Havia regulamentos para a apanha do moliço que se iniciava a 11 de Março até 8 de Julho, para as sementeiras do milho e feijão. Terminado este período, vinha o defeso para que as algas crescessem novamente. A Pateira só reabria no dia 25 de Agosto até fechar no final de Dezembro.O moliço colhido nesta época era espalhado nas terras depois da colheita do milho para esturrar ao sol. Quando vinham as primeiras chuvas, já com os nabos semeados, alguns dias depois eles despontavam e dai o ditado popular, (Semeia-me no pó e de mim não tenham dó). O moliço era afinal o segredo, fama e proveito que os melhores grelos vinham das terras da Pateira.Recordamos que o dia 25 de Agosto, era um dia de trabalho mas de festa também para as gentes ribeirinhas. Os naturais de Óis da Ribeira, Fermentelos e Espinhel reuniam pessoas amigas para os ajudarem na apanha do estrume. Às 7 da manhã, o sino da igreja de Fermentelos batia badaladas fortes e compassadas, num hino de alegria, convidando ribeireiros (quero lembrar que no passado recente, a Pateira era conhecida por Ribeiro) a iniciar a apanha do moliço. E era ver aquele que mais pressa tinha a remar a bateira para apanhar o cobiçado estrume.
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segunda-feira, dezembro 15, 2014
Recordar é dar esperança e vida à Pateira
Havia regulamentos para a apanha do moliço que se iniciava a 11 de Março até 8 de Julho, para as sementeiras do milho e feijão. Terminado este período, vinha o defeso para que as algas crescessem novamente. A Pateira só reabria no dia 25 de Agosto até fechar no final de Dezembro.O moliço colhido nesta época era espalhado nas terras depois da colheita do milho para esturrar ao sol. Quando vinham as primeiras chuvas, já com os nabos semeados, alguns dias depois eles despontavam e dai o ditado popular, (Semeia-me no pó e de mim não tenham dó). O moliço era afinal o segredo, fama e proveito que os melhores grelos vinham das terras da Pateira.Recordamos que o dia 25 de Agosto, era um dia de trabalho mas de festa também para as gentes ribeirinhas. Os naturais de Óis da Ribeira, Fermentelos e Espinhel reuniam pessoas amigas para os ajudarem na apanha do estrume. Às 7 da manhã, o sino da igreja de Fermentelos batia badaladas fortes e compassadas, num hino de alegria, convidando ribeireiros (quero lembrar que no passado recente, a Pateira era conhecida por Ribeiro) a iniciar a apanha do moliço. E era ver aquele que mais pressa tinha a remar a bateira para apanhar o cobiçado estrume.
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