Os bancos esquecidos do Largo do Centro Social de Óis da Ribeira
Os bancos do
Largo do
Centro Social,
os do antigo
Cruzeiro de
Óis da Ribeira,
estão a
apodrecer,
enlixados e abandonados.
Esquecidos.
Um deles, até
arrancado está
da calçada
do passeio -
como se vê
na imagem
ao lado.
Os bancos foram
assento de
muitas tertúlias
do povo óisdaribeirense,
no tempo em
que estava
na placa central, debaixo da
amoreira que tantos segredos, Precisamente, onde agora está a rotunda.
Os bancos passaram para o passeio do lado do Café Central
por altura da construção da rotunda, há pouco mais de 20 anos,
e por lá estão sem quaisquer cuidados de manutenção.
Por lá, e neles, se sentam algumas pessoas, o que vai sendo
cada vez mais raro - até porque o local nem oferece
muita segurança e é, até, espaço de alguns abusos
de trânsito, nomeadamente quanto a estacionamentos.
Os ripados apodrecem com o tempo, esverdeados de
humidades, mas a Junta de Freguesia ignora-os.
Olimpicamente.
Os bancos nem sequer são limpos e/ou requalificados, não
têm qualquer tipo de manutenção.
E ficam mesmo em frente à sede da União de Freguesias
de Travassô e Óis da Ribeira, portanto ao olhar nu e
próximo dos senhores autarcas eleitos e e em exercício.
Um deles, um dos bancos, tem o pé partido e solto da
calçada, travado com pedras soltas, como se vê na imagem.
O que dá para ver a imagem que o povo óisdaribeirense
deve ter/poderá ter pelos autarcas que elegeu.
E a falta de respeito pela memória do doador.
E a falta de respeito pelo património herdado.
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Elísio Pinheiro |
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Os bancos no antigo cruzeiro |
Bancos foram oferta de Elísio
Pinheiro de Almeida
Os três bancos foram
oferecidos à freguesia
por Elísio Pinheiro de Almeida,
um óisdaribeirense
que se radicou em Viana
do Castelo, onde faleceu
a 12 de Julho de 1973,
de doença e aos 65 anos.
Ofereceu os bancos da ALBA nos anos 60 do
século XX e já nos anos 40 tinha contribuído
para as obras de terraplanagem do
terreno da primeira sala da escola primária.
Elísio Pinheiro de Almeida nasceu a 15 de Março de 1908, filho do
sapateiro José Pinheiro de Almeida e de Mariana de Jesus
Viegas. Casou a 11 de Janeiro de 1936 com Rosa Rodrigues
Ferreira, de Almear, em Travassô, e «migrou» para Viana do
Castelo nos anos 40 do século XX, chamado pelo irmão Eugénio, o mais
velho. E lá fez vida empresarial e familiar.
O casal teve três filhas, todas professoras: Maria de Lurdes
(residente na Alemanha, onde casou com um cidadão local) e,
moradoras em Viana do Castelo, Rosa Maria (que faleceu a
19 de Dezembro de 2019) e Maria de Fátima.
Sobrinho de Elísio e a morar em Óis da Ribeira, filho do irmão
Alexandre, é Arménio Framegas Pinheiro de Almeida, empresário agro-pecuário da Rua Nossa Senhora de Fátima.
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