«Flores para Coimbra», em 1969, o
segundo disco de António Bernardino
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António Ber-nardino Pires dos Santos (o Berna), teria feito 77 anos, ontem, dia 20 de Agosto de 1941.
Faleceu a 17 de Junho de 1996, de doença, e está se-
pultado no Cemitério Novo de Óis da Ribeira, a sua terra natal, da Rua Manuel Tavares (a do Cabo).
Faleceu a 17 de Junho de 1996, de doença, e está se-
pultado no Cemitério Novo de Óis da Ribeira, a sua terra natal, da Rua Manuel Tavares (a do Cabo).
«Baladas», disco de António Bernardino |
A 10 de Junho de 1995, foi condecorado pelo Presi-dente da República, Mário Soares, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, por «relevantes serviços prestados à cultura».
Quem é quem,
António Berna!
António Bernardino Pires dos Santos (o Berna) é filho de Aires Carvalho e Santos e Maria Pires dos Reis e fez o Liceu em Aveiro, onde deu os primeiros passos nas cantigas, na Récita de Finalistas de 1961/62 e em inúmeras serenatas, tão em voga na época. Do seu primeiro Grupo de Fados de Aveiro fizeram parte António Andias, António Castro, Carlos Lima e Mário Cruz.
Chegou a Coimbra em 1963 e desde logo as suas grandes capaci-
dades de intérprete o guindaram à ribalta da Canção Coimbrã.
Companheiros dessa época foram António Portugal, os irmãos Melo (Eduardo e Ernesto), Octávio Sérgio, Nuno Guimarães, Ma-
nuel Borralho, Francisco Martins, Hermínio Menino, Jorge Rino, Rui Pato, Durval Moreirinhas e Jorge Moutinho. Colaborou com quase todas as Secções Culturais da Associação Académica de Coimbra (Orfeão, Tuna, CITAC, Coro Misto / Danças Regionais) e manifestações académicas (saraus, serenatas monumentais, atadas, festas de Repúblicas, etc.).
«Guitarras do Meu País», um dos
discos de António Bernardino |
Discos a discos,
de António Berna
António Bernardino gravou o primeiro disco em 1964, do qual faziam parte temas co-mo a «Samaritana» e «Fado do 5º. Ano Médico».
Alguns dos seus registos fonográficos, nomeadamente os de contestação, não che-garam ao grande público, em-
bora existam alguns exem-
plares guardados religiosa-
mente em colecções parti-
culares e dos muitos admi-
radores de António Bernar-
radores de António Bernar-
dino - o nosso António Berna.
O LP “Flores para Coimbra” foi gravado em 1969 e é, sem dúvida, o seu mais importante trabalho - um trabalho que marcou um mo-
O LP “Flores para Coimbra” foi gravado em 1969 e é, sem dúvida, o seu mais importante trabalho - um trabalho que marcou um mo-
mento histórico de verdadeira viragem.
António Bernardino considerou-se influen-
ciado por José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e pela poesia de Manuel Alegre. Gravou, oficialmente, cerca de 50 temas, o que é absolutamente extraordinário.
ciado por José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e pela poesia de Manuel Alegre. Gravou, oficialmente, cerca de 50 temas, o que é absolutamente extraordinário.
Em 1967, foi mobilizado para a guerra colo-
nial, por terras de África, embarcou para Moçambique e lá permaneceu até 1974 - até à independência. A partir de 1975 e regressado de África, passou a residir em Lisboa, mas sem nunca abandonar o fado.
nial, por terras de África, embarcou para Moçambique e lá permaneceu até 1974 - até à independência. A partir de 1975 e regressado de África, passou a residir em Lisboa, mas sem nunca abandonar o fado.
Licenciado em Ciências Geográficas foi professor do ensino se-
cundário durante 18 anos e exerceu o cargo de vice-presidente dos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa, mas continuou sempre a cantar e a participar em espectáculos, gravações de discos e programas de televisão e rádio - em Portugal e também no estrangeiro.
Nesta fase, foi acompanhado por António Portugal, António Brojo, João Bagão, Octávio Sérgio, Aurélio Reis, Luis Filipe, Rui Pato, Durval Moreirinhas e tantos outros grandes instrumentistas.
António Bernardino (o Berna) foi, seguramente, o cantor que mais divulgou a canção de Coimbra no estrangeiro. Dos Estados Unidos à ex-União Soviética, da América Central à Tailândia, da América do Sul à Malásia, da África a Macau, a todos levou um pouco da cultura coimbrã.
Evocação da Arcor, com entrega, pelo vereador
Pinto Galvão, de um ramo de flores a Maria
Pires dos Reis, mãe de António Bernardino
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Homenagens em
Óis da Ribeira !
A Rua António Bernardino vai da Escola
à Rua da Pateira (entre estrelas)
|
Óis da Ribeira ho-
menageou-o a 16 de Novembro de 1996, atribuindo seu nome à rua que vai da es-
cola à pateira e realizando, então, uma das maiores manifestações cívicas ribeirenses de sempre, neste caso ao «cantor de fados de Coimbra que se assumiu sem medos ou recuos, como uma voz da liberdade», com então afirmou Paulo Sucena, na cerimónia de evocação solene e oficial, conside-
rando-o «inapagável da história da canção coimbrã».
A homenagem teve dimen-
são nacional, tendo o Pre-
sidente da República, Mário Soares, sido representado por Jorge Veiga (magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, onde Berna estudou). Presentes estiveram também as Academias de Coimbra, Aveiro e Lisboa (onde foi 17 anos presidente dos Serviços Sociais), Governador Civil de Aveiro (Antero Gaspar), Delegado Distrital do INATEL (Orlando Cruz), presidentes da Câmara (Denis Ramos Padeiro) e Assembleia Municipal de Águeda (Horácio Marçal).
A evocação de 19 de Junho de 2004, pela Arcor, incluiu uma oração de saudade, a cargo de Paulo Sucena, e a actuação do Grupo de Fados da Associação Cultural Coimbra Menina e Moça, formado por antigos estudantes que, desde 1998, tem vindo a “divulgar a canção de Coimbra”. É formado por Alexandre Cortesão, António de Jesus e Alcides Freixo (guitarras), Anibal Moreira, Bernardino Gonçalves e Fernando Plácido (violas) e José Miranda, José Neves e Abel João (cantores). Já em 2003 tinha estado em Ois da Ribeira.- Recordar a voz de António
Bernardino, o Berna, AQUI
menageou-o a 16 de Novembro de 1996, atribuindo seu nome à rua que vai da es-
cola à pateira e realizando, então, uma das maiores manifestações cívicas ribeirenses de sempre, neste caso ao «cantor de fados de Coimbra que se assumiu sem medos ou recuos, como uma voz da liberdade», com então afirmou Paulo Sucena, na cerimónia de evocação solene e oficial, conside-
rando-o «inapagável da história da canção coimbrã».
A homenagem teve dimen-
são nacional, tendo o Pre-
sidente da República, Mário Soares, sido representado por Jorge Veiga (magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, onde Berna estudou). Presentes estiveram também as Academias de Coimbra, Aveiro e Lisboa (onde foi 17 anos presidente dos Serviços Sociais), Governador Civil de Aveiro (Antero Gaspar), Delegado Distrital do INATEL (Orlando Cruz), presidentes da Câmara (Denis Ramos Padeiro) e Assembleia Municipal de Águeda (Horácio Marçal).
A evocação de 19 de Junho de 2004, pela Arcor, incluiu uma oração de saudade, a cargo de Paulo Sucena, e a actuação do Grupo de Fados da Associação Cultural Coimbra Menina e Moça, formado por antigos estudantes que, desde 1998, tem vindo a “divulgar a canção de Coimbra”. É formado por Alexandre Cortesão, António de Jesus e Alcides Freixo (guitarras), Anibal Moreira, Bernardino Gonçalves e Fernando Plácido (violas) e José Miranda, José Neves e Abel João (cantores). Já em 2003 tinha estado em Ois da Ribeira.- Recordar a voz de António
Bernardino, o Berna, AQUI
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