terça-feira, dezembro 11, 2018

O que trarão de novo as eleições intercalares travassÓisenses?

Óis da Ribeira, em primeiro plano, e Travassô (ao fundo)
União de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira
em destaque no mapa da região

As eleições intercalares da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ri-
beira - (des)União que, carinhoso e afectivo, o povo baptizou de Travas-
sÓis, com Ó maiúsculo e acentuado...-, trarão de novo o quê, às duas co-
munidades?
Cá para o d´Óis Por Três, muito pouca coisa. Ou nada! Ainda que possam mudar um ou outro actores da cena política em que tem chafurdado os eleitos do desautorizado poder local.
Quando se soube do decreto que marcou para 24 de Fevereiro de 2019 o dia das eleições intercalares, na verdade pouco buliram os corações de quem partilhou a notícia. Tal interessou menos, mas mesmo muito menos, que o jogo de futebol do dia.
Interessou menos, mesmo muito menos, que saber o tempo que iria fazer no fim de semana. Aconteceu um profundo e lamentável desinteresse, o que, na prática, significa a inutilidade do chamado Poder Local. É aquela coisa: o que vale essa politiqueirada? Deixai-os andar por aí, a nossa vida é outra..., alem dessa inutilidade!

Poder Local
desperdiçado 

Em situação normal, diríamos que por regra, notícia desta envergadura des-
pertaria paixões e opiniões, se calhar manifestações, porque, enfim, ir-se-ia (irá) restabelecer o Poder Local desperdiçado nos últimos 14 para 15 meses da vida política travassÓisense.
Mas, tanto quanto se sabe, não houve nem um respiro de qual-
quer exaltação (fosse para que lado fosse, vá para que lado vá...), qualquer resmungo mais populista ou menos ortodoxo. Um ai sim mas que bom, ou mas que mau..., se ouviu fora do claustrofobia partidária. Nem um comentário sério sobre a coisa séria que é uma eleição intercalar - que, por ser intercalar, já de si é «coisa» séria e de fazer pensar.
Pensar, por exemplo, nos fanatismos que a insólita inexistência da Junta de Freguesia da (des)União de Freguesias exacerbou ao longo destes 14 para 15 últimos meses da realidade política travassÓisense. Ou nos ódios espelhados do primeiro mandato.
Meses e mandato, deve acrescentar-se, de evidente e bacoco populismo, de clara e lastimável intolerância, de (não) surpreendente xenofobia, de chauvinismo e radicalismo que, para além de conduzir a (des)União de Freguesias para este caos polí-
tico, a transformou também num desastre relacional e se fizeram um insulto à escolha livre de milhares de habitantes e eleitores do território travassÓisense.

Que trarão de novo as
eleições intercalares ?

A questão nuclear que preside ao inte-
resse, ou dúvidas, quanto às eleições intercalares travassÓisenses tem, prin-
cipalmente, quase exclusivamente, a ver com quem vão ser os candidatos.
Serão os mesmos?
Os dos dois mandatos da (des)União?

As listas terão caras novas, refrescando ideias e processos?
Alguém se quer ir envolver, agora e nas intercalares, na chafur-
dice da política local, na politiqueirice conhecida nos últimos pouco mais de 5 anos de (des)União de Freguesias?
A questão/preocupação não peca por excesso mas, isso sim, por defeito. Na verdade, quantos dos eleitos e apoiantes destes nega-
tivos 14 para 15 meses de balbúrdia deste segundo mandato da (des)União não ofenderam pública e desalmadamente os eleitores que votaram a 1 de Outubro de 2017. E pode ser esquecido o desunido primeiro mandato?
Merecem eleitos e candidatos um novo crédito?
Apontarão os velhos candidatos para novas candidaturas e terão aval e compromisso das suas forças partidárias?
Os velhos candidatos prenunciarão adventos de novas luzes e bons-sensos para justificaram e se apascentarem na bondade do povo, que vota cegamente e assim cauciona, nas urnas, as glórias e/ou tragédias que matam ou ressuscitam as cidadanias?
Fala-se em eleições e apontam-se dedos, mas não há que enga-
nar, embora o engano seja linguagem franca: todos querem o po-
der e por ele lutam e estrebucham, mesmo que tenham de semear ódios para se alienarem vontades e opções.
A malta que, em nome da democracia, se proclama democrata, pouco quer saber de democracia. Quer é mandar. Quer poder!

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