António H. Tavares e Carlos
Vidal: os dois eleitos do
Juntos na AFTOR
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Sérgio Neves
o PJdUFTOR
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A questão do posto médico, erradamente assim chamado - é Pólo e Saúde - foi tema da última sessão da Assembleia de Freguesia, na sede de Óis da Ribeira e a 25 de Junho de 2020.
Tema que levedou acaloradas, ainda que mal informadas intervenções e que, de resto, levaram o pletórico presidente Sérgio Neves a comentar que «enquanto me sentar nesta cadeira, não vou permitir que o povo de Óis da Ribeira e de Travassô seja roubado».
Assim é que é! É preciso ter as coisas no sítio!
A conversa começou quando Carlos Vidal, do Movimento Juntos, questionou o executivo sobre de tinha «algo delineado para a solução do tal posto médico quando estiver em obras».
Respondeu Sérgio Neves que precisam do «ok» do presidente da Câmara Municipal de Águeda, que ia haver concurso público e que Câmara e Junta de Freguesia tinham de fazer revisões orçamentais.
Relativamente ao período de obras (quando, perguntamos nós?), disse Sérgio Neves que «existem 2 ou 3 apalavradas», mas que terão em conta alguns ajustes devido à falta de médicos no concelho.
Ou muito nos enganamos, prevê o d´Óis Por Três, ou a solução está encontrada: em Recardães, ou Mourisca do Vouga.
Sala, em papel, do projecto do
pólo de saúde e delegação da
UFTOR em Travassô. Apro-
vado, custará 277 000 euros!
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População está
muito prejudicada
António Horácio Tavares, também eleito do Juntos - Movimento Independente, e que já foi do executivo, referindo que «a população de Óis da Ribeira e de Travassô está a ser muito prejudicada» devido ao encerramento do dito posto médico, considerou que executivo travassÓisense devia «ter a capacidade de se resolver com a Câmara».
«O que aconteceu na Assembleia Municipal de Águeda em Óis da Ribeira foi muito mau e não será deste modo, com desavenças, que vão resolver esta situação», considerou António Horácio Tavares, «para o bem de toda a população». Referia-se à intervenção de Sérgio Neves em desabrido «ataque» ao presidente da Câmara, na Assembleia Municipal de decorreu em Óis da Ribeira. Ver AQUI
Sérgio Neves reagiu e afirmou que «enquanto me sentar nesta cadeira, não vou permitir que o povo de Óis da Ribeira e de Travassô seja roubado» e, virando a agulha para outro ponto, acrescentou que «o presidente da Câmara, durante um ano respondeu «sim e nim» em relação ao devolver o dinheiro em falta».
«Fomos gozados...», disse Sérgio Neves, precisando que «podíamos receber os 30 mil euros para obras e 28 mil para limpezas», referindo-se «ao restante dinheiro».
Não sabemos qual, nós, o d´Óis Por Três.
O panfleto eleitoral do Juntos |
Folheto eleitoral do Juntos 2019 e
menos 100 000 euros para a UFTOR
O enfadado presidente da Junta não desperdiçou a oportunidade para lembrar as eleições intercalares de 24 de Fevereiro de 2019, quando o Movimento Juntos fez espalhar «um folheto deixado nas caixas de correio (...), onde se dizia que se queriam obras tinham que votar nos Juntos».
Agora, sublinhou Sérgio Neves, «o povo apercebeu-se que realmente é verdade» e, enfaticamente e em tom alterado, referiu que o «povo necessita de saber a verdade» e que «a vai saber», porque «não é por uma freguesia escolher uma cor diferente que não tem que ser respeitada».
O presidente da Junta referiu-se, depois, à oposição da AFTOR, afirmando que «nada lhes é negado, tudo é respondido e que têm igual tratamento».
Afirmou depois que a União de Freguesias recebeu «menos 100 mil euros que as outras freguesias do concelho» e que a situação do posto médico «é urgente há mais de 20 anos, que em relação aos dinheiros em falta «não se trata de lei ou direito».
Sérgio Neves, enfático ainda que nervoso, lembrou que a Assembleia de Abril de 2019 votou por unanimidade a devolução do dinheiro em falta à União de Freguesias», mas que «a Câmara Municipal esperou pelo dia 30 de Dezembro para fazer uma revisão orçamental». O quem do seu ponto de vista «é nada». E desabafou: «Vão gozar com outro».
Sérgio Neves, algo inquieto mas ferveroso, disse ainda que Jorge Almeida, o presidente da Câmara Municipal de Águeda, lhe disse para «esquecer o dinheiro».
Dirigindo-se a António Horácio Tavares e Carlos Vidal, os dois eleitos do Juntos e seus opositores na AFTOR, disse-lhes: «Já que vocês se reúnem com ele, chamem-no para vir até cá».
Fátima Reis
eleita do PSD
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Há dois concelhos: o do
Juntos e o dos outros !
Maria Fátima Reis, eleita do PSD, também interveio, sugerindo que se fizesse um pedido escrito à Câmara, «assinado por todos», para a devolução do dinheiro. mas foi dito que tal já foi feito.
«Amanhã será a Assembleia Municipal e irei falar no assunto mas Jorge Almeida vai dizer para avançar com a transferência do dinheiro», disse Sérgio Neves, argumentando, porém, que «as coisas não são bem assim», pois, disse, «na Câmara, vão dizer que não há ordem para avançar».
«Talvez seja necessário colocar outdoors à entrada da freguesia, com as contas», disse Sérgio Neves, acrescentando que há outras freguesias do concelho, por exemplo Fermentelos, que «tem posto médico porque são do Juntos» e que «há dois concelhos em Águeda, o dos Juntos e os outros».
António Horácio Tavares, que é eleito do Juntos, questionou Sérgio Neves sobre os apoios da Câmara: «Está a ajudar em alguma coisa?», perguntou.
«Zero!!...» respondeu o exaltado Sérgio Neves, porém afirmando que vai «respeitar sempre os eleitos dos Juntos, enquanto membros da Assembleia» de Travassô e Ois da Ribeira, porque «foram eleitos pelo povo».
Até lhe pediu que «falem com o Presidente da Câmara de modo a avançar com todas as situações pendentes».
«Jura que agradecerei isso! Juro….Agradecerei publicamente, se conseguirem que isto vá a concurso público rapidamente. Não tenho que criticar toda a vida. Peçam o Centro de Saúde, porque temos o pior do concelho. Chove lá dentro...», disse, exaltado, o presidente Sérgio Neves.
«Isto», subentenda-se, o projecto da Unidade de Saúde.
Os resultados eleitorais das intercalares de
24 de Fevereiro de 2019 foram publicados no
Diário da República de 1 de Abril desse ano
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Eleitos para resolver
os problema do povo
A AFTOR de 15 de Junho de 2020 teve participação de meia dúzia de populares, num sinal evidente do desinteresse que a comunidade travassÓisense tem pelos seus eleitos.
Alguma razão houve, nas intercalares de 24 de Fevereiro de 2019, muito acesa por causa da guerra PSD/oposições, para apenas votaram 65,94% dos 2 020 eleitores inscritos e destes só 715 (53,68%) votaram na lista vencedora - a do PSD.
Sérgio Neves já admitiu que se recandidatará em 2021. «Não sei se ganho», também admite, mas já adiantou que «o presidente tem de respeitar o povo». Queira lá isso dizer o que quer que seja.
A 25 de Junho, na última sessão, entretanto, relembrou a proposta da AFTOR para receber o que acha ter direito da Câmara e a resolução, no mesmo sentido, da Assembleia Municipal, «ambos negados pela Câmara».
Sara Silva, do PSD e presidente da AFTOR questionou o público, e por duas vezes, sobre se pretendiam «apresentar alguma coisa à Câmara», mas ninguém respondeu. Apenas o eleito Ricardo Almeida, do CDS + Independentes, interveio e referiu que «caso seja feito novo pedido, devíamos usar o mesmo esquema e reforçar o que foi dito e as tentativas que houveram».
(continua)
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