sexta-feira, março 30, 2018

Os donos disto tudo... da respública ribeirense!



O último plenário associativo ferveu de surpresa com a... surpreendente informação do magno presidente: a de que ele mesmo, em pessoa, e outro presidente, correligionário e cúmplice, terem celebrado uma escritura de eventual garantia de propriedade de um espaço público. Secretamente! Só eles sabiam. Só entre eles. Mais ninguém!! Como se a coisa pública fosse deles. Unicamente deles! Só deles! Como se eles fossem os donos dos bens públicos! Donos disto tudo!
Ouvimos bem?!
Singelamente, o que se passou foi que dois presidentes, um de uma instituição pública e outro de uma instituição privada, assinaram uma escritura de um imóvel público, construído com dinheiros públicos.


Tal situação não é imaginável, em situação corrente, e tudo isto não seria o mais espantoso.
Se...

1 - A legalidade da escritura, da qual são furtados pormenores, não fosse questionável.
2 - A representatividade de cada um dos subscritores não fosse duvidosa, com qualquer um deles sem o competente mandato das respectivas assembleias.
3 - Sem conhecimento de qualquer os outros membros dos respectivos executivos.
Isto é:
4 - Dois senhores presidentes de executivos, armados em donos-disto-tudo, entenderam, por eles mesmos e sua alta recreação, avulsamente, decidir coisa do interesse público, sem consultar órgãos de delegação de competências.
5 - Só um lapso verbal de um deles, curiosamente e simultâneamente presidente do órgão fiscalizador público e executivo da instituição privada, permitiu tal escritura.
Inexplicável! E inconcebível! Inacreditável!
Caiu-lhe a boca para a verdade. Escondida!
6 - Não menos curiosamente, trata-se de uma escritura celebrada com um membro executivo público que era, ao mesmo tempo, vice-presidente do órgão executivo privado, este liderado pelo presidente do órgão legislativo público. Percebemos bem?
7 - Os dois, as duas mesmas pessoas, a decidir sobre os interesses da ambas - sem para tal estarem habilitados.
Isto chama-se o quê?


Resumidamente:

8 - Dois «donos-disto-tudo» resolveram, por eles mesmos e sem ninguém consultarem, alienar, por dacção e recepção, um ao outro (às instituições que representavam) um bem público.
9 - Tal escritura terá sido celebrada em data indeterminada de 2013 e não constará dos arquivos de nenhuma das duas instituições - a pública e a privada.
10 - Era absolutamente desconhecida até à noite de 28 de Março de 2018.
11 - Dela, não se conhece rosto e conteúdo.
12 - É secreta.
Tudo isto feito por dois cidadão que, naturalmente combinados, se armaram em «donos-disto-tudo» e por isso se acharam no direito de fazerem o que lhes apetece, individualmente e sem respeitar as normas constitucionais. Como é possível?!
Viva a democracia política e associativa.

3 comentários:

Anónimo disse...

A sede da Junta de Freguesia foi doada a Arcor!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Alguém pode confirmar a veracidade do comentário?

Anónimo disse...

A sede da jf de travasso?