sábado, maio 02, 2020

Os bancos esquecidos do Largo do Centro Social...

Os bancos esquecidos do Largo do Centro Social de Óis da Ribeira

Os  bancos do
 Largo do 
Centro Social, 
os do antigo
Cruzeiro de 
Óis da Ribeira,
estão a 
apodrecer,
 enlixados e abandonados.
Esquecidos. 
Um deles, até
arrancado está
da calçada
do passeio - 
como se vê 
na imagem
ao lado.
Os bancos foram
 assento de 
muitas tertúlias
do povo óisdaribeirense, 
no tempo em
que estava 
na placa central, debaixo da 
amoreira que tantos segredos, Precisamente, onde agora está a rotunda. 
Os bancos passaram para o passeio do lado do Café Central
 por altura da construção da rotunda, há pouco mais de 20 anos,
e por lá estão sem quaisquer cuidados de manutenção. 
Por lá, e neles, se sentam algumas pessoas, o que vai sendo
cada vez mais raro - até porque o local nem oferece 
muita segurança e é, até, espaço de alguns abusos
 de trânsito, nomeadamente quanto a estacionamentos. 
Os ripados apodrecem com o tempo, esverdeados de
humidades, mas a Junta de Freguesia ignora-os. 
Olimpicamente. 
Os bancos nem sequer são limpos e/ou requalificados, não 
têm qualquer tipo de manutenção. 
E ficam mesmo em frente à sede da União de Freguesias 
de Travassô e Óis da Ribeira, portanto ao olhar nu e 
próximo dos senhores autarcas eleitos e e em exercício.
Um deles, um dos bancos, tem o pé partido e solto da
calçada, travado com pedras soltas, como se vê na imagem.
O que dá para ver a imagem que o povo óisdaribeirense 
deve ter/poderá ter pelos autarcas que elegeu.
E a falta de respeito pela memória do doador.
E a falta de respeito pelo património herdado.
Elísio Pinheiro
Os bancos no antigo cruzeiro

 Bancos foram oferta de Elísio
Pinheiro de Almeida

Os três bancos foram
oferecidos à freguesia 
por Elísio Pinheiro de Almeida,
um óisdaribeirense 
que se radicou em Viana 
do Castelo, onde faleceu 
a 12 de Julho de 1973, 
de doença e aos 65 anos. 
Ofereceu os bancos da ALBA nos anos 60 do 
século XX e já nos anos 40 tinha contribuído 
para as obras de terraplanagem do 
terreno da primeira sala da escola primária.
Elísio Pinheiro de Almeida nasceu a 15 de Março de 1908, filho do
 sapateiro José Pinheiro de Almeida e de Mariana de Jesus 
Viegas. Casou a 11 de Janeiro de 1936 com Rosa Rodrigues 
Ferreira, de Almear, em Travassô, e «migrou» para Viana do
 Castelo nos anos 40 do século XX, chamado pelo irmão Eugénio, o mais 
velho. E lá fez vida empresarial e familiar.
O casal teve três filhas, todas professoras: Maria de Lurdes
(residente na Alemanha, onde casou com um cidadão local) e, 
moradoras em Viana do Castelo, Rosa Maria (que faleceu a 
19 de Dezembro de 2019) e Maria de Fátima.
Sobrinho de Elísio e a morar em Óis da Ribeira, filho do irmão 
Alexandre, é Arménio Framegas Pinheiro de Almeida, empresário agro-pecuário da Rua Nossa Senhora de Fátima.

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