domingo, outubro 06, 2024

A placa do Largo do Barqueiro Zebedeu!

A placa do Largo do Barqueiro Zebedeu
A placa em 2016

 


A placa que identifica o Largo do Barqueiro Zebedeu, em Óis da Ribeira, continua esquecida pelos (vários) poderes locais.
Em 2016, como se vê na imagem  ao lado, estava partida. E chegou a estar caída no chão, encostada ao suporte.
Em 2022, 6 anos depois, foi cortada nos cantos inferiores e recolocada, como se vê na imagem da esquerda.
Nunca chegou a ser substituída, como deveria ser - ao menos, em homenagem ao barqueiro Zebedeu e respeito mínimo pela sua memória e pelos seus familiares.
O poder local não faz o que diz: «Honrar o passdo para deixar em legado».
E as oposições também assobiam para o lado.
Em Setembro de 2021 e em vésperas de eleições locais, demos conta que teria sido alvo de um acto de selvajaria, por lá estava esquecida pelo poder local e pelas oposições que nem em altura eleitoral se davam conta destas anomalias e ofensas à memória óisdaribeirense.
Aparentemente, e porque havia marcas no lancil, notava o d´Óis Por Três que teria sido atirada ao chão por uma qualquer viatura pesada a, eventualmente, fazer quaisquer manobras.
O ano de 2022 foi, finalmente, o da reposição: cortaram-se os cantos da placa da inauguração e, destes amputada, recolocou-se no pedestal.
A inauguração do Largo Zebedeu Costa, com
o neto Dinis Pereira e os presidentes Fernando
Pires (JF), Castro Azevedo (Câmara) e Horácio
Marçal (Assembleia Municipal)
Zebedeu A. Costa


Uma família
de barqueiros!


Zebedeu Alves da Costa nasceu a 29 de Julho de 1886, há 138 anos, e era filho de Joaquim Alves da Costa, também barqueiro, e Maria Bárbara Soares dos Santos. 
Neto paterno de Manuel Alves da Costa, barqueiro também, e de Ana Maria Carvalho e materno de António Lopes dos Santos e Rosa Emília Soares, casou a 23 de Maio de 1907, aos 20 anos, com Maria Augusta Pires, de 25, ambos jornaleiros, ela filha de Maria José Pires Ferreira. Todos de Óis da Ribeira.
Zebedeu foi o último barqueiro de uma família de barqueiros, que em mais de meio século (pelo menos), assegurou, por adjudicação em concurso público, a lendária passagem de e para a margem de Cabanões do Rio Águeda, antes da inauguração da ponte, que foi a 25 de Maio de 1952.
Ligando Óis da Ribeira ao mundo!
Faleceu a 24 de Maio de 1954, aos 68 anos e já não sendo barqueiro, depois de vários dias de internamento no Hospital Conde Sucena, em Águeda, devido a um ataque epilético.
- NOTA: Descendentes, na actualidade e entre outros, são os netos Dinis Alves Pereira, morador em Eirol (na foto), os irmãos Zebedeu (ausente nos Estados Unidos) e Joaquim de Oliveira Costa (Quim da Maria Lá) e Nair Carvalho (na entrada de Espinhel).

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