O Ministro da Cultura, a 30 de Novembro de 1983, há 35 anos, emitiu um despacho para «inventariar o Foral Manuelino da Vila de Óis da Ribeira, do concelho de Águeda» e considerou que «este documento não poderá ser alienado ou enviado para fora do país, sem a prévia autorização do Ministro da Cultura, nem ser objecto de qualquer restauro».
O foral foi atribuído por D. Manuel I, a 2 de Junho de 1516, e elevava Óis da Ribeira a concelho - o que continuou até 13 de Agosto de 1834, aquando da reforma administrativa de Mouzinho da Silveira criou o município de Águeda.
A 7 de Dezembro de 1983, a Câmara Municipal de Águeda teve conhecimento de que o foral estava em leilão e deliberou adquiri-lo, delegando no arquitecto Armando Canelhas, aguedense residente em Lisboa e especialista na matéria, os contactos com os leiloeiros Azevedo & Burnay, «estabelecendo o preço máximo de 200 contos». Seria agora 6 048,79 euros.
O tempo passou e, a 15 de Dezembro de 1983, a Câmara Municipal de Águeda anunciou que o arquitecto Armando Canelhas esteve no leilão do dia 13 anterior e que arrematou o foral por 155 contos - seriam agora 4 687,81 euros.
Assim o Foral de Óis da Ribeira foi para a Câmara Municipal sem que, nestes 35 anos, alguma vez tenha sido mostrado às gentes da vila ribeirense. Ou algu+em o tenha visto, além das fotografias.
Que tristeza... sempre a criticar os outros, mas fazer qualquer coisa está quieto... porque é que não pergunta quando e aonde é que o foral pode ser visto? Devem estar à espera, como sempre que sejam os outros a fazer o trabalho sujo. Como, quando e aonde?! E já agora o porquê destes comentários todos?
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