A pateira vista sobre a margem de Óis da Ribeira |
Padre José Bernardino |
O dia 11 de Maio está associado a duas personalidades de Óis da Ribeira, ambas do século XX e por razões diferentes: a libertação do padre José Bernardino, nascido em 1880, e o nascimento do professor Luís Almeida, em 1896.
O padre José Bernardino Santos Silva foi monárquico convicto, denunciado pelo regime republi-cano por «suspeitas de alta trai-ção» e preso político, na sequência da implantação da República (em 1910). Cumpriu prisão nas cadeias do Alto do Duque e Limoeiro, em Lisboa, foi solto sob fiança e chegou a Óis da Ribeira a 22 de Maio de 1912.
Há 107 anos!
José Bernardino dos Santos Silva nasceu a 8 de Julho de 1880, filho de Manuel Tavares Duarte e Maria José dos Santos Silva. Celebrou missa nova no Dia de Reis de 1903, tinha 22 anos, e foi pároco de Trofa e Óis da Ribeira (onde entrou a 6 de Abril de 1908). Também exerceu em Coimbra e no Estado do Espírito Santo (Brasil), a norte do Rio de Janeiro.
Fugiu para o Brasil, após a libertação da cadeia, e foi julgado à revelia, absolvido pelo Tribunal Militar de Coimbra. Presidente da Comissão da Ponte (desde ainda antes da implantação da República), à comissão voltou, depois do regresso do Brasil. Foi Consultor Diocesano, pároco e arcipreste de Águeda e, depois, pároco de Óis da Ribeira.
O Papa Pio XI elevou-o à dignidade de Camareiro Secreto, com o título de Monsenhor e Águeda, então, prestou-lhe «justa e eloquente homenagem». Faleceu a 18 de Janeiro de 1960, na sua casa de Óis da Ribeira.
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A casa do professor Luís Almeida Santos |
Professor Luís
Almeida Santos
Luís Maria de Almeida Santos foi professor primário e republicano de convicção política. Um dos três professores nascidos em Óis da Ribeira até aos anos 60 do século XX.
Curiosamente, era filho
Ant. Cruzeiro |
rapinheira do Campo, em Montemor-o-Velho, e em Óis da Ribeira se casou com Maria Teresa de Almei-
da. Outro professor de OdR foi Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha.
Luís Almeida exerceu o professorado (primário) em escolas de Macieira de Alcoba, Perrães, Fermentelos e Trofa e, durante muitos anos, foi correspondente da imprensa de Águeda em Óis da Ribeira.
Era neto paterno de José Santos e de Maria Cordei-
ro, de Carapinheira do Campo (concelho de Monte-
mor-o-Velho), e neto materno de Jacinto Bernardo Henriques e de Joaquina Rosa Almeida, de Óis da Ribeira. Consorciou-se a 30 de Dezembro de 1921, com Maria Emília Cruzeiro Gomes, natural de Oiã, do município de Oliveira do Bairro, e irmã do escritor e poeta António do Cértima.
O casal Maria Emília (D. Mariquinhas)/Luís Maria teve quatro filhos, três rapazes, todos falecidos, e uma filha:
1 - HENRIQUE. Henrique Gomes Cruzeiro de Almeida e Santos. Foi funcionário da Sacor, em Luanda (a capital de Angola).
2 - ESTRELA. Maria Estrela Gomes Cruzeiro de Almeida e Santos. Foi casada (é viúva) do comerciante António Marques dos Santos, em Aveiro - onde vive com uma filha.
3 - HÉLDER. Hélder Gomes Cruzeiro de Almeida Santos. Funcio-
nário público das Obras Públicas, em Sá da Bandeira, actual ci-
dade de Lubango, capital da Huíla (Angola).
4 - TONINHO. António Gomes Cruzeiro de Almeida Santos (Toninho). Foi funcionário público da Administração Fiscal (Finanças) e, solteiro, faleceu a 4 de Setembro de 2011.
O professor Luís Maria de Almeida Santos faleceu em 1970, aos 74 anos.
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