sexta-feira, maio 31, 2019

Alberto Santos, de OdR, é secretário nacional da CONFAP!

Alberto Santos, o terceiro a contar da direita, secretário da CONFAP
A lista da CONFAP para 2019/2021


O ribeirense Alberto San-tos foi eleito como secre-tário do conselho execu-
tivo da Confederação Na-cional das Associações e Pais (CONFAP), cuja elei-ção e posse ocorreu em Águeda, a 18 de Maio de 2019 e na Escola Secun-dária Marques de Castilho. 
O mandato é para o triénio 2019/2021 e, na altura, demos a notícia da eleição, sem, porém, especificar a função que (vai) exerce(r), o que agora fazemos - com as nossas felicitações ao conterrâneo eleito, enquanto membro da direcção da Federação das Asso-
ciações de Pais da Maia (FAPEMAIA). Anteriormente, era suplente do conselho executivo.
Jorge Ascensão, da Federação de Associações de Pais de Gon-
domar, continua como presidente e a aguedense Cristina Paula Fernandes da Cruz, como vice-presidente - no seu caso, repre-
sentando a Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação de Águeda (FAPÁGUEDA).
Alberto Carlos Pires dos Reis e Santos é oisdaribeirense, filho de Manuel Soares dos Reis e Santos e da professora Maria Laudelina Pires dos Santos, ambos aposentados da Rua Manuel Tavares (Cabo), mas está a residir na Maia. 

quinta-feira, maio 30, 2019

O cesteiro Belmiro Gonçalo, também matador de porcos...

Belmiro Gonçalo
Belmiro Gon-

çalo em 1971

O cesteiro Belmiro Gonçalo nasceu a 30 de Maio de 1916, em Destriz, freguesia do concelho de Oliveira de Frades, mas fixou-se em Óis da Ribeira, onde trabalhou, casou e teve família.
A sua fama galgou as fronteiras locais, como proficiente matador de porcos, função para que era muito solicitado. Também foi agricultor e cesteiro - arte, esta, em que era muito hábil e, por isso mesmo, com serviços muito requisitados. 
Belmiro Gonçalo nasceu a 30 de Maio de 1918, filho de Venância Gonçalo e de pai incógnito. Fixou-se muito jovem em Óis da Ribeira, como criado de servir, e, a 20 de Novembro de 1935, com apenas 17 anos, casou com Maria do Carmo Pires Tavares, 10 anos mais velha e nascida a 24 de Junho de 1908, filha de Silvano Matos dos Reis e de Palmira Pires Tavares. 
O casal teve os filhos José (já falecido), Jaime, Benedita, Luís, Abel e Palmira Tavares Gonçalo (já falecida).

A 3 de Janeiro de 1978, há 41 anos, requereu passaporte «para todos os países», mas aparentemente apenas para se deslocar a França, de visita a familiares lá emigrados. 
Belmiro Gonçalo faleceu a 22 de Outubro de 1987, aos 69 anos e tendo sido agricultor e, regionalmente, afamado cesteiro e matador de porcos. Maria do Carmo Pires Tavares faleceu a 7 de Dezembro de 1988 e estão ambos sepultados no Cemitério Velho de Óis da Ribeira.

quarta-feira, maio 29, 2019

O Dia 1 do ATL da Arcor foi há 28 anos...

José Melo Ferreira
O primeiro em-
blema da Arcor


A direcção da Arcor reuniu a 29 de Maio de 1991 e deliberou avan-
çar com o pro-
cesso de criação de um ATL. Já lá vão 28 anos!
O executivo era presidido pelo engº. José Melo Ferreira, com o te-
soureiro Diamantino Alves Correia, o secretário João Bernardino Dias Figueiro Viegas e os vogais Paulo Jorge Carvalho da Silva (Cadinha, o 1º.) e Paulo Jorge Martins Pires (2º.). Tinha tomada posse a 12 de Maio anterior e a assembleia geral era presidida pelo padre Fran-
cisco Júlio Grangeia Pinto, com o secretário António Manuel Aze-
vedo de Melo (1º.) e Rui Jorge dos Reis Fernandes (2º.). Armando Alves Ferreira presidia ao conselho fiscal, com os vogais Manuel Horácio Figueiredo dos Reis e Manuel Duarte de Almeida Marques (Capitão).
A direcção, pela mesma razão, reuniu a 17 de Julho de 1991 com a Bela Vista (IPSS de Águeda) e a Junta de Freguesia de Óis da Ri-
beira e, já a 26 de Fevereiro de 1992, com um grupo de pais - de filhjos em idade para a valência -, precisamente para avançar com o processo de legalização do ATL.
A 6 de Outubro, abriu concurso para admissão de uma educadora e duas auxiliares para o ATL, valência que oficialmente viria a abrir a 2 de Novembro desse ano de 1992, com a educadora Manuela, de Alquerubim.         

terça-feira, maio 28, 2019

Obras de saneamento quase, quase... há 9 meses!

A sinalização das obras de saneamento no lado poente da Rua da Pateira
O prazo de execução é (era) de 180 dias. Já lá vão 270!

As intermináveis obras da rede de saneamento de Óis da Ribeira continuam esta semana, agora com a ligação de ramais domici-
liários da Rua dos Serrados. Uff!!!.-.., um dia terminarão!
Os trabalhos estão a cargo da empresa Construções Carlos Pinho, de Arouca - que os adjudicou por 584 000 euros -, e começaram a 3 de Setembro de 2018. Passou esse Setembro e também o Outubro, o Novembro e o Dezembro de 2019, entrámos em 2019 e já lá vão os meses de Janeiro, de Fevereiro, de Março, de Abril e estamos quase, quase no final de Maio.
Isto é: estamos no final do 9º. mês de obras, que foram adjudicadas por 180 dias. Ou seja, 6 meses! E já lá vão quase, quase... 270 dias!
Os principais sofredores da situação são os moradores das ruas, que todos os dias vêem as suas casas invadidas de pó, alguns deles protegendo as suas portas e janela com plásticos.
Já nem vala a pena lembrar o estado do piso de todas estas ruas, que tento prejudica o tráfego, em prejuízo de viaturas e da paciência dos peões. 
Num tempo em que toda a gente reclama direitos, não terã os oisdaribeirenses direito a que de uma vez por todas se terminem as obras?

segunda-feira, maio 27, 2019

As Europeias em Óis da Ribeira em 2014 e 2019: quase tudo igual!

Ois da Ribeira teve os mesmos 252 votantes, em 2014 e 2019, nas Eleições Europeias

Edital da Mesa de Voto de OdR

O povo eleitoral de Óis da Ribeira, em termos de Europeias, foi exac-
tamente o mesmo em 2014 e 2019: votaram 252 inscritos em ambos os anos.
Os resultados foram, porém,  ligei-
ramente diferentes.
1 - O Partido Socialista (PS) passou de 70 para 87 votos. Mais 17!
2 - A coligação PSD/CDS teve 103 e agora, concorrendo separados, so-
maram 100: 74 do PSD e 26 do CDS. Menos 3!
3 - O Bloco de Esquerda (BE) cres-
ceu 7 votos: de 9 para 16!
4 - A Coligação Democrática Uni-
tária (CDU), envolvendo o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista Os Verdes (PEV), perdeu 8 eleitores. Teve 10, passou para apenas 2.
5 - O PCPT/MRPP teve os mesmos 2 votos!
6 - O número de votos nulos diminuiu 2, passando de 11 para 9!
7 - Os votos brancos também diminuíram: de 21 para 17.
O acto eleitoral, de 2014 para 2019, «perdeu» várias candidaturas: o PPM - Partido Popular Monárquico (este ano integrado na coligação BASTA), o Movimento Partido da Terra (MPT), o Partido Nova Democracia (PND), o Partido Democrático do Atlântico (PDA) e o Partido Operário da Unidade Socialista (POUS).
Debutantes em 2019, para além da Coligação BASTA (formada pelo Chega, Partido Popular Monárquico, o Partido Cidadania e Democracia Cristã e o Democracia 21), concorreram o Partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN), o Movimento Alternativa Socialista (MAS), Nós Cidadãos, Aliança, Iniciativa Liberal, Livre, Partido Nacional Renovador (PNR) e Partido Unido dos Pensionistas e Reformados (PURP).

Abstenção...
com maioria !

A abstenção do universo eleitoral de Óis da Ribeira atingiu os 57,8%. Votaram 252 dos 597 eleitores inscritos para as Elei-
ções Europeias de ontem.
O PS foi o partido mais votado e teve apenas 14,54 % dos votos entrados na urna da Mesa oisdaribeirense, percentagem resultante dos seus 87 votos. Faz tempo e várias e diferentes eleições, anos afora, que os socialistas não eram os mais votados em Óis da Ribeira.

O PSD ficou-se pelos 12,4% (74) e o CDS, o terceiro partido mais votado em Óis da Ribeira, teve 4,4% (26 votos). O Bloco de Es-
querda teve 16 votos (2,7%) e todas as outras candidatura tiveram resultados residuais.

Arcor teve o primeiro projecto aprovado há 20 anos!

A Arcor em 1999, na casa de Paula Figueiredo, agora
 instalações da pastelaria Pau de Canela d´Óis

O projecto de arquitectura, águas e esgotos do centro de dia e ATL do Centro Social da Arcor foi aprovado a 27 de Maio de 1999. Há preci-
samente 20 anos!
A direcção era presidida por Fernando Reis que, a 26 de Abril anterior, 
A casa de Marta Azevedo
concluíra o processo de legali-
zação da creche, que até aí fun-
cionava na casa de Marta dos Santos Duarte Azevedo, na Rua Manuel Tavares (a do Cabo). Daqui, passou formalmente  para as novas instalações a 21 de Maio desse ano (1999), situadas no Largo do  Cruzeiro (agora, Largo do Centro Social, na casa que era de Paula Figueiredo) e onde agora está a Pastelaria Pau de Canela d´Óis. Ali passou a fun-
cionar a creche e o ATL, cozinha e refeitório. O ATL estava numa sala do edifício da escola primária.
O projecto do Centro Social aprovado há 20 anos ainda viria a ser alterado, para incluir a creche, jardim de infância e ATL. Já concluído, o mesmo projecto viria a ser entregue na Segurança Social de Aveiro a 16 de Agosto de 1999. incluindo as valências de creche (para 30 crianças), jardim de infância (22) e ATL (40), centro de dia (30 idosos) e apoio domiciliário (15).
Tempos de uma Arcor ambiciosa e empreendedora, que «fazia» a associação, dinamizava, e o Centro Social que viria a ser inau-
gurado a 24 de Janeiro de 2009. Já lá vão  mais de 10 anos, já em pleno funcionamento e mais de 4 depois de estar concluído.

domingo, maio 26, 2019

PS ganhou Eleições Europeias em Óis da Ribeira



O PS venceu as Eleições Euro-
peias de hoje em Óis da Ribeira: teve 87 (14,5%) dos 252 votos que entraram na urna eleitoral instalada no Centro de Dia da Arcor. Seguiram-se o PSD, com 74 (12,4%), e o CDS, com 26 (4,4%). O Bloco de Esquerda (BE) teve 16 (2,7%) e a CDU ficou-se pelos 2 (0,33%).
Mais votados que a CDU, foram dois partidos dos chamados «novos» (e mais pequenos), casos do PAN, com 7 (1,2%)) e do Basta, com 4 (0,7%). Com dois votos (0,33%) aparecem o também o Aliança, o Livre, o PCPT/MRPP e o Nós, Cidadãos. Outras listas votadas (1 voto, cada, 0,16%) foram o Partido Trabalhista Português (PTP) e o Iniciativa Liberal (IL).
Quatro listas de candidatos não tiveram votos: o Partido Democrático Republicano (PDR), o Partido Nacional Renovador (PNR), o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) e o Movimento Alternativa Socialista (MAS).
A mesa da assembleia de voto de Óis da Ribeira foi presidida por Paulo Jorge Gomes e registou também 17 votos em branco e 9 votos nulos. O vice-presidente da mesa de voto foi Jaime Reis, com os escrutinadores Gabriela Reis, Micaela Tavares e Carlos Fernandes (Teco).

A Família Pires Calvo até à Família Pires Soares

Joaquim António
Pires Soares

A numerosa Família Pires Calvo reuniu os seus des-cendentes a 26 de Maio de 1948. Há 71 anos!
E mandou afixar uma placa come-
morativa, agora colocada no adro mas que durante muitos anos esteve na nave da Igreja de Óis da Ribeira
A informação da placa é enfática relativamente ao casal formado por João Pires Calvo e Silvestra Maria dos Reis. Ele, «um dos grandes homens da então vila de Óis da Ribeira, teria agora 285 anos, mas faleceu aos 88, em 1820. Ela, foi «activa e muito esmoler». 
O seu casamento foi evocado em Óis da Ribeira, a 26 de Maio de 1948, por «actuais descendentes». Não foi há assim tantos anos que não haja familiares vivos, mesmo que descendentes destes.
Alguém sabe? Alguém pode ajudar? 
O blogger Luís Neves deu uma ajuda, indicando-nos que o casal teve pelo menos dois filhos: José Pires Calvo e Tereza Pires Calvo.
João Pires Calvo faleceu a 21 de Abril de 1820.
Registo de falecimento de João Pires Calvo


Família Pires
Calvo a Soares

José Pires Calvo, filho de João e ainda segundo Luís Neves, casou com Ana Maria Soares e o casal teve pelo menos 7 filhos: Joaquim Pires Soares, António Pires Soares, Mariana Ludovina Soares, Manuel Pires Soares (padre), Maria Rosa Soares, Jacinto Pires Soares e José Pires Soares
O irmão Joaquim Pires Soares, por sua vez, foi escrivão da Câma-
ra de Óis da Ribeira e juiz ordinária da então vila, e de Rosália Joana de Jesus. Irmão do padre Anacleto Pires Soares, influente político a sua época, e também teve 7 filhos. Por exemplo, o padre Anacleto Soares e Joaquim António Pires Soares, sendo este, sabe o d´Óis Por Três, patriarca de 9 filhos, 43 netos, 65 bisneto e tetraneto. Isto, em 1942. 
Joaquim António casou-se aos 19 anos com Maria Rosa, costurei-
ra, de 18, e o casal teve 9 filhos, 8 dos quais conseguimos identi-
ficar: Maria Rosa, Ana, Anacleto (faleceu no Brasil a 26/06/1962), Alexandre (n. 24/03/1886), Rosa (n. 27/02/1878), Liolinda (n. 29/05/1881), Aurélia (n. 24/04/1885 e f. a 31/03/1969) e Auta (que casou em Cabanões com Alberto Marques, mãe de Zulmira, Alberto e Auta).
Rosa casou com o professor Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha e seus netos são Joaquim e José (já falecidos), Porfírio, Lurdes e Fernando Tavares Pires
A partir destes nomes, quem serão os actuais (outros) descententes?
- NOTA: Os dados indicados poderão conter
 algumas incorrecções, da quais nos desculpamos. 
Aceitamos esclarecimentos.

sábado, maio 25, 2019

Ponte de Óis da Ribeira foi inaugurada há 67 anos!

A ponte de Óis da Ribeira foi inaugurada há 67 anos, a 25 de Maio de 1952
Imagem da inauguração da ponte


O dia 25 de Maio de 1952 foi (é) histórico para Óis da Ribeira: foi o da inauguração da ponte sobre o rio Águeda, ligando as duas margens!
Hoje, quando se passa na ponte, não se faz ideia da importância que teve para a comunidade oisdaribeirense, num tempo em que o lençol de água do rio era fronteira do dia a dia das gentes da vila, nas suas relações com o mundo social político, geográfico e laboral.
A ambição era antiquíssima e o projecto inicial tinha sido elaborado pelo engº. Fernando Moreira de Sá, major doExército que, já na reserva, foi o primeiro director de Serviços de Engenharia da Câmara Municipal do Porto e Governador Civil substituto do distrito do Porto, criando mais tarde um escritório técnico de engenharia, especialistas em obras de cimento armado. 
A planta inicial, porém, não tinha sido aprovada pelo Ministério das Obras Públicas, que encarregou os engenheiros  Campos e Mendonça, mais um desenhador - todos daquele Ministério -, para fazer as necessárias correcções, que fizeram e entregaram à Câmara Municipal de Águeda e, há 70 anos, estavam em Óis da Ribeira para serem vistas pela Junta de Freguesia e povo interessado.
P. José Bernardino
Benjamim Freitas
A construção
e a inauguração!


A ponte levou dois anos a ser construída e foi inaugurada a 25 de Maio de 1952, numa cerimónia em que o engº. José Frederico Ulrich, Ministro das Obras Públicas (e que tinha aprovado e comparticipado a obra), se fez representar pelo coronel Dias Leite (Governador Civil de Aveiro), tendo também estado presente o dr. Fausto Luís de Oliveira (presidente da Câmara Municipal de Águeda) e autoridades civis, militares e religiosas - nomeadamente a Comissão Executiva da Ponte, presidida pelo padre José Bernardino, com o vice-presidente Benjamim Soares de Freitas, o tesoureiro Manuel Soares dos Santos e o secretário Armando dos Santos Ala de Resende. A comissão ofereceu «um valioso copo de água às entidades oficiais, durante o qual foram feitos entusiásticos brindes».  
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira era presidida pelo benemérito Benjamim Soares de Freitas (de 1943 a 1954) com o tesoureiro Manuel dos Santos (mandatos de 1947/1950 e de  1951/1954) e os secretários (José Maria Estima (1946/1950) e Arnaldo Rodrigues de Figueiredo (1951/1954).

Zebedeu Costa
Gil M. Reis

As galinhas
com dentes !


As Bandas de Travassô e Casal de Álvaro participaram gratuitamente na festa de inauguração da ponte e foi lanç
ado muito fogo de artifício, transformando o dia num dia que ficou para sempre gravado na história de Óis da Ribeira.
Associada à inauguração está a famosa história das galinhas com dentes, respondendo, com ironia e boa disposição, ao chiste de muita gente de Travassô (e eventualmente não só...) que, referindo-se à ponte em tom de chacota, dizia(m) que Óis da Ribeira só a teria quando as galinhas tivessem dentes.
O artesão Gil Martins dos Reis «criou» o desagravo e, nos dois lados da entrada da ponte, no dia da inauguração, foram colocadas duas galinhas com... dentes!
A ligação entre Óis da Ribeira e Cabanões, pelo rio Águeda, era, até então, feita através das embarcação do barbeiro Zebedeu Alves da Costa, que tinha a adjudicação por concurso público anualmente lançado pela Junta de Freguesia de Óis da Ribeira.

A morte de Maria Marília Gomes Soares!

Os irmãos Gomes Soares: Isaura, Albertino e João Bernardino, de pé.
Maria Ascenção e Maria Marília (sentados)
Maria Marília Gomes Soares

A ribeirense Maria Marília Gomes Soares, de 79 anos, faleceu na tarde de ontem, dia 24 e Maio de 2019, no Jardim Social de Travassô, horas depois de ter alta hospitalar em Aveiro - onde esteve alguns dias internada.
Maria Marília era filha de João  Soares dos Reis (Matos) e de Isaura Gomes dos Santos, irmã de Maria Ascensão, João Bernardino, Albertino e Isaura Gomes Soares. Uma debilidade física de nascença não a impediu de fazer estudos secundários de adulta (nocturnos) e vida profissional activa, nomeadamente como funcionária pública, no quadro do Ministério da Saúde - tendo trabalhado muitos anos na Unidade de Saúde de Águeda, vulgarmente chamada Caixa.
Localmente, foi servidora da Igreja, nomeadamente como praticante e catequista de várias gerações de ribeirenses, que por ela tinham consideração elevada.
O seu funeral está marcado para amanhã, domingo, dia 26 de Maio de 2019, com cerimónias religiosas a partir das 12,30 horas, na capela mortuária e desta para a Igreja e o cemitério de Óis da Ribeira. RIP!!!

sexta-feira, maio 24, 2019

Tuna, há 114 anos, foi ao Conde agradecer a bandeira dada...

A bandeira da Tuna oferecida pelo Conde de Sucena
Conde de Sucena

A Tuna de Óis da Ribeira visitou o Conde Sucena para lhe agrade-
cer a oferta da bandeira - que ainda hoje está religiosamente guardada na se-
de da agora cha-
mada Associa-
ção Filarmónica. Foi a 24 de Maio de 1905, há pre-
cisamente 114 anos!
O dia, uma quar-
ta-feira, foi de festa e emoção para a colecti-
vidade tunante ribeirense, ao tempo presidida por Manuel Maria Tavares da Silva. 
A comitiva foi de barco até Águeda, rio acima e acompanhada por muitos conterrâneos, que se quiseram associar ao momento e depois seguiram em marcha para o palacete do Con-
de de Sucena, na Borralha - onde, em honra do benemérito, tocaram várias peças do seu repertório e agradeceram a gentileza da fidal-
ga oferta do também deputado de Águeda.
Manuel Tavares

Bandeira feita
em Paris !

A bandeira tinha sido desenhada pelo próprio Con-
de de Sucena e por ele prometida a 27 de Janeiro anterior, no decorrer de uma visita que, como depu-
tado, fez a Óis da Ribeira - assim como a Caba-
nões, Travassô e Casal de Álvaro.
A bandeira foi confeccionada em Paris, por ordem do Conde, e então anunciada como sendo de seda encarnada, com galões e franjas de ouro e uma lira ao centro, também dourada e envolvida em dois ramos de carva-
lho e louro, entrelaçados, com duas flores de cada um dos lados, finamente bordadas a matiz e copiadas do brasão de armas da freguesia. Rosas e açucenas. O nome da Tuna, segundo a descri-
ção da época, está inscrito no laço que une os dois ramos e inscrito em caracteres bordados a ouro.
A homenagem ao benemérito foi mais longe e, na festa de S. Ge-
raldo seguinte, em Oiã. A Tuna foi anunciada como Tuna Conde de Sucena, logo depois retomando a designação oficial: Tuna de Óis da Ribeira. Já assim se apresentou na festa do Vale Grande.

quinta-feira, maio 23, 2019

Barqueiro Zebedeu casou há 112 anos!

Zebedeu Alves da Costa

O barqueiro Zebedeu, responsável por muitos anos da passagem de Óis da Ribeira para Caba-
nões, casou há precisamente 112 anos! A 23 de Maio de 1907.
Zebedeu Alves Costa, de seu nome completo, tinha 20 anos, era jornaleiro, e casou com Maria Augus-
ta Pires, de 25 anos e também jornaleira. Ele, filho de Joaquim Alves da Costa e de Maria Bárbara Soares dos Santos. Ela, filha de Maria José Pires Ferreira.
A cerimónia foi celebrada pelo padre Manuel Go-
mes de Andrade e apadri-
nhada por Joaquim Antó-
nio Soares de Freitas e António Joaquim Frame-
gas, ambos lavradores de Óis da Ribeira.
Zebedeu veio a ser o fa-
moso barqueiro da liga-
ção entre Óis da Ribeira e Cabanões, atravessando
o Rio Águeda, herdando
Inauguração da placa
do Barqueiro Zebedeu
e continuando uma tradição de família e ser-
viço que adjudicava por concurso público da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira. Faleceu a 15 de Junho de 1954, de doença e depois de um ataque epiléctico, no Hospital Conde de Sucena, em Águeda.
Descendentes, na actualidade ribeirense e en-
tre outros, são os netos Dinis de Oliveira Al-
ves Pereira (filho de Cesaltina e morador em Eirol), Zebedeu (ausente nos Estados Unidos) e Joaquim de Oliveira Costa (ambos filhos de Maria Lá) e, filhos de Maria Augusta, Álvaro, Maria Augusta e Messias (moradores em Re-
cardães) e Nair Pires de Carvalho (à saída de OdR para Espinhel).
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, ao tempo presidida por Fernando Tavares Pires, homenageou-o a 20 de Setembro de 2000, descerrando uma placa no largo que ficou com o seu nome, junto ao rio, a juzante da ponte e onde era o cais de embarque do seu tempo de barqueiro, pertinho da casa que foi a sua residência e agora dos seus netos Dinis e Joaquim.
A cerimónia foi prestigiada com a presença de Manuel de Castro Azevedo, o então presidente da Câmara Municipal de Águeda.
Placa do Largo Zebedeu
Alves da Costa

Os pais de Zebedeu
casaram 33 anos antes !

As coincidências da vida levam precisar o casamento dos pais do barqueiro Zebedeu, precisamente 33 anos antes.
Na verdade, a 23 de Maio de 1874 e na Igreja de Óis da Ribeira, consorciaram-se Joaquim Alves da Costa, de 39 anos e jornaleiro, com Maria Bárbara Soares dos Santos, costureira, de 27 anos. Os pais de Zebedeu.
Ambos eram solteiros e ele, Joaquim, filho de Manuel Alves da Costa e de Ana Maria de Carvalho; ela, Maria Bárbara, filha de António Lopes dos Santos e de Rosa Emília Soares, todos naturais e residentes em Óis da Ribeira.
O celebrante foi o padre Ricardo Tavares da Silva, sacerdote ri-
beirense, e padrinhos Manuel Tavares Duarte (pai do então futuro padre José Bernardino dos Santos Silva) e Manuel Pereira da Conceição, ambos lavradores e de Óis da Ribeira.

Tentativa de roubo dos cabos de telefones e TV´s... Mais uma!

O poste dos cabos telefónicos que foi serrado , em cima e em baixo (pormenor)


Os amigos do alheio voltaram 
a tentar roubar os cabos das 
linhas telefónicas que, atraves-
sando o campo de Cabanões,
 galgam o rio Águeda para Óis
 da Ribeira, imediatamente 
a montante e ao longo das duas
pontes.
Um dos postes foi serrado, 
como se vê nas imagens que 
nos foram enviadas esta manhã. 
Vê-se o poste cortado e pendu-
rado nos cabos, e vê-se também
o «tronco» do dito poste. 
Quando isto aconteceu, 
não sabemos, mas por certo o 
objectivo foi, uma vez mais, 
roubar os cabos.
Um qualquer problema, vá lá saber-se qual..., terá impedido que o roubo fosse por diante. Que se concretizasse. O corte aparenta ser fresco, da há curta data.
O roubo de cabos nesta zona já aconteceu várias vezes e, 
em todas elas, impedindo que Óis da Ribeira deixe de ter acesso
 aos telefones e televisões por cabo. Ao longo de vários 
dias, em seu prejuízo - que as operadoras nunca compensam.
Quando à identidade dos ladrões, vá lá saber-se... quem serão. 
Isto é, o d´Óis Por Três não sabe, mas é evidente que esse
trabalho (de investigação) cabe às autoridades policiais.

quarta-feira, maio 22, 2019

Personalidades de OdR: padre José Bernardino e professor Luís Almeida!

A pateira vista sobre a margem de Óis da Ribeira
Padre José Bernardino

O dia 11 de Maio está associado a duas personalidades de Óis da Ribeira, ambas do século XX e por razões diferentes: a libertação do padre José Bernardino, nascido em 1880, e o nascimento do professor Luís Almeida, em 1896. 
O padre José Bernardino Santos Silva foi monárquico convicto, denunciado pelo regime republi-cano por «suspeitas de alta trai-ção» e preso político, na sequência da implantação da República (em 1910). Cumpriu prisão nas cadeias do Alto do Duque e Limoeiro, em Lisboa, foi solto sob fiança e chegou a Óis da Ribeira a 22 de Maio de 1912. 
Há 107 anos! 
José Bernardino dos Santos Silva nasceu a 8 de Julho de 1880, filho de Manuel Tavares Duarte e Maria José dos Santos Silva. Celebrou missa nova no Dia de Reis de 1903, tinha 22 anos, e foi pároco de Trofa e Óis da Ribeira (onde entrou a 6 de Abril de 1908). Também exerceu em Coimbra e no Estado do Espírito Santo (Brasil), a norte do Rio de Janeiro.
Fugiu para o Brasil, após a libertação da cadeia, e foi julgado à revelia, absolvido pelo Tribunal Militar de Coimbra. Presidente da Comissão da Ponte (desde ainda antes da implantação da República), à comissão voltou, depois do regresso do Brasil. Foi Consultor Diocesano, pároco e arcipreste de Águeda e, depois, pároco de Óis da Ribeira. 
O Papa Pio XI elevou-o à dignidade de Camareiro Secreto, com o título de Monsenhor e Águeda, então,  prestou-lhe «justa e eloquente homenagem». Faleceu a 18 de Janeiro de 1960, na sua casa de Óis da Ribeira.

- Ver AQUI - AQUI

A casa do professor Luís Almeida Santos

Professor Luís
Almeida Santos

Luís Maria de Almeida Santos foi professor primário e republicano de convicção política. Um dos três professores nascidos em Óis da Ribeira até aos anos 60 do século XX.
Curiosamente, era filho 
Ant. Cruzeiro
de um professor, Camilo Gomes Ferrão dos Santos, que a Óis da Ribeira veio leccionar, oriundo de Ca-
rapinheira do Campo, em Montemor-o-Velho, e em Óis da Ribeira se casou com Maria Teresa de Almei-
da. Outro professor de OdR foi Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha.
Luís Almeida exerceu o professorado (primário) em escolas de Macieira de Alcoba, Perrães, Fermentelos e Trofa e, durante muitos anos, foi correspondente da imprensa de Águeda em Óis da Ribeira. 
Era neto paterno de José Santos e de Maria Cordei-
ro, de Carapinheira do Campo (concelho de Monte-
mor-o-Velho), e neto materno de Jacinto Bernardo Henriques e de Joaquina Rosa Almeida, de Óis da Ribeira. Consorciou-se a 30 de Dezembro de 1921, com Maria Emília Cruzeiro Gomes, natural de Oiã, do município de Oliveira do Bairro, e irmã do escritor e poeta António do Cértima. 
O casal Maria Emília (D. Mariquinhas)/Luís Maria teve quatro filhos, três rapazes, todos falecidos, e uma filha:
1 - HENRIQUE. Henrique Gomes Cruzeiro de Almeida e Santos. Foi funcionário da Sacor, em Luanda (a capital de Angola).
2 - ESTRELA. Maria Estrela Gomes Cruzeiro de Almeida e Santos. Foi casada (é viúva) do comerciante António Marques dos Santos, em Aveiro - onde vive com uma filha.
3  - HÉLDER. Hélder Gomes Cruzeiro de Almeida Santos. Funcio-
nário público das Obras Públicas, em Sá da Bandeira, actual ci-
dade de Lubango, capital da Huíla (Angola).
4 - TONINHO. António Gomes Cruzeiro de Almeida Santos (Toninho). Foi funcionário público da Administração Fiscal (Finanças) e, solteiro, faleceu a 4 de Setembro de 2011.
O professor Luís Maria de Almeida Santos faleceu em 1970, aos 74 anos.

terça-feira, maio 21, 2019

A rua do ribeirense professor Dinis Pires na meeira Cabanões...

A escadaria da Capela de Nossa Senhora dos Milagres, em Cabanões
A rua Dinis Pires, do cruzamento do Alto de Cabanões
 para Águeda - fotos de cima e as duas abaixo

Cabanões foi lugar meeiro de Travassô e Óis da Ribeira, agora é povoação inte-
grada da União de Freguesias e, como se vai ver nas imagens, sofre, do mes-
mo desmazelo da Junta de Fre-
guesia. Basta olhar para as fotos.
Imagens que, vale a pena no-
tar, se referem exclusi-
vamente à rua Professor Dinis Pires, a principal da povoação.

A Rua Professor
Dinis Pires da Silva

Dinis Pires da Silva, é es-
te o seu nome completo, é um cidadão de Óis da Ri-
beira, que se radicou em Cabanões pelo seu casa-
mento, a 4 de Julho de 1918, aos 22 anos e na Igreja Paroquial de Tra-
vassô, com Ana Sousa da Conceição, de 28, que nasceu na cidade de Pe-lotas, Estado de Rio Gran-
de do Sul (no Brasil). Radicou-se em Cabanões, na casa ao lado da capela, e leccionou o ensino pri-
mário na escola de Tra-
O adro da capela de Cabanões
vassô, anos atrás de anos e a várias gerações.
Nasceu a 14 de Novembro de 1894 e era filho de Diamantino Francisco da Silva, estucador de Fermentelos, e de Ana Pires Soares, agricultora e de Óis da Ribeira. Neto paterno de  João Fran-
Rua Dinis Pires na subida para o apeadeiro (em cima e abaixo)
cisco e Feliciana Silva, de Fermentelos, e materno de Joa-
quim António Pi-
res Soares e de Maria Rosa Soa-
res, de Óis da Ribeira.
Teve pelo menos três irmãos: os gémeos Artur e Maria da Anun-
ciação (da Volta, da loja do Cru-
zeiro, mãe de Zola, Ondina e
Orlando) e César (que foi dono da casa apalaçada, entretanto demolida, ao lado do Café Central, e foi casado com uma senhora francesa).
Avô de Vera da Conceição Silva, que reside na casa 
Rua Dinis Pires na tarde de 19/05/2019
que foi do avô (ao lado da capela de Cabanões).
Faleceu a 14 de Janeiro de 1967, aos 73 anos, na sua casa de Cabanões, e a Junta de Freguesia de Travassô, prestigiando o seu nome e personalidade da vida pública, atribuiu o seu nome a esta rua - que vai da ponte até à rua João Baptista Oliveira. junto à pastelaria (do bico das estradas).

Rua principal
de Cabanões

O ajardinado da árvore
A rua Dinis Pires (da Silva) é a principal do lugar de Cabanões e troço de passagem diária de imenso tráfego automóvel (ligeiro e pesado), motorizado e de ciclistas e peões. Neste caso, o dos peões, é o único acesso ao apeadeiro de Cabanões.
É também acesso principal à pateira, principal ponto
Passeio da capela na tarde de 18/05/2019
 turístico de Águeda-concelho, tão badalado por esse mundo fora. 
O piso foi recentemente as-faltado, cremos que em fi-nais de 2017, depois de con-cluídas as obras de constru-ção da ponte nova - que tantos sacrifícios impôs ao povo de Óis da Ribeira.
Pois bem, ou mal..., é essa estrada, esta Rua Dinis Pires (da Silva), que está «alin-dada» com ervas daninhas com crescimento de meses e que o desmazelo autárquico (ou seja lá o que for...) não cuida e deixa medrar des-
mesuradamente, assim en-
feiando os espaços públicos da União de Freguesias.
Também é nestas «coisas», nestas pequenas ou grandes «coi-
sas», nestes gestos inânes do abúlico poder político local, que se (des)honram e (des)prestigiam os nossos antepassados maiores.