segunda-feira, dezembro 01, 2025

- ANO 2019, há 6 anos: As várias cenas do teatro amador de Óis da Ribeira, com a ARCOR e a Junta!


O último Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR, a 4 de Fevereiro de 2012 e na estreia da peça
«O Avarento», de Molière. A última apresentação foi a 5 de Maio desse ano, há mais de 13,5 anos...
Teatro de Óis da Ribeira e da Arcor em 1990
t
O teatro amador de Óis da Ribeira esteve em foco, há 6 anos, em assembleias gerais de duas instituições: as da Junta de Freguesia e da ARCOR.
Teatro que está «morto» desde a última apresentação do Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR, a 5 de Maio de 2012 - já lá iam mais de 13 anos e meio.
A ARCOR, no seu plano de actividades para 2020, limpou o seu cabeceiro de responsabilidades, despachando-as em duas linhas. Literalmente, no Ponto 10, lê-se: «O Grupo de Teatro Amador (GTA) encontra-se actualmente inactivo. No entanto, a direcção encontra-se disponível para apoiar novos elementos que o pretendam reactivar».
Recordamos o que há 5 anos se escreveu no d´Óis Por Três, com a prévia nota de que «este «bota pró lado» suscita algumas evidências e interrogações». Estas:
1 - Então não é aos órgãos sociais da instituição que compete dinamizar o teatro?
2 - Então os actuais órgãos sociais não incluem 4 elementos ligados ao teatro amador de Óis da Ribeira?
Recordemos:
2.1 - O actual secretário, Rui Fernandes - que foi ensaiador da peça «O Avarento», de Molière.
2.2 - O actual vogal, Carlos Pereira - que foi ponto e animador de várias peças.
2.3 - Cristina Maria Framegas Soares, presidente do conselho fiscal, foi actriz do Grupo de Amigos de Óis da Ribeira (GAOR), que em teatro até «competiu» com a ARCOR.
2.4 - Maria de Fátima Figueiredo dos Reis, vogal do CF, foi actriz do GTA da ARCOR em várias peças.
3 - Então, 4 elementos dos actuais corpos sociais não são suficientes para reactivar o teatro da associação?
E há ainda pelos menos três homens na canoagem que já foram elementos do teatro: Paulo Rogério Framegas, Paulo Gomes e João Ferreira. Já são 7... (s-e-t-e...).
O teatro arcoriano está no limbo!.
Teatro da ARCOR em 1992: Paulo Rogério
Framegas, Ondina G. Soares, Jorge Brandão 
e Madalena Reis em «A Menina Feia»

A Junta de Freguesia
gostava de reactivar
(mas não reactivou) !

A Junta de Freguesia (JF) da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira (UFTOR), entidade política, é mais imperativa e conclusiva: «Gostávamos de poder voltar a reactivar um grupo de teatro nesta freguesia e recriar peças e palcos».
Isto é, quer, ou diz que quer, levá-lo ao éden.
1 - A Junta assume, ou faz crer que assume, as dores do «falecido» teatro da ARCOR, considerando que «foi ao longo da história algo sempre presente para o povo de Óis da Ribeira».
2 - A Junta faz fazer sugerir que, não encenando a ARCOR, encenará a Junta. Será isso?
Não lhe faltam actores:
3 - A vogal da Junta, Ondina da Silva Gomes
A peça «Pedro - o Ididota» de 1989, com
Dina Gomes Soares indicada pela seta
Soares, foi secretária da última direcção da ARCOR a apresentar uma peça de teatro - «O Avarento», de Molière, em 2012.
3.1 - Ela mesmo foi actriz da GTA e integrou o grupo, pelo menos em 1992, quando, a 14 de Janeiro de 1989, se estreou a peça «Pedro, O Ididota», de 4 actos, ensaiada por Hercílio de Almeida e com , da esquerda para a direita e no foto: Jorge Brandão, Rui, João Meireles, Dina Gomes, Susana Pinheiro (tapada), Hercílio de Almeida, Valter Polido, Eugénio Reis, Álvaro Soares, Madalena Reis, Cristina Silva, António Fernando Framegas, Silvério Reis e Paulo Rogério Frmegas.
E também, já em 1992, integrou o elenco da peça «A Menina Feia», estreada a 23 de Fevereiro de 1993 e com Dina Gomes (Soares), Carlos Reis, Nazaré Pinheiro, Dália Réis, Madalena Réis, Jorge Brandão, “Nani” Pires, Elizabete Fernandes, Hélder Prazeres, Carlos Gomes, Paulo Gomes, Rui Teixeira, Susana Pinheiro, Arlindo Réis, Susete Melo (Travassô) Paulo Rogério e João Viegas (que não está na fotografia).
3.2 - É esposa de Pedro Soares, actor em várias peças apresentadas pela ARCOR.
3.3 - É cunhada de Maria de Fátima F. Reis (ver à frente).
3.4 - Ela própria, catequista, ensaiou peças com crianças.
4 - O presidente em exercício da Assembleia de Freguesia, Sérgio Almeida, era vice-presidente da mesma direcção, presidida por João Gomes.
4.1 - É sobrinho de Maria de Fátima Figueiredo dos Reis.
5 - Maria de Fátima Figueiredo dos Reis, membro da Assembleia de Freguesia, foi actriz e é vogal do conselho fiscal da ARCOR.
6 - João Ferreira, também da Assembleia de Freguesia, participou como actor na experiência do GAOR.
7 - A Junta de Freguesia, uma instituição política de momento inteiramente social-democrata, e os seus eleitos da AFTOR, é que vão «substituir» uma instituição cultural como a ARCOR na área do teatro, logo pela sua própria identidade social e também porque representa(va) uma tradição que já passa por três séculos?
O que quer isto dizer? Provavelmente, são coincidências entre entre ligada ao teatro! Só pode, como é evidente! São cenas! É teatro!
- NOTA: Os comentários de há 6 anos estão infelizmente actualizados. Diríamos até que multiplicados. É uma pena, senhores dirigentes arcorianos, os de ontem e os de hoje. E por onde andam todos estes actores amadores de Óis da Ribeira?

- ANO 1951, há 74 anos: A demolição da sede da Junta de Freguesia!

Bandeira de Óis da Ribeira

A actual Rua da Ponte



A Casa da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira inaugurada a 7 de Setembro de 1947, há pouco mais de 78 anos, foi demolida a 1 de Dezembro de 1951.
Há 74 anos e para ser aberta a rua que dá acesso à ponte.
A então chamada Avenida da Ponte, hoje denominada Rua Jacinto Bernardo Henriques.
A demolição já tinha sido decidida a 8 de Julho desse mesmo ano, «por ordem da Câmara Municipal de Águeda», que também expropriava uns casebres anexos, afim de desobstruir a estrada de ligação à ponte - assim se concluindo que ficavam onde hoje é a Rua Jacinto Bernardo Henriques (a da Ponte).
O presidente da Junta de Freguesia era Benjamim Soares de Freitas, com o secretário Arnaldo Rodrigues de Figueiredo e o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes).
A venda de pedra e madeiras do edifício rendeu 288$50 e o trabalho de demolição foi executado João Simões de Carvalho (Caçarolo), José Pereira dos Santos, José Rodrigues de Almeida (Padeiro) e Invêncio Viegas, que pelo serviço levaram 72$50.
- NOTA: O orçamento da Junta de Freguesia para 1952, aprovado a 23 de Dezembro de 1951, era de… 601$75. Outros tempos e outros dinheiros.

- ANO 1935, há 90 anos: A Restauração de Portugal nas escolas primárias!

 

Restauração de Portugal (quadro)


As escolas primárias de Óis a Ribeira comemoraram a restauração da independência nacional no dia 1 de Dezembro de 1935. 
Há precisamente 90 anos!
«A data não passou despercebida. Os professores das escolas primárias oficiais reuniram naquele dia os seus alunos demonstrando-lhe o que é o dia comemorativo de 1 de Dezembro de 1640», relatava o jornal «Independência de Águeda» de 15 de Dezembro de 1935.
Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de Estado revolucionário de 1 de Dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o reino, pela revoplta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia filipina de Castela (Espanha).
O golpe culminou com a instauração da 4ª. Dinastia Por Portuguesa (a Casa de Bragança), com a aclamação de D. João IV - a que se seguiram 28 anos de guetrra com a Coroa de Castela.
- NOTA: O mesmo jornal, na mesma edição e ainda e sobre funcionamento da escola primária, escrevia que «consta-nos que a do sexo feminino não abre à hora regulamentar».
«Porque será?», interrogava o jornal, acrescentando que «nós entendemos que em primeiro lugar devem estar as obrigações».

- ANO 1906, há 119 anos: A inauguração da Escola Feminina de Óis da Ribeira!


A escola feminina de Óis da Ribeira é agora
a casa de Tobias Framegas dos Reis
O decreto de nomeação da
professora Alzira Tavares

A escola primária feminina de Óis da Ribeira foi inaugurada a 1 de Dezembro de 1906, há 119 anos e com festa rija, foguetes e duas tunas - a local e a de Travassô.
As autoridades foram recebidas em Cabanões, o desfile atravessou o rio de barco (a ponte só viria  ser inaugurada em 1952) e à uma hora da tarde chegaram as autoridades de Águeda, formando-se «um cortejo imponente, pela grande quantidade de povo» e deitaram-se muitos foguetes, com as ruas embandeiradas e «os diferentes e bonitos arcos de flores apresentavam uma vista lindíssima».
A inauguração foi à 1,30 da tarde, falando o padre Marques de Castilho, director da Escola Distrital de Aveiro (em nome de Manuel Homem de Mello, o Conde de Águeda e «a quem se deve a criação da cadeira»), o padre José Bernardino dos Santos Silva e Domingos Cerqueira - que encerrou a sessão.
A notícia nos jornais de Águeda

A primeira professora
foi D. Alzira Tavares, de
Travassô, e houve festa!


A primeira professora da escola feminina de Óis da Ribeira foi Alzira Tavares da Silva, natural de Travassô, e a festa foi encerrada no «palacete do padre José Bernardino», onde o pai da professora (António Tavares da Silva) ofereceu «a cerca de 200 pessoas, um lauto jantar, que decorreu animadíssimo, havendo champanhe e brindes entusiásticos e brilhantes».
As duas tunas, as de Óis da Ribeira e de Travassô, «acompanharam sempre, tocando ambas ao banquete belas e variadas peças, que muito agradaram».
- NOTA: A escola ficava na casa (na imagem) que é hoje dos herdeiros de Tobias Framegas dos Reis, recentemente falecido, na ao tempo Rua do Cabo (agora Manuel Tavares) e, inicialmente, tinha sido construída por este Manuel Maria Tavares da Silva - para residência do cunhado Acúrsio Sucena Estima, que estava emigrado no Brasil, onde faleceu.