terça-feira, novembro 16, 2021

* ANO 2006: A chegada da draga qu´ia limpar os jacintos! A esmola aos pobres em 1909; o casamento do benemérito Benjamim Soares de Freitas em 1915; a Avenida do Surpel em 1929; a homenagem a António Berna em 1996; e o alvará da ARCOR em 2004!


A draga chegou a Águeda a 16 Novembro de 2006 e foi lançada na
pateira a 13 de Dezembro seguinte. Até hoje e com umas «voltas» pelo meio

A draga a... dragar de quando em vez...




 
A draga que iria resolver o problema dos jacintos da pateira chegou a Águeda no dia 16 de Novembro de 2006. 
Há precisamente 15 anos!
Tal equipamento, tão precioso era que até adquirido em concurso internacional, mas revelou-se menos milagreiro quanto que se anunciou e ao tempo de acreditou (como hoje sabemos). E foi  até «escondido» algumas semanas no pavilhão da Associação Industrial de Águeda.
A formação dos futuros operadores começou a 11 de Dezembro seguinte, a cargo de um técnico da canadiana AquaMarine, a empresa fornecedora. 
A «descoberta» da milagrosa máquina (uma igual) tinha sido feita pelo então presidente Gil Nadais, da Câmara Municipal de Águeda e durante uma sua deslocação ao Canadá.
A embarcação acabou por ser lançada às águas da pateira no dia 13 de Dezembro desse mesmo ano, pelas 12,30 horas e na margem de Óis da Ribeira, mas ainda em fase de testes. 
O objectivo era combater e eliminar os jacintos de água.
Hoje, aos 16 dias de Novembro de 2021 e 15 anos depois, ainda por lá anda à «caça» dos jacintos, que nunca mais acabam. E mais não dizemos.


Outros tempos,
outro factos !
A esmola aos pobres em 1909; o casamento do benemérito Benjamim Soares de Freitas em 1915; a Avenida do Surpel em 1929; a homenagem a António Berna em 1996; e o alvará da ARCOR em 2004!

Jazigo do padre João
Oires Soares da Maia

Registo de batismo do padre João


1 - ANO 1909,
há 112 anos!
- ESMOLAS AOS POBRES
DA FREGUESIA: Os herdeiros do padre João Pires Soares da Maia distribuíram esmolas aos pobres de Óis da Ribeira no dia 16 de Dezembro de 1909. Há 112 anos e em sua memória!
O sacerdote, na data já falecido (a 4 de Abril de 1903), seria pessoa de posses e esmoler e, quiçá por isso, esta distribuição pelos menos afortunados da vila - o que, aparentemente, seria disposição testamentária, como também poderá ter sido a construção do jazigo monumental em sua memória, mandado erigir por seu sobrinho José M. Rosa, no Cemitério Velho (e que se vê na imagem aqui ao lado).
O padre João Pires Soares da Maia nasceu a 20 de Dezembro de 1831 e era filho dos lavradores António Pires Soares, de ÓdR, e de Caetana Emília da Maia, de Almear. Neto de José Pires Calvo, cuja placa de família (irmão João) está afixada no adro da Igreja de ÓdR), e de Ana Maria Soares, de Requeixo, e neto materno de José Gregório da Maia, de ÓdR, e de Maria Tavares, de Almear.
Faleceu aos 72 anos e na sua casa da Piedade, onde morava e foi, já cadáver, encontrado no seu leito. Está sepultado no jazigo de Óis da Ribeira.
Benjamim Freitas

2 - ANO 1915,
há 106 anos!
- CASAMENTO DE MARIA DO CARMO
E BENJAMIM SOARES DE FREITAS: O benemérito Benjamim Soares de Freitas, futuro presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, casou-se a 16 de Novembro de 1915 com Maria do Carmo Ferreira, ambos de Óis da Ribeira.
O benemérito nasceu a 11 de Janeiro de 1884 e faleceu a 8 de Março de 1961, já viúvo desde 17 de Março de 1952. O casal não teve filhos.
A sua benemerência substantivou-se na oferta do telefone público e do relógio da torre sineira da Igreja de Óis da Ribeira, o que justificou a atribuição do seu nome à rua da sua residência - que agora é de Fausto Ferreira Simões dos Reis, entre o actual Largo do Centro Social e a Rua dos Aidos, frente à antiga padaria.
O relógio e o telefone foram inaugurados a 13 de Março de 1955, mas o relógio já funcionava desde Agosto de 1954.


3 -ANO 1919,
há 102 anos!
- A ESTRADA DO SURPEL
CUSTOU 6 300$00:
A Estrada do Surpel, ligando Óis da Ribeira a Espinhel foi aberta há 91 anos, segundo notícia de 16 de Novembro de 1919. Custou 6 300$00.
O site «Óis da Ribeira», de Luís Neves (AQUI e citando o primeiro site da ARCOR, infelizmente apagado), dá conta que até aí era um caminho da mato, a estrada era «uma das aspirações mais ardentes» de Óis da Ribeira. Foi alargado quase para o dobro e todo macdamizado, o que levou o cronista daquele tempo a considerar que «mais pode chamar-se Avenida do Surpel do que a antiga calçada toda cheia de solavancos, donde algumas vezes alguns autos tiveram de ser retirados com o auxílio de bois».A vila estava isolada, só viria a ter a ponte em 1952, e o drama punha-se por exemplo no facto de «deixarmos de ter visitas médicas, por não termos um caminho único que desse acesso a esta freguesia da antigas tradições».
Os 6 300$00 do custo das obras tiveram as seguintes origens:
- Verba do serviço braçal: 2 030$00.
- Subsídio da Câmara: 1 300$00.
- Do dinheiro das minas destinado a Óis da Ribeira e Espinhel, segundo o parecer das respectivas Juntas: 2 670$00.
Disco  «Baladas», de
António Bernardino


4 - ANO 1996,
há 25 anos !
- HOMENAGEM AO COMENDADOR
ANTÓNIO BERNARDINO: A freguesia de Óis da Ribeira homenageou António Bernardino Pires dos Santos, o Berna, a 16 de Novembro de 1996, há 25 anos, atribuindo seu nome à rua que vai da escola à pateira.
O Berna, como era conhecido, era filho de Aires Carvalho e Santos e Maria Pires dos Reis, nasceu em Óis da Ribeira a 20 de Agosto de 1941 e faleceu a 16 de Junho de 1996, vítima de doença. 
Um ano antes, a 10 de Junho de 1995, tinha sido condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, por «relevantes serviços prestados à cultura portuguesa».
A homenagem óisdaribeirense teve dimensão nacional, sendo o Presidente da República (Mário Soares) representado por Jorge Veiga (Reitor da Universidade de Coimbra, onde Berna estudou). Presentes estiveram também as Academias de Coimbra, Aveiro e Lisboa (onde foi 17 anos presidente dos Serviços Sociais), Governador Civil de Aveiro (Antero Gaspar), Delegado Distrital do INATEL (Orlando Cruz) e os presidentes da Câmara (Denis Ramos Padeiro) e Assembleia Municipal de Águeda (Horácio Marçal), 
entre outras individualidades.
O embargo da obra

5 - ANO 2004,
há 17 anos !
- ALVARÁ DEFINITIVO DO
CENTRO SOCIAL DA ARCOR E
SEDE JUNTA DE FREGUESIA: O alvará camarário definitivo das obras de construção do centro social da ARCOR e sede da Junta de Freguesia foi emitido a 16 de Novembro de 2004 - há 17 anos.
O documento referia-se aos arranjos exteriores e foi levantado na Câmara Municipal de Águeda no dia seguinte, concluindo um longo, difícil e dramático processo que, entre outros problemas processuais, por exemplo, levou ao embargo das obras, a 3 de Fevereiro desse ano - devido a queixa do vizinho Anacleto da Cunha Melo. 
A gestão deste melindroso processo, de acordo com o blogue «Óis da Ribeira» (AQUI), «implicou uma enorme partilha de responsabilidades entre os corpos directivos de então».
A direção arcoriana era presidida por Celestino Viegas e, ainda de acordo com o referido blogue, «felizmente, tudo acabou bem!».

Sem comentários:

Enviar um comentário