domingo, fevereiro 10, 2019

Óis da Ribeira aos 9 dias de vários anos de 2 séculos...

A Tuna de Óis da Ribeira em 1951. De pé, Serafim Reis, Eurico Tavares, Manuel Carvalho
 (Girão), Alfredo Tavares, Jacinto Pereira de Matos, David Santos, Arménio Pires (de Travassô) e Óscar Matos. Ao meio, Sebastião laranjeira (Travassô), Armando Reis, Maia (Travassô), Hostilino Matos e Maia (Travassô, outro). À frente, Aires Carvalho, José Maria Framegas, Edmundo Reis e José Maria Costa. Armando Reis ainda é vivo 
Jacinto Matos

O dia 9 de Fevereiro foi, ao longo do Século XX, dia de interessantes acontecimentos relacionais com Óis da Ribeira. Por exemplo, um, artigo publicado na revista «Ilustração Portuguesa», também dois casamentos e uma escritura.
É destas pequenas/grandes coisas que se fazem as instituições, as comunidades e os povos.

1 - 1907, casamento de Jacinto
Matos e Ana Rosa Santos

Jacinto Pereira de Matos, ao tempo com 29 anos e ferreiro de profissão, foi um dos fundadores da Tuna Musical, filho de Casimiro Pereira da Conceição, sapateiro, e de Rosa Maria dos Reis, governanta de casa. Nasceu às 7 horas da manhã de 20 de Novembro de 1877 e faleceu a 1 de Outubro de 1953.
Ana Rosa Santos, também de 29 anos, era costureira e filha de Joaquim Alves da Costa e de Maria Bárbara Soares Santos. Nasceu a 17 de Janeiro de 1878, às 7 horas da manhã, e faleceu a 29 de Dezembro de 1956.
O casal, entre outros filhos (Zulmira, por exemplo), foi pai de Ós-
car Pereira de Matos (n. a 11.11.1909), que foi regente da Tuna, e avô (filhos de Óscar) de Hostilino Matos, Carlos Matos (Bigodes, que também regeu a Tuna) e Madail Almeida Matos, entre outros netos. 


2 -  1920: A pateira na revista «Ilustração 
Nacional»

A revista «Ilustração Portuguesa», de Lisboa, publicou um artigo do professor Camilo Ferrão Gomes dos Santos sobre a pateira - como se pode ler na imagem ao lado.
A revista era de dimensão nacional e publicava a sua 2ª. série, já no seu nº. 729 e o professor Camilo não era inexperiente em questões literárias. Em 1905, era professor em Travassô, ganhou o primeiro prémio de um concurso histórico aberto pela revista ilustrada «A Nossa Pátria», dirigida por Alberto Bessa. 
O concurso consistia em descrever no máximo de 25 linhas de papel almaço a batalha de Alcácer-Quibir e as suas consequências, empregando o melhor estilo possível, de modo que nenhuma palavra pudesse ser considerada supérflua, desnecessária ou incorrecta. Concorreram cerca de 50 professores de diversos concelhos do reino e, entre estes, o sr. Camillo Ferrão» - o único do concelho de Águeda.
Sofia Soares
José Almeida

3 - 1926: Casamento de José
Almeida e Sofia Soares

José Ferrão de Almeida Santos, de 26 anos e lavrador, mais tarde negociante de gado, era filho de Camilo Gomes Ferrão dos Santos, professor do ensino primário, natural de Arazede, em Montemor-o-Velho, e de Maria Rosa Almeida, de Óis da Ribeira. Nasceu a 20 de Janeiro de 1920 e faleceu a 7 de Junho de 1975. Irmão do professor Luís de Almeida Santos.
Sofia Pires Soares, de 29 anos, era filha de António Agostinho pires Soares, alfaiate, e de Ana Maria Alves, trabalhadora, ambos de Óis da Ribeira. Nasceu a 13 de Setembro de 1897 e faleceu a 16 de Novembro de 1981, já viúva.
O casal teve os filhos Maria, Luís, António e Benjamim Soares de Almeida, todos vivos.

4 - 2007: Sede da Junta
para a Tuna Musical

A Assembleia de Freguesia de Ois da Ribeira, já no Século XXI e a 9 de Fevereiro de 2007, aprovou por maioria (4-3) a cedência, por dez anos, da antiga sede da Junta para nova sede da Tuna Musical. 
Os eleitos Diamantino Correia e Vital Santos (da LIOR) e José António Pires (PSD) votaram contra, por discordarem do período de cedência - que, do seu ponto de vista, deveria ser igual ao do mandato do executivo. 
A 23 de Julho de 2012, entretanto, a Assembleia de Freguesia aprovou por maioria - quatro votos do PSD e dois do PS (faltou Carla Tavares) - a cedência da mesma sede por 99 anos e em regime de comodato. É o regime actual e que perdurará até 2116. 

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