segunda-feira, março 07, 2022

A escola, a Câmara, a Junta e a Cruz Vermelha, o despejo das instituições de Ós da Ribeira!

O panfleto eleitoral juntista já mostrava a escola
com o logotipo de Cruz Vermelha Portuguesa
 
A agenda da Câmara


A cedência das três salas e logradouro da escola primária de Óis da Ribeira não é surpresa para ninguém e muito menos para a classe política óisdaribeirense. Que a propôs no projecto político para o mandato de 2021/2025 e nas eleições autárquicas de 26 de Setembro de 2021.
Os eleitos, candidatos e apoiantes juntistas da vila de Óis da Ribeira ainda menos e não precisamos de lhes perguntar se sabiam ou no sabiam. Basta ler o ponto 6 do panfleto eleitoral, que aqui reproduzimos. 
Tal e qual, preto no branco.
Lá está mais esta promessa da Junta de Freguesia, a de que, e citamos, «em articulação com a Câmara Municipal de Águeda e a Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Águeda, iremos requalificar a antiga EB de Óis da Ribeira, por forma a que a valência educativa seja concretizada nas nossas freguesias, sendo a única na região».
Assim, do pé para a mão, a Junta de Freguesia assume o contrário do seu estafado slogan: «Cuidar do herdado para deixar o legado».
Neste caso, sejamos claros, não cuidou do legado mas abdicou dele para ser usado por instituição estranha a Óis da Ribeira.
A proposta de cedência da escola

O papel da Câmara, da Junta
e da Cruz Vermelha, o
despejo das instituições !

Compreende-se o papel da Câmara Municipal de Águeda neste caso de protocolo não cumprido: o edifício da escola primária era um berbicacho que recebeu do Estado e património com o qual teria despesas de manutenção.
Despachou-o para a Junta de Freguesia, por 
protocolo de 16 de Janeiro de 2020. 
Livrou-se do encargo.
E a Junta de Freguesia travassÓisense lá iria, ao que prometeu e anunciou, «desenvolver um projeto multigeracional», nomeadamente com a realização de «atividades de caráter social e cultural, projetos com a comunidade que promovam a integração e a inclusão social». Entre estas, contava-se a criação de um atelier de costura. Só que nada disso aconteceu.
A Junta cedeu o cabanal e logradouro à Comissão de Festas de Nossa Senhora de Fátima e a sala do 1º. piso à ARCOR Canoagem.
Que irão ser «desejadas».
As duas salas do rés-do-chão estão por conta da autarquia: uma vazia e outra fechada.
A posição da Delegação de Águeda da Cruz Vermelha Portuguesa compreende-se e nada temos contra a instituição: beneficia, sem grande custo, de um valioso património de Óis da Ribeira. Basta-lhe assinar um protocolo e avançar com o seu projecto.
Passa a usufruir de um património herdado pela Junta de Freguesia, que dele abdicou, não o deixando em legado para o futuro.
É a política dos nossos tempos!

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