segunda-feira, abril 03, 2017

Algo do que a oposição não fez e poderia fazer...

Quarteto da oposição travassÓisense, todos eleitos do PSD: Sofia Marques, 
Germano Venade, Sérgio Neves e Manuel Almeida (Capitão)
Alguns dos candidatos da lista do PSD
travassÓisense em 2013 (a 2017). 

A oposição travassÓisense, nas Autárquicas de 2013 e quando muito legitimamente aspirava a ganhar as elei-
ções, citou Sá Carneiro: «Por muito que se tenha sido educado no descrédito da política, é-se forçado a re-
conhecer que, quando se começa a tomar em profun-
didade consciência da nossa própria existência pessoal e das realidades que nos cercam, somos constantemente conduzidos a ela».
A Mesa da Assembleia de Freguesia: Sofia
Marques, Sérgio Neves (presidente) e Manuel
 Almeida (Capitão), eleito do PSD. E, à direita,
o presidente da União: Mário Martins (PS)
- POLÍTICA: O povo de TravassÓis, nestes 4 anos de (des)União de Freguesias, não foi conduzido à política, atraído a esse generoso dom de servir o povo!... Foi afastado dela, pelos maus exemplos da política e dos políticos locais, lamentável e exemplarmente exposta nos sucessivos lavares de roupa suja, na violência do ataque pessoal exacerbado, no desrespeito entre eleitos e na gratuitidade quase leviana de algumas afirmações em que se transformaram algumas das Assembleias de Freguesia.
Culpa não só da oposição, é justo dizer. Mas também da oposição, que lidera(va) os trabalhos, que os (não) orientou, que deles não expurgou o crescente e latente mau-estar que levedou em querelas mais pessoais (e pessoalizadas) que do interesse colectivo.
- CONSCIÊNCIA: Quer oposição, quer o poder local instituído, nem sempre, assim parece, se consciencializa(ra)m do seu papel político, da nobreza do cargo que ocupa(ra)m e das reais obrigações que te(ria)m para com a comunidade eleitora. E a que se auto-propuseram. Não é bastante, para ser político, mesmo mediano ou sofrível, ou mau..., não é bastante citar Sá Carneiro.
Manifesto eleitoral de Sérgio Neves, em 2013. O
 papel é humilde: como nos jornais, aceita tudo
o que nele querem escrever
- DESCRÉDITO: Sá Carneiro não imaginaria que, 35 anos depois da sua morte, fossem os seus pensamentos citados sem que se tornassem exemplo para quem, neste 2000 e tal depois de Abril, descredibiliza a política.
«Contamos consigo», com quem? Com,
porventura, o povo esquecido depois
de qualquer acto eleitoral?
- PROMESSAS: Não pode a oposição, e não deve, ser responsabilizada pelo que prometeu concretizar. Não foi executivo, pelo que tal não poderia concretizar. Mas, agora citando Sérgio Neves (o então candidato a presidente da Junta e depois eleito presidente da Junta de Freguesia), «a melhor maneira de prever o futuro, é criá-lo».
Pois que diga o PAF o que criou, e o seu partido, para melhor preve(ni)r o futuro do Centro de Saúde, do Pólo Educativo, da pateira, da praia fluvial (onde?), do armazém (onde?) e reequipamento da Junta de Freguesia (onde, na sede ou na delegação?), infra-estruturas, pavimentações e acessibilidades (mas quais?), dos parques de Nossa Senhora do Amparo e Almear (só estes?), do trânsito (onde?) e do ambiente (como?), da Fonte de Cabanões (e as de Óis da Ribeira?), da limpeza de espaços públicos (com que pessoal?), da habitação social (onde, em Travassô ou em Óis da Ribeira?), de actividades de lazer (em que parques?, ou em que espaços?), apoio a todas as actividades, tradições e instituições da União de Freguesias, criação de um gabinete de apoio à freguesia (onde?; na sede oficial da União ou no vão de escadas da modesta e inapropriada delegação de Travassô?) e de um site. 
Um site? Bem que, como oposição responsável, servidora do interesse colectivo e atenta, poderia criar um site, um blogue ou uma página pública de facebook e nele(s) expor as grandezas e as potencialidades da (des)União de Freguesias, as suas fragilidades ou aspirações mais prementes! Nele, informar o povo eleitor da actualidade real.
Mas, népia! Nem o que facilmente poderia fazer, fez a oposição.
Soube, isso sim, alimentar e multiplicar a chicana política e as diferenças não construtoras, de braço dado neste caso, e muito, muito igual, ao poder eleito e instituído. Esteve o testo para a panela. Ou a panela para o testo.

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