quinta-feira, abril 06, 2017

Candidatos de TravassÓis, quem são e para que vos quero...


Óis da Ribeira e Travassô, numa vista aérea parcial que mostra a 
freguesia sede da União em primeiro plano e, à direita e depois do
rio Águeda, mostra a malha urbana de Cabanões. Depois, Travassô

Eleições de 2013, as primeiras da (des)União: 5 elei-
tos do PS (698 votos) e 4 da Coligação PSD e CDS
(570). Votaram 1 366 dos 2131 eleitores inscritos



A pouco mais de meio ano das Eleições Autárquicas 2017, marca-
das para 1 de Outubro, que expectativas há na comunida-
de eleitoral de TravassÓis? Recandidata-se o presidente Mário Martins, pelo PS? Ou por outro partido ou outra lista independente? E Sérgio Neves, pelo PSD? E novidades partidárias? O CDS vai apresentar lista.
Mário Martins, se mantiver a palavra dada, não será candidato do PS. Sérgio Neves tudo fará para voltar a liderar a lista social-de-
mocrata mas há quem, na Concelhia do PSD e em Travassô, torça o nariz. E, atenção, o CDS vai renascer das «cinzas» eleitorais e apresentar candidato próprio, forte, o que vai baralhar as contas, pela banda dos socialistas que, na última vez que se candidata-
ram sem os «reforços» do CDS teve apenas... 93 votos, foi Victor Coelho o candidato. O PSD (328) apresentou Mário Pires. 
Mário Martins: PS,
CDS, Lista Indepen-
dente, ou nada?
- MÁRIO MARTINS: O actual presidente «emi-
grou» do CDS, em 2005, para assumir a lide-
rança da candidatura do PS em Travassô. Era o presidente da Junta eleito pelo CDS (em 2001) e no mandato anterior, o de 1998/2001, fora o ter-
ceiro da lista deste mesmo partido, liderada por Aníbal Pires - que, em finais de 1997, repetiu a vitória eleitoral de 1993, neste caso com apenas mais 6 votos (373) que o PSD de Mário Pires (366), o então presidente. O PS de Victor Coelho teve 142. Mário Martins era o quarto da lista.
O presidente reeleito em 1997 foi Aníbal Pires, que se demitiu sa meio do mandato e foi substituído por Mário Martins. Aníbal Pires ganhou em 1997, para o mandato 1998/2001, com 579 votos, contra os 328 do PSD de Mário Pires e os 73 do PS de Victor Coelho. Mário Martins, nesta eleição, era o terceiro da lista.
Já candidato no primeiro lugar da lista, reelegeu-se presidente, ainda pelo CDS, em 2001, com 631 votos, correspondentes a 63,1% dos 1000 entrados nas urnas. O PSD de Jorge Élio Framegas teve 321 (ou 32,1%). 
Mário Martins reelegeu-se pelo PS em 2005, com 660 dos 961 votos entrados nas urnas (68,68%) e derrotou o PSD de José Correia Lima (225, ou 225%). Voltou a ganhar em 2009, então com 641 votos (63,91%) , contra dos 292  (29,11%) de Ilda Pinheiro (PSD) e de 39 (3,89) de Alberto Maia (BE). 
Em 2013, já concorreu à presidência da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, ganhando (com 698 votos) a Sérgio Neves, do PSD (570). Não sendo este ano candidato do PS, como ele mesmo anunciou à imprensa de Águeda, será pela Lista Independente? Há quem diga que não será convidado para tal.
Regressará ao CDS?
O desejo de poder justifica as mais inesperadas opções e mudar de cor e de camisola não é propriamente novidade no currículo político-partidário de Mário Martins.
Sérgio Neves: o
PSD, ou o PSD, o
PSD ou... nada
- SÉRGIO NEVES: O actual presidente da As-
sembleia de Freguesia é militante do PSD desde sempre. Foi já líder da JSD de Águeda e ocu-
pa(ou) outros cargos no partido, no âmbito das estruturas juvenis. São conhecidas as suas as-
pirações políticas, mas tem algumas resistên-
cias dentro da Comissão Política Concelhia de Águeda e mesmo até entre os social-democra-
tas de Travassô, que não se revêem na menos ortodoxia do seu actual mandato presidencial.
Ainda assim, deverá ser o líder da lista do PSD. Há 4 anos, ficou a 120 votos (570) de Mário Martins (698). Ele, ou outro candidato, poderá beneficiar, em Travassô, da migração de votos do PS para o CDS.
O seu discurso político é relativamente diferente do de Mário Mar-
tins e o desafio que há 4 anos a sua lista lançou - «Inovar, Mudar, Melhorar» - poderá ser maquilhado para as Autárquicas de 2017. E deixar de ser meramente um slogan. Mas aquilo a que chamou «o nosso compromisso para todos os habitantes de Travassô e Óis da Ribeira» precisa de ser substantivado com a realidade e as potencialidades da União de Freguesias. 
- CDS: O CDS vai apresentar lista em Travassô, depois da «orfandade» provo-cada pela «deserção» de Mário Martins e seus companheiros de lista, em 2005.  
O partido já não se apresentou a eleições em 2005, 2009 e 2013, «escoado» pela emigração de militantes e seus votantes para o PS, arrastados por Mário Martins, Vasco Reis, Horácio Santos e outros. Sem listas nestas três eleições consecutivas, o seu regresso em 2017 seguramente signi-
ficará uma transferência de votos do actual PS, que é eleitoral-
mente uma espécie de «meio CDS».
O CDS, na última vez que se candidatou sem Mário Martins na liderança da lista (foi terceiro), em 1997 e com Aníbal Pires, teve 579 votos. Teve 328 o PSD e 73 o PS.
A apresentação da lista do CDS, e os votos que capitalizar, vai baralhar as contas eleitorais de TravassÓis, contando, inclusivé, com os de Óis da Ribeira - onde o  partido não se apresenta há muitos anos. A última vez, foi em 1997, quando o candidato Albertino Gomes Soares teve 55 votos, o PS de António Tavares 93 e o PSD de Fernando Pires chegou aos 341. Em 1993, Manuel Joaquim Melo teve 110 e Fernando Pires 345.
- LISTA INDEPENDENTE: A imprensa de Águeda noticiou que a Lista Independente para a Câmara Municipal - formada por 4 actuais vereadores do PS - irá apresentar candidatos em todas as freguesias do concelho. Será que Mário Martins, que rejeita candidatar-se pelo PS de Paulo Seara (o candidato à Câmara e agora presidente da Concelhia), «alinhará» por este grupo de vereadores independentes? 
- CDU e Bloco: Não é expectável que a CDU (coligação do PCP com Os Verdes) e o Bloco de Esquerda (BE) apresentem candidaturas em TravassÓis. Ambos têm votos residuais e sem quaisquer hipóteses de eleger candidatos.

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