domingo, dezembro 12, 2021

* ANO 2003: ARCOR aprovou compra do terreno anexo ao Centro Social! As primeiras eleições locais em 1976; o falecimento do regedor Edmundo Reis em 1996; Teatro AVE de Eixo em 2009; apelo à subversão por causa da ponte em 2014!

Os terrenos adquiridos pela ARCOR há 18 anos: o que foi do padre José
Bernardino (cercado a cor de laranja) e o das irmãs Maria e Natália Neves (amarelo)
A  horta de 2021, num terreno de
mis de 6000 m2, comprado há 18
anos e que perdeu o muro norte 

- Custo de 176 676,88 
euros, a valores de 2021 !

A assembleia geral da ARCOR, reunida extraordinariamente a 12 de Dezembro de 2003, aprovou, por unanimidade, a compra do terreno que foi da casa e quintal de monsenhor José Bernardino Santos Silva, junto ao centro social, então em construção.
O objectivo de há precisamente 18 anos era criar área para ampliar o centro social então em construção - para o lar de idosos!... - e a direção era presidida por Celestino Viegas. O terreno, com um pouco mais de 6000 metros quadrados, era propriedade da professora Cândida Tavares Ferreira e do dr. José Bernardino Estima Reis (Zeca, o actual presidente da direção da ARCOR) - herdeiros de monsenhor José Bernardino dos Santos Silva. 
Custou 140 000 euros, seriam agora 176.676,88, segundo o conversor da Pordata.
A ARCOR, na altura, atravessava período de «um expressivo crescimento patrimonial», já que também passou ser dona do quintal de 200 metros quadrados, que era das irmãs Maria e Natália Almeida das Neves, a nordeste do centro social e para ser ocupado com um depósito subterrâneo de combustível. 
Não sabemos qual foi o custo deste investimento patrimonial que, na foto, está identificado a amarelo.

Muro caído,
muro por reerguer!

O terreno do monsenhor José Bernardino, para além do parque de estacionamento criado em 2005, junto à rua e há 16 anos (o que ainda hoje existe), destinava-se ao tão ambicionado lar de idosos, mas tem estado sem qualquer utilização - para além da pequena horta criada em Julho deste ano de 2021 e que se vê na imagem.
Quanto ao lar, passaram-se 4 direções, estamos já na quinta e, passados 18 anos, dele nada sabemos. Melhor: não existe.
Caiu foi o muro norte de vedação do quintal, há 3 ou 4 anos, na direção de Mário Marques e que continua por recuperar.

Outros tempos,
outros factos !
As primeiras eleições locais em 1976; o falecimento do regedor Edmundo Reis em 1996; Teatro AVE de Eixo em 2009; apelo à subversão por causa da ponte em 2014 !

Os candidatos de 1976, à JF
de Óis da Ribeira

Isauro Santos (PS)



1 - ANO 1976,
há 45 anos !
- ISAURO SANTOS GANHOU
AS PRIMEIRAS ELEIÇÕES LOCAIS DE ÓIS DA RIBEIRAAs primeiras eleições autárquicas realizadas após o 25 de Abril de 1974 decorreram a 12 de Dezembro de 1976, há 45 anos, e em Óis da Ribeira concorreram duas listas, lideradas por Isauro Carvalho de Almeida e Santos (candidato do PS) e Hernâni Framegas dos Reis (do CDS). 
O socialista tinha sido presidente da comissão administrativa e venceu, com 212 votos, contra os 145 do candidato centrista. Foi o primeiro presidente eleito   da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, cumprindo o mandato de 1977 a 1979. Foi secretário do segundo (presidência de Agostinho Tavares) e reassumiu a presidência no terceiro (1983/85), afastando-se
Hernâni Reis
do CDS
depois da vida política activa. 
Realizadas as eleições de há 45 anos, a posse dos primeiros autarcas óisdarieirenses eleitos após o 25 de Abril de 1974 foi a 22 de Fevereiro de 1977, ficando o executivo formado por Isauro Carvalho de Almeida e Santos (presidente), José Bernardino Gomes de Melo (secretário) e Valter Framegas dos Reis (tesoureiro), todos eleitos do PS e já todos falecidos. Arlindo Reis Duarte de Almeida (igualmente do PS) foi eleito presidente da Mesa da  Assembleia de Freguesia - com os secretários Mário Pires Tavares das Neves (já falecido) e João Bernardino Gomes Soares (2º.), ambos eleitos do CDS.
Isauro Carvalho de Almeida e Santos faleceu a 20 de Novembro de 2013, aos 83 anos e vítima de doença, após uma vida que, na sociedade local, também passou pela área cultural (o teatro, como ntérprete e ensaiador).
Edmundo Reis

2 - ANO 1996,
há 25 anos !
- O REGEDOR EDMUNDO
PEREIRA DOS REIS:   O regedor Edmundo Pereira dos Reis faleceu a 12 de Dezembro de 1996, há 25 anos, aos 89 e de doença.
Exercia a regedoria quando se deu o 25 de Abril de 1974 e nasceu à meia noite de 9 de Junho de 1907, filho de Fernando Bernardino dos Reis e de Maria Anunciação Pereira, agricultores de Óis da Ribeira. Neto paterno de José Bernardino dos Reis e Maria Angélica dos Reis, neto materno de António Simões de Carvalho e Ana Maria, todos de Óis da Ribeira.
Casou-se a 6 de Julho de 1929, aos 22 anos, com Maria Celeste Tavares dos Reis e o casal teve os filhos Dália (que casou na Trofa) e Dinis, já falecidos, Clarice e Armando Tavares dos Reis. Netos residentes em Óis da Ribeira, são os irmãos Mário, Nelson e Isabel Tavares das Neves (filhos de Clarice), Carlos e António Manuel Almeida Reis (filhos de Dinis).
Além da regedoria, foi dirigente local e concelhio de Águeda da extinta Acção Nacional Popular (ANP), o suporte político do regime de Marcelo Caetano, derrubado no dia 25 de Abril de 1974.


3 - ANO 2009,
há 12 anos !
- TEATRO «AVE» DE EIXO
NO SALÃO DA ARCOR: O Grupo de Teatro AVE, de Eixo, concelho de Aveiro, actuou a 12 de Dezembro de 2009 no salão cultural da ARCOR, em Óis da Ribeira.
O espectáculo de há 12 anos apresentou a peça «Mensagem dos Céus à Terra» e o programa inclui uma homenagem ao actor Raúl Solnado, então recentemente falecido.
O espectáculo decorreu as 21,30 horas e as entradas foram livres. O grupo cultural eixense (não confundir com o Grupo Semente) actuava pela segunda vez em Óis da Ribeira, pois já a 15 de Novembro de 2008, no mesmo salão, tinha apresentado a pela «Pedro e Inês, um amor para sempre
» (ver o cartaz).

As (não) obras da ponte há 7 anos

4 - ANO 2014,
há 7 anos!
- APELO À SUBVERSÃO NA
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA:
DA (DES)UNIÃO: A Assembleia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira aprovou o plano de actividades e orçamento de 2015, por maioria e no valor de 166 557 euros, com abstenção dos quatro eleitos do PSD. 
A nota dominante da reunião, porém, foi o apelo à subversão civil, para protestar as obras da nova ponte e as condições do caminho alternativo.
Armando Ferreira, eleitor de Ois da Ribeira, entretanto já falecido, em inflamada intervenção, chamou à forma como a AF decorreu «um programa dos Marretas» e, indo ao essencial, sublinhou que «o problema é o aterro, o que levaram foi o aterro», ao que, disse, «os órgãos autárquicos se deviam ter oposto». Fez memória do esforço dos oisdaribeirenses, há mais de 60 anos, para se construir a ponte, que «os de Travassô diziam que só de faria quando as galinhas tivessem dentes».
Diamantino Correia (PS) disse que «estamos a sentir o problema na pele, com a vida transtornada». «Tiraram-nos o aterro e não sabemos quantos anos vamos ter de esperar pela solução para esta estranha forma de resolver o problema. A Câmara tem de pôr um piso no caminho alternativo. É mau de mais e não temos culpa do mal que nos fizeram», disse Diamantino Correia.
Mário Martins dispôs-se a levar essa petição à Camara e foi criada uma comissão, formada por ele mesmo, Germano Venade e Vital Santos e Mário. O resultado desta diligência nunca foi conhecido.
- Ver AQUI

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