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As diferenças entre famílias políticas de Travassô já se faziam notar no anterior mandato. Sérgio Neves (o segundo, à esquerda) era o presidente da Assembleia de Freguesia e
Mário Martins (ao meio, ao centro) o presidente da Junta de Freguesia |
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Sede da União de Fregue-
sias é em Óis da Ribeira
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Delegação da UFTOR
em Travassô
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O PSD acusa o PS de “não respeitar a de-
mocracia e os resultados da sua aplicação”, por inviabilizar a formação do executivo da Junta, por propostas dos sociais-democratas na Assembleia de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, segundo relata a Agência Lusa.
José Vidal, presidente da Concelhia de Águeda do PS, rebateu o PSD e, à mesma Lusa, afirmou «não haver condições» para os socialistas apoiarem as propostas de Sérgio Neves - o presidente eleito da Junta de Freguesia, líder da lista do PSD nas Eleições Autárquicas de 1 de Outubro de 2017.
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Votar 9 vezes
para... nada!
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Uma eleição e 9
votações para... nada!
A Junta continua sem executivo consti-
tuído, após a 9ª. reunião da 1ª. sessão da Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira - a de instalação dos órgãos autárquicos locais.
O PS não apoia(ará) as propostas de Sér-
gio Neves, que pretende (como mostrou na sessão de 21 de Junho, a última 5ª.-feira) ter maioria no executivo.
«Realizei um encontro informal com o PSD,
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A. Topa (PSD) |
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J. Vidal (PS) |
onde estabelecemos algumas condições para uma eventual solução», disse José Vidal, acrescentando que «nesse mesmo dia foi promovida, no tribunal, uma acção de perda de mandato do membro eleito do PS, não existindo, a partir daí, qualquer condição de acordo».
O presidente da Concelhia Socialista de Águeda sublinhou, também, que «depois de tudo o que se tem passado, o PS não fará qualquer acordo com o presidente da Junta eleito ou com o PSD»:
A Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira continua sem eleger o executivo e o presidente e a Mesa, o que, na prática, se traduz na paralização de todas as actividades da Junta.
Os deputados do PSD, em visita à Delegação de Travassô, na segunda-feira, comentaram, pela voz de António Topa, que «é absolutamente inconcebível que, tanto tempo depois das eleições, as populações não tenham quem olhe por elas, apenas porque ainda há quem não respeite a democracia e os resultados da sua aplicação».
Junta e Assembleia
não... existem!
A Junta de Freguesia não existe e não tem qualquer actividade autárquica, para além da emissão de atestados e marcação de sepulturas para funerais.
o mesmo acontece com a Assembleia de Freguesia, que continua sem presidente e sem Mesa. Dá-se até a curiosidade de Sérgio Neves ser presidente dos dois órgãos: da Junta, por ter sido eleito; e da Assembleia de Freguesia, por ainda não ter sido substituído no cargo.
Quanto ao executivo, referiu o PSD que «o presidente eleito, Sérgio Neves, não conseguiu ainda formar equipa», assim liderando, dizemos nós, um executivo que é... nada.
Na verdade, preside um órgão incompleto, de acção em nenhures, indignificado e que ficará na história pelos piores motivos, bloqueado e inútil.
O comentário do deputado António Topa, que ele aplica à oposição - “é absolutamente inconcebível que, tanto tempo após as eleições, as populações de Travassô e Óis da Ribeira não tenham quem olhe por elas, apenas porque ainda há quem não respeite a democracia e os resultados da sua aplicação” - aplica-se de igual ao modo ao seu companheiro de partido. Na verdade:
1 - Desde sempre, e teimosamente, que se recusou a apresentar listas negociadas com a oposição.
2 - Desde sempre foi de posição inflexível quanto à exclusão de eleitos do Juntos e do PS no Exectivo.
3 - Apenas na 9ª. sessão e ao 9º. mês de «bolha d´ar» executiva admitiu incluir um opositor no executivo, a tal levando três «negas».
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Sérgio Neves, ao centro e à direita, com
deputados do PSD eleitos por Aveiro
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Junta bloqueada
e sem conta bancária!
Os sociais-democratas comentaram também que o presidente eleito, Sérgio Neves, «está impedido de aceder à conta bancária da Junta de Freguesia, ao ponto de não saber, sequer, o saldo, não tendo, por isso, acesso às transferências de capital, sejam da Câmara Municipal ou do Estado Central».
Sérgio Neves, por sua vez, comentou que «está na hora de fazer imperar o bom senso, dos partidos e da própria Câmara Municipal».
«Está na hora de se lembrarem das populações, pois são elas as mais prejudicadas com este imbróglio», lamentou o bi-presidente (da Assembleia de Freguesia e da Junta de Freguesia), no decorrer do seu encontro com os deputados do PSD de Aveiro, em reunião organizada precisamente para «sensibilizar o poder político para aquilo a que ele mesmo considera ser «um “garrote” colocado a Travassô e Óis da Ribeira».
Sérgio Neves, nesse encontro com os deputados do seu partido, reafirmou «disponibilidade para formar executivo com outra força partidária, mas sempre em maioria», mas, como se sabe, tal bondade foi olimpicamente ignorada pelos eleitos de Juntos e PS.
Tarde bebeu a sabedoria dos Homens Grandes da política do seu partido. Teve, antes, 8 sessões da Assembleia de Freguesia para tal fazer. E não fez! A hora de que fala, a hora do bom-senso, fê-la perder-se entre as brumas dos últimos 9 meses.