A sede política e administrativa de TravassÓis...

A sede da União de Freguesias de Travassô e Ois da Ribeira vai ser instalada na Junta desta localidade. Assim decidiu a maioria da Assembleia de Freguesia, a 19 de Dezembro de 2013.
A proposta foi apresentada por quatro eleitos ribeirenses: Diamantino Correia e Vital  Santos (PS), Germano Venade e Manuel Duarte “Capitão” (PSD). Outro eleito ribeirense, António Horácio Tavares (PS), demarcou-se da proposta, alegando, como afirmou na Assembleia, que “muito mais importante para Ois da Ribeira era ter um elemento na Junta”. 
“É uma vergonha não ter”, disse, enfaticamente, o eleito socialista, explicando não ter assinado a proposta ribeirense “por razões conhecidas”, que, porém, não revelou nesta Assembleia.

Travassô é maior

Os proponentes, no geral, sublinharam que as instalações de Travassô são acanhadas, funcionando ao cimo de umas escadas, na sala de espera da Unidade de Saúde. Que as de Ois da Ribeira são modernas e funcionais, dignificando os órgãos autárquicos e os eleitos do poder local. 
O presidente Mário Martins (da UFTOR) pediu dez minutos de suspensão e, depois, Conceição Reis (PS), manifestou-se ”absolutamente contra” a sede em Ois da Ribeira.  “Não posso aceitar e concordar com a forma como o processo decorreu até hoje”, disse a eleita do PS, “muito embora e com toda a franqueza”, dissesse “reconhecer toda a legitimidade a Ois da Ribeira” e “ser verdade que tem condições excelentes”. Porém, se concordou com a argumentação da proposta, manifestou-se “absolutamente contra a sede ser em Ois da Ribeira”.
“Deve ser em Travassô. Pode até ser num vão de escada, mas deve ser em Travassô”, disse Conceição Reis, desfiando um alinhavado conjunto de argumentos que, do seu ponto de vista, davam razão para a sede da União de Freguesias ser em Travassô. Por exemplo, a dimensão territorial e populacional e serviços. Disse que a sede de Travassô está ocupada por um banco e pela Unidade de Saúde - ao serviço do povo. Não estivessem lá, disse,  e "já a sede teria espaço para a Junta e para Assembleia de Freguesia".


Peso dos votos

Germano Venade (PSD) lembrou casos “bem vizinhos”, em que “as sedes não são nas freguesias maiores”, e António Horácio Tavares (PS) afirmou que, para ele, “não é muito importante a sede ser em Travassô ou ser em Ois”. Mesmo importante seria, reafirmou, “Ois ter um elemento na Junta”.
A verdade é que, a votos (secretos), 5 votaram a favor da localização da sede em Ois da Ribeira e três contra, com um voto nulo. O voto foi secreto, mas Conceição Reis não se dispensou de apontar o dedo a Sérgio Neves e Sofia Marques, travassonenses do PSD: “Votaram por critérios políticos e partidários. Foram irresponsáveis. É uma irresponsabilidade total”, disse a eleita do PS, anunciando “fazer questão” de apresentar uma declaração de voto, por escrito.
Sendo certo que os quatro proponentes (ribeirenses) votaram a favor, ficou por se saber (o voto foi secreto) quem foi o quinto eleito a votar favoravelmente a localização da sede em Ois da Ribeira. Alguém traiu alguém. Ou algo.

Tavares no executivo

A Assembleia de Freguesia teve 13 pontos, incluindo a aprovação dos orçamentos e dos planos de actividades de 2013 (um saldo de 21 256,07 euros) e 2014 (157 510). 
A não assumpção do cargo de 1º. secretário, por Diamantino Correia (PS), implicou a eleição de um novo membro da Mesa da Assembleia. Foi Sofia Botelho Marques (PSD).
Outra eleição, era a do 2º. vogal da Junta - devido ao pedido de suspensão, por 60 dias (desde 2 de Dezembro), de Marta Lúcia Morais (PS). Foi “adiada” para o final dos trabalhos e acabou por ser António Horácio Tavares (PS) a ser eleito, por maioria (5 votos a favor) e quatro abstenções. Foi substituído na AF por Zélia Matos.
Conceição Reis, no afinal dos trabalhos, apresentou o pedido de demissão, alegando “não ter condições para continuar na Assembleia”, depois da aprovação da localização da sede em Ois da Ribeira. Será substituída por Rita Martins (PS), filha do presidente. 
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