 anos deficitários da ARCOR:
* 1 - ANO 2016: Presidência directiva de Manuel Soares e tesouraria de Mário Fernando Marques, com Fernando Tavares Pires (vice-presidente), Joel Gomes (secretário) e Luís Ferreira (vogal).
- Suplentes: Pedro Miguel  Soares, Paulo Jorge dos Santos Gomes, Germano Magalhães Venade, Arsénio de Melo Lameiro e Danilo Soares da Costa.
Outros presidentes: Alexandra Santos (conselho fiscal) e Paulo Santos (assembleia geral).
- Défice: 12 448,81 euros!
* 2 - ANO 2017: Presidência de Mário Fernando Marques e tesouraria de Joel Gomes. E o vice-presidente Agostinho Tavares (falecido a 2 de Agosto de 2018 e substituído por Teresa Cardoso), a secretária Liliana Loureiro Alves (que se demitiu em Julho de 2017 e foi substituída por Rui Fernandes) e o vogal Carlos Pereira. - Suplentes: Paulo  Gomes, Rui Fernandes (que subiu a secretário), Paulo Rogério Framegas, João Carlos Marques e Teresa Simões Cardoso (que subiu a vice-presidente).
Outros presidentes: Cristina Maria Framegas Soares (do CF) e Manuel Soares dos Reis e Santos (da AG).
- Défice: 22 509,86 euros!
* 3 - ANO 2018: Presidência de Mário Fernando Marques e tesouraria de Joel Gomes. Outros membros da direção: Teresa Cardoso (vice-presidente), Rui Fernandes (secretário) e Carlos Pereira (vogal).
Outros presidentes: Cristina Framegas Soares (do CF) e Manuel Soares (da AG)
Défice: 79 417,17 euros
* 4 - ANO 2019: Presidência de Mário Fernando Marques e tesouraria de Joel Gomes. Outros membros da direção: Teresa Cardoso (vice-presidente), Rui Fernandes (secretário) e Carlos Pereira (vogal).
Outros presidentes: Cristina Framegas Soares (do CF) e Manuel Soares (da AG).
- Défice: 61 163,40 euros!
* 5 - ANO 2020: Presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes. Outros membros da direção: Teresa Cardoso (vice-presidente), Rui Fernandes (secretário) e Carlos Pereira (vogal).
Outros presidentes: Cristina Framegas Soares (do CF) e Manuel Soares (da AG).
- Défice: 73 722,08 euros.
* 6 - ANO 2021: Até 14 de Maio, da presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes, com Teresa Cardoso (vice-presidente), Rui Fernandes (secretário) e Carlos Pereira (vogal). Após 15 de Maio, presidência de José Bernardino Estima Reis (o dr. Zeca, falecido a 29 de Dezembro de 2021) e tesouraria de Steven dos Reis Tavares Pires (que se demitiu em Julho). Com António Manuel de Sousa Balreira Brinco (vice-presidente), Rui Jorge dos Reis Fernandes (secretário) e Maria de Fátima Gomes de Melo (vogal).
Outros presidentes: Diamantino Alves Correia (assembleia geral) e António José dos Reis Tavares (conselho fiscal).
- Défice: 53 496,91 euros.
7 - ANO 2022: Direção sem presidente até 15 de Junho, com a presidente Eva Maria Tavares dos Santos de 15 de Junho a 31 de Agosto; de novo sem presidente até 28 de Outubro, dia em que foi eleito e empossado Dinis da Conceição Alves, com o tesoureiro António José Tavares e mantendo-se o vice-presidente António Brinco, o secretário Rui Fernandes e a vogal Maria de Fátima Melo.
Outros presidentes: Diamantino Alves Correia (assembleia geral) e João José dos Reis Soares (conselho fiscal).
Contas feitas e somando o défice de 2022 (35 277,26 euros), vamos já, repetimos, já em qualquer coisa como... 338 035,49 euros!!! 
O que é uma brutalidade que importa urgentemente reverter.
O que está nas mãos e na eficiência da direção presidida por Dinis Alves, com o vice-presidente António Brinco e o tesoureiro António José Tavares, o secretário Rui Fernandes e a vogal Fátima Melo. 
Boa sorte, «embrulhada» e multiplicada em trabalho, dedicação, competência, dinamismo, generosidade e altruísmo.

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