quinta-feira, março 14, 2024

A Casa da Junta do Viveiro «anunciada» para um... T2!

A Casa da Junta da Rua Adolfo Pires dos Reis, a do Viveiro e com vidros partidos
A proposta não inclui a Casa
da Junta de Óis da Ribeira
A casa da Junta com
vidros partidos



O ponto 3 da agenda de trabalhos da Assembleia de Freguesia de Travassô e Ois da Ribeira, a de antoontem - dia 12 de Março de 2024 -, foi o da apreciação e votação de uma proposta para o contrato de promessa e de compra e venda das instalações da CERCIAG, em Travassô.
Os trabalhos decorreram no salão da Delegação de Travassô e foram presididos por Paulo Jorge Santos, eleito do Juntos, e o ponto, surpreendentemente, acabou por «envolver» a Casa da Junta de Freguesia, desde 2007 abandonada na Rua Adolfo Pires dos Reis, o benemérito doador - a Rua do do Viveiro.
E altamente degradada, desde que de lá saiu a Tuna Musical / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira (AFOR), para as instalações da Rua Jacinto Bernardo Henriques - também propriedade da Junta de Freguesia.
Envolvimento feito assim a modos que um bocadinho à... pressão, tanto quanto pareceu - pois nem sequer fazia parte da agenda de trabalhos.
Os Juntos andam
algo... separados!

Juntos eleitos juntos,
mas nem tanto nos votos!

O ponto 3, seja como for, foi o que suscitou mais discussão na tranquila AFTOR de 12 de Março (anteontem), durante a qual foi dito que a aquisição das antigas instalações e terreno da CERCIAG, no centro de Travassô, será por de 350 mil euros - segundo a minuta do contrato de promessa de compra e venda. 
Discussão e/ou diferenças que, de resto, se «mostraram» na votação dos 8 eleitos da AFTOR: 4 a favor da proposta (Maria de Fátima Reis, Óscar Matos, Sofia Marques e Cristina Silva (todos do Movimentos Juntos) e com 4 abstenções, as dos juntistas Paulo Gomes, Paulo Pires e Ondina Soares e de Ricardo Almeida, do CDS + Independentes. Alexandre Pires, do PS, não participou na sessão.
Abstenções que, dizemos nós, parecem indiciar algumas diferenças entre os eleitos do Movimento Juntos - que tem esmagadora maioria na AFTOR (7 eleitos para 2 opositores).
O objectivo da autarquia travassÓisense é,
mais tarde, submeter uma candidatura ao Instituto da Habilitação e da Reabilitação Urbana, para lá construir 16 apartamentos Tipo 1 (T1), ao abrigo do plano da Estratégia Local de Habitação, que será financiada na totalidade pelo PRR. Assim se acredita.
O presidente Sérgio Neves comentou que a avaliação solicitada pela Junta era na ordem dos 280 e tal mil euros mas que a da CECIAG era de... 480 000 e que «a negociação para conciliar valores» não foi nada fácil.
A promessa eleitoral de 2021

Casa da Junta: de
desporto adaptado
a «casa» tipo T2!

A viabilidade do projeto e os  valores envolvidos foram questionados e o presidente, surpreendentemente - e aqui queríamos chegar... -, incluiu no plano a Casa da Junta de Freguesia, a da Rua Adolfo Pires dos Reis, em Óis da Ribeira - que se pretenderá reconstruir e requalificar em forma de T2.
Surpreendentemente, dissemos, porque o degradado património público localizado no arruamento paralelo ao rio Águeda (o Viveiro) não está declarado na convocatória da Assembleia de Freguesia
Valerá, o quê, esta proclamação?
Quem dera que muito resulte, pois é património degradado (e a degradar-se...) e que agora, putativamente, conhece(rá) um novo destino.
Lembremos-nos que, no manifesto eleitoral de 2021, a actual Junta de Freguesia (a mesma) prometia lá criar um centro de apoio ao desporto adaptado, com espaço de dormidas, estágio e treino, para além de apoio à realização de eventos, intituições e organismos da freguesia e região.

«Vamos aproveitar esta propriedade, requalificando e criando algo único na região», prometia a lista de Sérgio Neves.
Agora, 2,5 anos depois a ideia é outra: é lá «plantar» um T2.
Oxalá! Oxalá que, de uma vez por todas, se valorize o património e cupra o «cuidar do herdado para deixar em legado».

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