quarta-feira, fevereiro 19, 2014

A ponte e o aterro de Óis da Ribeira



Aqui está o texto que 

justificou o post de ontem:

A população de Ois da Ribeira poderá impedir o início das obras de ampliação da ponte, caso não seja garantida a circulação entre as duas margens. A freguesia ficará isolada, regressando aos tempos de antes de 1952 – quando foi inaugurada a ponte.
As obras estão adjudicadas, por 725 505,08 euros, ao consórcio Europa Ar-Lindo & Sonangil, e, no mínimo, vão decorrer em 450 dias - 15 meses, incluindo fins de semana e feriados. Pelo que serão bem mais que os 450. E, neste tempo todo, como farão os ribeirenses para ir e vir da sede do concelho, para ir ao médico (em Travassô ou a Águeda), para se deslocarem para as escolas de Águeda e Trofa? Para irem trabalhar?
A solução será ir pela estrada do campo de Espinhel (se não houver cheia), ou, com muitos mais quilómetros de caminho, por Espinhel, Piedade e Recardães. E Águeda? Ida e volta, todos os dias, para quem trabalha, ou estuda. E quem anda de comboio? Como vai passar para o apeadeiro, que fica a bem menos 300 metros, do centro de Ois? Tem de se ir à volta, por Espinhel ou Recardães? Ou Águeda?

Centenas de quilómetros

A ARCOR presta apoio social a dezenas de crianças e idosos da margem direita do rio Águeda e, para as transportar ou assistir, vai ter de fazer, diariamente, mais cerca de duas centenas de quilómetros nas suas várias rotas. Com custos para quem?
O posto médico fica a pouco mais de mil metros e, sem a passagem para Cabanões, terão os utentes de andar entre os 15 e os 20 quilómetros. Quem tiver transporte. E quem não tiver? Vai a pé, por não ter passagem nos 140 metros do aterro?
A sociedade ribeirense está mobilizada para assumir a luta por uma passagem provisória, lateral ao aterro que vai ser substituído pela ponte. Uma das soluções apontadas será a deslocação do aterro para juzante, de forma a que permita a circulação da viaturas e peões. É o mínimo.

Assembleia extraordinária

Um grupo de eleitos (Germano Venade, Manuel Almeida "Capitão"), do PSD, e Diamantino Correia e Vital Santos, do PS) suscitaram a convocação de uma sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, que vai realizar-se na noite de segunda-feira, dia 24 de Fevereiro (às 20 horas), para analisar a situação e tomar uma posição. Impedir o início dos trabalhos, sem garantia de passagem para Cabanões, será uma proposta a analisar e votar.
Ois não quer ficar isolada. Com uma única saída, a de Espinhel, a sul. Com muitos quilómetros a fazer, todos os dias. Como é que, com tantos técnicos e tanta gente de opinião e decisão, ninguém se lembrou que as obras iriam (vão?) isolar uma freguesia?

Texto DAQUI

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