quinta-feira, dezembro 23, 2021

* ANO 2016: O primeiro Natal da Associação Filarmónica! Passaporte de José Maria para o Brasil em 1919; orçamento de 601$05 da Junta de Freguesia de 1951; ARCOR e Cáritas Portuguesas apoiaram desprotegidos de Óis da Ribeira em 1979; Mini-Jogos sem Fronteiras em 1989!

O primeiro Concerto de Natal da Tuna / AFOR (em 2016)

Cartaz do Concerto de Natal de 2016
Tuna / AFOR

A Tuna Musical de Óis da Ribeira realizou o seu Concerto de Natal de 2016 no dia 23 de Dezembro, há 5 aos, o primeiro sob a nova designação oficial: Associação Filarmónica de Óis da Ribeira.
O espectáculo foi bom, segundo lemos mas redes sociais desse tempo, com boas interpretações do grupo dirigido pelo maestro António Bastos.
Concerto que, também pelo que lemos nas notícias desse tempo, justificou bem mais público que o que então esteve presente no Salão Cultural da ARCOR - o espaço que, já ao tempo, era o habitual deste tipo de eventos tunantes, ainda que agora «travestidos» de filarmónicos associativos.
O tema «Águas do Botaréu», com arranjos do maestro capitão Amílcar Morais, foi um dos bons e altos momentos da noite - de resto  muito aplaudida.    
Coincidência dos tempos, o concerto de Natal de 2005 foi no mesmo dia e local. Anos antes, em 1995, a Tuna festejou o terceiro ano da sua «ressurreição».  
A história das instituições tem destas coincidências, bem interessantes! E que hoje são recordadas com graça e memória!

Outros tempos,
outros factos !
Passaporte de José Maria para o Brasil em 1919; orçamento de 601$05 da Junta de Freguesia de 1951; ARCOR e Cáritas Portuguesas apoiaram desprotegidos de Óis da Ribeira em 1979; Mini-Jogos sem Fronteiras em 1989!

Registo do passaporte de José Maria. 
Foi combatente da 1ª. Grande Guerra


1 - ANO 1919,
há 102 anos!
- PASSAPORTE PARA JOSÉ MARIA. COMBATENTE DA 1ª. GRANDE GUERRA: 
O Governo Civil de Aveiro emitiu, a 23 de Dezembro de 1919, há 102 anos, um passaporte para o óisdaribeirense José Maria emigrar para o Brasil.
Trabalhador rural de profissão (agricultor) e nascido a 6 de Junho de 1895, era filho dos lavradores Bernardino Gomes dos Santos e de Maria Rosa Estima, neto paterno de António Lopes dos Santos e Rosa Emília Soares, neto paterno de José Francisco da Silva e de Josefa Ferreira Estima. Tinha 24 anos e 1,82 metros de altura.
Combateu na 1ª. Grande Guerra Mundial e regressou a Lisboa no dia 19 de Maio de 1919, integrando o 1º. Corpo Expedicionário Português (CEP), mobilizado pelo Regimento de Artilharia nº. 2, como soldado condutor (nº. 318). Partiu para França a 20 de Janeiro de 1917, integrado na 2ª. Bateria do 1º. GBA. Foi promovido a 1º. cabo (ao tempo, denominado miliciano) a 7 de Outubro de 1917, e terá sido um dos sobreviventes da Batalha de La Lys, em França (região de Flandres), na qual, em apenas 4 horas, na madrugada de 9 de Abril de 1918, sofreu 1 341 mortos, 4 626 feridos, 1 932 desaparecidos e ainda 7 440 prisioneiros. Por certo, foi um destes - facto que, lamentavelmente, não podemos confirmar, apesar das diligências efectuadas.
Sabia escrever e dele nada mais sabemos.

Benjamim S.
de Freitas

2 - ANO 1951,
há 70 anos!
- ORÇAMENTO DA JUNTA DE
FREGUESIA FOI DE 601$05: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira aprovou, a 23 de Dezembro de 1951, há 70 anos, o orçamento para o ano de 1952.
A previsão de receita e despesa era de... 601$05, algo parecido, nos dias de hoje, como próximo dos 300 euros.
O povo foi convidado a apreciar o documento que, para o efeito, esteve exposto em edital público, afixado pelo prazo de 8 dias. Povo que, até 31 de Dezembro, não o contestou, pelo que foi aprovado.
Eram tempos, os do dito fascismo, em que os autarcas prestavam contas públicas e não as escondiam dos eleitores.
A Junta de Freguesia era presidida por Benjamim Soares de Freitas, com o tesoureiro Manuel Soares do Santos (Lopes) e o secretário Arnaldo Rodrigues de Figueiredo - um oianense de Perrães que casou em Óis da Ribeira com Leontina Tavares e foi dono do estabelecimento onde agora se situa o Café Central e mercearia de Aníbal Saraiva.

Cáritas e ARCOR: parceria
solidária de há 41 anos!

3 - ANO 1979,
há 42 anos !
- ARCOR E CÁRITAS APOIARAM
CARENCIADOS DA FREGUESIA: A ARCOR, há 42 anos e no seu ano fundacional, fez, em pleno período natalício, distribuição de roupas e leite por crianças de famílias carenciadas de Óis da Ribeira.
O ano era o da fundação da ARCOR (1979) e a distribuição foi feita na noite de 23 de Dezembro, já nas vésperas do Natal. A iniciativa arcoriana era patrocinada pela Cáritas Portuguesa, constituição que disponibilizou os bens destinados a esta iniciativa solidária da ARCOR - cuja comissão instaladora, a esse tempo, era formada por Celestino Viegas (presidente), Custódio Alves Ferreira (tesoureiro, há muitos anos emigrado nos Estados Unidos) e António Framegas Fernandes da Silva (secretário), morador na Rua Manuel Tavares (a antiga Rua do Cabo)..

4 - ANO 1989,
há 32 anos !
- MINI-JOGOS SEM FRONTEIRAS
NUMA ARCOR SEM DIRIGENTES: A ARCOR organizou, a 23 de Dezembro de 1989, há precisamente 32 anos, uma segunda edição de Mini-Jogos Sem Fronteiras, especial  especificamente  destinados a crianças. 
Não temos, infelizmente, qualquer registo da primeira edição desta inciativa.
A gestão da associação, depois da demissão do presidente José Maria de Almeida Gomes e a saída do secretário Rui de Almeida Melo e dos vogais António José dos Reis Tavares e Fausto Manuel de Almeida Ferreira, era assegurada por António Vicente dos Reis (tesoureiro), Paulo Carvalho Silva (suplente do conselho fiscal), João Paulo Gonçalves e o já falecido José Laudelino Pires de Almeida.
As crianças «mini-jogadoras» desta arcoriana edição e no final da festa, foram obsequiadas com várias lembranças.

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