O centro social e sede da ARCOR
Os presidentes Mário Marques (da direção e anterior tesoureiro) e Manuel Soares (da AG e da anterior direção |
ARCOR 2021 |
A assembleia geral da ARCOR aprovou, por maioria, as contas de 2020, com 73 722,08 euros de resultados negativos. É o quinto ano consecutivo em que as contas arcorianas «caem» no vermelho e a soma deficitária já levedou para uns absolutamente impensáveis... 249 251,32 euros.
O presidente da direção, Mário Marques, não se deu ao trabalho de participar nos trabalhos por «razões de trabalho» e deram a cara a vice-presidente Teresa Cardoso, o tesoureiro Joel Gomes, o secretário Rui Fernandes e o vogal Carlos Pereira.
O conselho fiscal lavou as mãos e fez-se representar pela presidente Cristina Soares, não participando nenhum dos vogais e suplentes. Considerou o parecer que «a ARCOR não tem atravessado períodos positivos» e que «o cenário andémico que o mundo atravessa veio agravar ainda mais os resultados, quer no sentido de receitas, como no aumento das despesas e os apoios das entidades públicas não são suficientes para equilibrar estes desajustes».
A direção, essa, confessou gorada a (sua) expectativa de que 2020 «fosse de continuação de convergência entre gastos e rendimentos, iniciada em 2018» mas que tal não aconteceu «devido essencialmente à situação pandémica global e aos gastos excepcionais o seu combate e prevenção», o que, explicou, «aumentou significativamente a rúbrica de fornecimentos externos, em cerca de 25%».
O decréscimo de receitas das mensalidades «ascendeu a cerca de 26 000 euros» e, apesar de ter registado aumento de receitas, diz o relatório da direção que «foram inferiores aos gastos».
Os gastos da ARCOR foram superiores às receitas em 7 dos 12 meses do ano |
Os custos e as receitas
maiores do ano pandémico
O pessoal foi o custo mais pesado de todas contas de 2020: nada mais nada menos que 330 402,79 euros, mais 0,01% que em 2019 (quando foram 330 381,10).
A conta de fornecedores «subiu» para os 115 586,63 euros, mais 23 498,89 que em 2019 (mais 25,52%). As compras atingiram os 57469,02 euros, mais 2,93% que em 2019, e o outros gastos e perdas somaram 795,49 euros.
Contas feitas, os gastos de gestão de 2020 (o ano pandémico) atingiram os 504 253,90 euros, apenas mais 4,22% que em 2019 - quando foram 483 844,10 euros. Isto é, uma diferença de 20 409,83 euros
Quanto a receitas, as comparticipações e subsídios foram a maior: 272 847,90 euros - mais 15,96% (45 864,58 euros) que em 2019 (226 983,32).
Ora, se os custos aumentaram 20 409,83 euros e as comparticipações e subsídios «valeram» mais 45 864,58 euros, é fazer contas
acumulados: 249 251,32 euros !!!
A gestão da ARCOR acumulou défices nos últimos 5 anos, os de dois presidentes de direção: Manuel Soares, actual presidente da assembleia geral, e Mário Marques, o anterior tesoureiro.
A gestão da ARCOR acumulou défices nos últimos 5 anos, os de dois presidentes de direção: Manuel Soares, actual presidente da assembleia geral, e Mário Marques, o anterior tesoureiro.
Os seguintes:
- Ano de 2016, da presidência de Manuel Soares e tesouraria a cargo de Mário Marques: 12 448,81 euros.
- Ano de 2017, da presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes, PAG de Manuel Soares: 22 509,86 euros.
- Ano de 2016, da presidência de Manuel Soares e tesouraria a cargo de Mário Marques: 12 448,81 euros.
- Ano de 2017, da presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes, PAG de Manuel Soares: 22 509,86 euros.
- Ano de 2018, da presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes, PAG de Manuel Soares: 79 417,17 euros.
- Ano de 2019, da presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes, PAG de Manuel Soares: 61 163,40 euros.
- Ano de 2020, da presidência de Mário Marques e tesouraria de Joel Gomes, PAG de Manuel Soares: 73 722,08 euros.
O que soma, contas feitas, 249 251,32 euros!!!
Duzentos e quarenta e nove mil, duzentos e cinquenta e um euros e trinta e dois cêntimos!!!
Apelos chegaram ao altar
da Igreja de Santo Adrião
A situação da ARCOR chegou hoje ao altar da missa dominical de Santo Adrião de Óis da Ribeira.
A comissária Maria de Lurdes Cadinha, da Fabriqueira e ao mesmo tempo sócia da ARCOR (participante da AG de anteontem), interveio no final da eucaristia para sensibilizar os concelebrantes para a crise da instituição social - que hoje deveria ter realizado eleições para o quadriénio de 2021/2024, já adiadas de 20 de Dezembro de 2020. E não realizou, por falta de lista concorrente.
Anteontem, já agora recordemos, a ARCOR teve a assembleia geral de votação da contas de 2020 (com prejuízo de 73 722,08 euros) e plano de actividades de 2021.
Falando hoje no ambão (foto da net) da Igreja de Santa Adrião, Maria de Lurdes Cadinha apelou aos concelebrantes no sentido de apoiarem a ARCOR, numa altura em que, disse, «a direção está cansada» e já terminou o mandato em Dezembro de 2020.
Falando hoje no ambão (foto da net) da Igreja de Santa Adrião, Maria de Lurdes Cadinha apelou aos concelebrantes no sentido de apoiarem a ARCOR, numa altura em que, disse, «a direção está cansada» e já terminou o mandato em Dezembro de 2020.
Aguardemos.
- AMANHÃ: O programa
de acção e orçamento de 2021!
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