A carta de foral a Óis da Ribeira foi concedida pelo rei D. Manuel I a 2 de Junho de 1516, passam-se hoje 102 anos.
O foral elevava administra-
tivamente o lugar a Conce-
lho e o conteúdo da carta, ou seja, os direitos nela consignados com os adequados deveres para esta unidade territorial, prevaleceram até 1834, até à publicação da Lei de 13 de Agosto de 1834 - a reforma administrativa que teve Mouzinho da Silveira como mentor.
O concelho de Óis da Ribeira foi extinto, assim como muitos outros em todo o país e na região - por exemplo, Casal de Álvaro, Vouga, Brunhido e Assequins -, e foi integrado no de Águeda.
A carta de foral era elaborada em triplicado, sendo um exemplar para o Arquivo Nacional Torre do Tombo, outro para o senhorio e outro para a Câmara de Ois da Ribeira. Está, desde os anos 90, em posse da Câmara Municipal de Águeda, que o adquiriu num leilão em Lisboa.
Os 500 anos de atribuição do foral foram comemorados a 4 de Junho de 2016, com um programa de revisitação histórica, algo insípido, arraial e marchas populares.
O estranho (ou talvez não) destas comemorações foi o facto de executivo da Junta da União de Freguesia (presidida por Mário Martins) ter associado o foral manuelino de Óis da Ribeira a Travassô, quando se trata de um momento histórico exclusiva-
mente ribeirense - nada tendo a ver, mesmo nada, com a agora (des)unida localidade vizinha.
O mais que poderia fazer, e deveria, era associar Espinhel e Fer-
mentelos, que, essas sim, foram freguesias que pertenceram ao concelho de Óis da Ribeira. Mas foram esquecidas (ou ignoradas) pelos alegadamente mal informados organizadores do festim.
- Fonte: Site da Câmara Municipal de Águeda, AQUI
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