Vista aérea das freguesias de Óis da Ribeira, em primeiro plano, e Travassô. Separadas pelo rio Águeda, à semelhança andam as águas políticas... |
A edição 11 da Assembleia Eleitoral da Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira teve o resultado que se sabe (zero...), após mais 5 listas propostas pelo isolado presidente da Junta, Sérgio Neves, o ainda também presidente da mesma AFTOR.
Presidente da AFTOR, já agora, por ter sido o cidadão mais votado a 1 de Outubro de 2017 e não, como muitos julgam e já vimos escrito, por ter sido presidente da dita no mandato de 2013/2017, o anterior. E presidente, agora, por ainda não ter sido eleito o executivo e, depois deste, a Mesa da Assembleia e o respectivo presidente.
Até nisto, e já no 11º. primeiro mês de não-exercício autárquico, a traulitada de eleitos travassÓisenses é bizarra, porém original. Não no melhor sentido.
O noneto e as listas
que vamos tendo...
O crescente desinteresse do povo pelo inconcebível magistério deste noneto de raparigas e rapazes que nem capazes são de se entenderem, ao menos que fosse em nome das promessas que há um ano faziam, leva a que cada vez menos pessoas vão assistir ao «espectáculo», o que dificultou a pesquisa do d´Óis Por Três.
Hoje, disso apesar, podemos dar conta (e para memória futura) das 5 listas propostas por Sérgio Neves (com ele incluído na presidência) e chumbadas pelo quinteto de eleitos (supostamente o quarteto do Juntos e a sozinha do PS).
Estas:
1 - António Horácio Pires Tavares (Juntos) e Sérgio Miguel Ferreira de Almeida (PSD), ambos residentes em Óis da Ribeira, dizendo aquele que «nem sou de cá». Na verdade, não é!
2 - Ilda Maria de Almeida Pinheiro, de Travassô (Juntos), e António Horácio Pires Tavares, de (não) Óis da Ribeira (Juntos).
3 - José Filipe Gonçalves Garcia, de Travassô (Juntos), e Sérgio Miguel Ferreira de Almeida, de Óis da Ribeira (PSD).
4 - Manuel Duarte Marques de Almeida, o Capitão, de Óis da Ribeira (PSD), e Mário Ramos Martins, de Travassô (Juntos).
5 - Sérgio Miguel Ferreira de Almeida, de Óis da Ribeira, e Ilda Maria de Almeida Pinheiro, de Travassô, ambos do PSD.
Sérgio Neves nunca propôs Júlia Melo, à esquerda,
para qualquer lista da Junta de Freguesia
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Travassô e Óis da Ribeira
são (pouco) socialistas !
A curiosidade subjacente a este acto (não) eleitoral da sessão de 6 de Agosto de 2018, em termos de pormenor estatístico, tem a ver com o facto de nenhuma das 5 listas propostas por Sérgio Neves incluir Júlia Maria Pinheiro de Melo, a candidata eleita do PS.
Assim como, aliás, aconteceu na penúltima sessão (a décima), quando o presidente eleito propôs... 9, nada mais nada menos, e também todas foram chumbadas pelo mesmo 5-4!
Vá lá saber-se a razão!
Será que se o cada vez mais inexpremível presidente propusesse a socialista eleita teria a cerimoniosa questão sido resolvida?
Na verdade, por um lado o PSD e Sérgio Neves teriam a presidência e a maioria no executivo.
Por outro, o universo socialista travassÓisense chegava ao poder. Do qual, de resto, tem andado arredado, salvo o pseudo-PS que Mário Martins assumiu durante alguns anos.
OdR: os últimos políticos antes da (des)União:
Manuel Soares (PAF) e, da Junta, Fernando
Pires (presidente), Manuel Almeida (Capitão,
secretário) e Rui Fernandes (tesoureiro)
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dentes Isauro Santos (1977/79), Agostinho Tavares (1980/82) e de novo Isauro Santos (1983/85). 3 mandatos!
Seguiu-se a hegemonia do PSD: presidentes Ma-
nuel Soares (1986/89 e 1990/93) e Fernando Pires (de 1994/97, 1998/2001, 2002/05, 2006/09 e 2010/13). 7 mandatos!
Ainda falando do PS mas em Travassô, passou pela Junta no primeiro mandado de Aníbal Pires, em 1993, quando teve de o dividir com Mário Pires (PSD) e Victor Coelho (PS). Sem es-
quecer, depois, os mandatos de Mário Martins, que em 2005 mudou de camisola, do CDS para o PS, e pelo PS foi reeleito em 2009. Em 2013, ainda pelo PS, foi eleito presidente da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira. Em 2017, de novo mu-dou de camisola, agora do PS para o Juntos - perdendo para o PSD de Sérgio Neves.
Um PS, pois (MM), bem pouco socialista!
É este o embrulhado quadro político em que navega o noneto de eleitos, seriamente prejudicando os interesses do colectivo tra-
vassÓisense. Para os quais, parece, se estão a marimbar.
O SN não teve coragem de integrar a cabeça de lista do PS , desde o início desta saga. Ele deve ter uma explicação para isso. Resta saber qual! Será que está aí a origem de toda esta embrulhada?
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