Estado arrolou 94 bens da Igreja de Óis da Ribeira

A Igreja Paroquial de Óis da Ribeira

A actuali-
dade ribei-
rense não é farta de no-
tícias, muito menos de boas notí-
cias, pelo que vale a pena ir aos ontens que fizeram a sociedade local. 
A 1 de Agos-
to de 1911, há 107 anos, o Estado Português arrolou 94 bens mobi-
liários e imo-biliários da Junta da Paróquia de Óis da Ribei-
ra, nos ter-
mos do arti-
go 28º. da Lei de Se-

A capela de Santo António

paração do Estado, de 20/04/1911.

A reunião decorreu na sa-

la da Junta (uma depen-

dência da Igreja) e parti-

ciparam Eugénio Ribeiro (administrador do Conce-

lho de Águeda), o aspi-

rante Augusto Almeida e Silva (que representava o secretário das Finanças) e a Junta de Paróquia de Óis da Ribeira  - o padre Ricardo Pires Soares (presidente), o tesoureiro Albano Jacinto Almeida e os vogais Jacinto Matos dos Reis e João Bernardino dos Reis.

O Estado «tirou» a Óis da Ribeira 94 bens e a casa da residência, imediatamente a norte da Igreja e composta por casa de sobrados, currais e uma vinha e quintal (o chamado passal), o cemitério de a Capela de Santo António. Também 15 terrenos e baldios, com áreas entre os 150 m2 (o adro da Igreja) e os 4 230 (pedreira das Quintas).
A residência e o passal foram arrendados a 9 de Junho de 1912, por 12$600 reis, em hasta pública realizada em Águeda e até Setembro do mesmo ano.
Os 94 bens passaram à posse da Junta Cultual de Óis da Ribeira - a 12 de Abril de 1912. Esta Junta Cultual era formada por Joaquim António Pires Soares, Manuel Francisco dos Reis e António José da Costa (efectivos), Albino Rodrigues, Alberto Marques e João Maria dos Reis (suplentes).
A 11 de Março de 1915, os 94 bens voltaram à posse da Igreja, faltando vários objectos, nomeadamente 10 peças de prata do respendlor e também um mocho.