Proposta de alteração do Orçamento de
Estado para 1999: votos a favor do PSD,
do CDS e do PCP. Abstenção do PS
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Armando Ferrei-
ra, eleito do PS em
Odr, em 1998
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Os eleitos da Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira aprovaram, há precisamente 20 anos e na sessão de 18 de Dezembro de 1998, duas propostas so-
cialistas, am-
bas apresentadas por Armando Ferreira: uma de júbilo pela li-
bertação da família de Fernan-
do Matos Suarez, que tinha sido raptada na Venezuela; outra, de «agradecimento ao Governo Central, pela entrada em PIDDAC do Centro Cívico».
O agora, e bem, denominado Centro Social da Arcor e sede da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira.
Óis da Ribeira, a esse tempo, tinha vivido semanas de angústia, desde o rapto, a 24 de Outubro, à libertação dos conterrâneos emigrados na Venezuela, a 8 de Dezembro de 1998. Sobre este «momento de grande satisfação» sublinhado pelo socialista Ar-
mando Ferreira, não por acaso familiar (cunhado e tio) do casal e filha raptados, nada a considerar. Antes, a sublinhar!
OdR a agradecer
«chumbo» do Governo!
Há 20 anos e na verdade, e citando-o do livro «A minha história de uma Associa-
ção, as duas situações «encheram de grande júbilo todos os ribeirenses».
Só que quanto ao agradecimento ao Governo Central, pela entrada em PIDDAC do projecto do então chamado Centro Cívico, valha-nos DEus e o diabo..., tudo havia a questionar.
O Governo era liderado por António Guterres e tinha «chumbado» a candidatura da Arcor na fase de elaboração do Orçamento de Estado para 1999 e, quando reclamados na Comissão de Economia e Finanças e do Plano, os seus deputados abstiveram-se.
Isto é: na prática e ao absterem-se, manifestaram-se contra a proposta de alteração do OE de 1999, confirmando e mantendo o propósito do Governo guterrista e «chumbando» os interesses de Óis da Ribeira.
A proposta tinha sido apresentada pelo deputado Castro Almeida, do PSD, e aprovada pelos também parlamentares José Júlio Ribeiro, Rui Rui e Manuel Oliveira (também do PSD), Sílvio Cervan (do CDS) e João Amaral (do PCP).
Foi aprovada por maioria.
Por outras palavras, curtas e secas: nada havia que agradecer ao Governo!
Estranhamente, e segundo relatos da imprensa da época, todos os eleitos da Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira aprovaram a proposta. Por unanimidade, pois! Cada um é como cada qual e cada qual saberá, ou não, o que anda a fazer!
Aqui e neste caso, os eleitos da AFOR não souberam.
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