terça-feira, agosto 27, 2019

A limpeza da pateira e os protocolos com as Juntas de Freguesia...

O primeiro protocolo para a limpeza da pateira foi assinado pelos presidentes Fernando
 Pires (Junta de Freguesia de Óis da Ribeira), Sesnando Reis (Requeixo), Teresa Fidélis da
Silva (Hidrográfica do Centro),  Gil Nadais (Câmara de Águeda), Carlos Nolasco (Fermen-
telos) e Manuel Campos (Espinhel). Em Junho de 2010, há mais de 9 anos!
O segundo e último protocolo, em Maio de 2011:  Fernando
Pires, Sesnando Reis, António Cunha (Hidrográfica do Cen-
tro), Carlos Nolasco e Manuel Campos
O anterior presi-
dente da Junta de Freguesia de Fer-
mentelos, a pro-
pósito da limpeza dos jacintos, de que agora tanto se fala, veio lem-brar que há mais formas de os tirar para além do uso da ceifeira «Pato Bravo». 
«Não esqueçamos que nem só a cei-
feira pode retirar jacintos. Ficou provado que ou-
tros meios são eficazes na ajuda da limpeza dos jacintos na pa-
teira, assim o quisesse a APA e para tal colaborasse», disse Car-
los Nolasco, é ele quem citamos, afirmando-se «mais descansado com as afirmações do sr. Presidente da Câmara», garantindo que a ceifeira não sairá da pateira sem que esta esteja limpa.
Prudentemente, «comenta» Carlos Nolasco que, em desejo, a promessa camarária «seja para cumprir» e lembra que «nem sempre a limpeza dos jacintos na pateira é feita devidamente e nos sítios mais indicados para a remoção dessa praga».
«Não esqueçam que nem só a ceifeira pode retirar jacintos. Ficou provado que outros meios são eficazes na ajuda da limpeza dos jacintos na pateira, assim o quisesse a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e para tal colaborasse», disse Carlos Nolasco, referindo-se aos protocolos assinados em 2010 e 2011 (ver adiante) com as 4 Junta de Freguesia da pateira - Óis da Ribeira, Espinhel, Fermentelos e Requeixo.
As assinaturas do
primeiro protocolo

O último milagre
dos milagres...

A questão dos jacintos da pateira tem justificado muitas reflexões, mais ou menos apaixonadas e mais ou menos favoveis a quem tem a obrigação da sua limpeza. Depende só da cor partidária.
Todos nos lembramos o que muito se falou e empolou sobre as virtu-

des milagreiras da draga, depois  denominada ceifeira «Pato Bravo», que o poder municipal aguedense, através da sua central de propa-
ganda, fez (e faz) crer ser o último milagre dos milagres. 
O grande milagre, verdadeiramente só ao alcance de grandes homens públicos, de seres geniais e outros etc´s. e tais.
Pois bem, começou isto em Setembro de 2006 (ver AQUI), e, por aí fora e nos após..., quantas e tantas loas e rimas exaltaram as vir-

tudes dos autarcas municipais, embriagando o povo eleitor com as mais inusitadas inverossimilhanças e panaceias.
A draga, ou a ceifeira, é que é... Aleluia, a-le-lui-aaaaaa!
Só que a pateira, como todos sabemos, e sabemos bem, todos os anos continua(ou) a ter jacintos. A pateira tem jacintos todos os anos, todos os meses e todos os dias.
A draga milagreira

Protocolos com a Região
Hidrográfica do Centro

Vamos a coisas reais: a 30 de Junho de 2010, a Administração da Região Hidrográfica do Cen-

tro (ARHC, a antiga Hidráulica do Mondego) outorgou um contrato de parceria com as Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira - Óis da Ribeira, Requeixo, Fermentelos e Espinhel - para «acções de limpeza dos jacintos de água e reabilitação da pateira». O contrato goi assinado, com pompa e circunstância, no dia 30 de Setembro do mesmo ano (ver foto, a primeira).
O acordo foi renovado em Maio de 2011 (foto a seguir), com as mesmas Junta de Freguesia de Espinhel, Fermentelos, Óis da Ribeira e Requeixo e também para «a limpeza dos jacintos e reabilitação da pateira». Todavia,  não foi renovado e acabou por ser extinto - disso se queixando os respectivos autarcas.
Ao tempo, cada uma das 4 Juntas de Freguesia recebeu 3200 euros, em 4 meses, para proceder à vigilância e remoção manual dos jacintos, como acção preventiva. 
O objectivo era erradicar os jacintos, como enfatizou António Cunha, que representava a ARHC, na altura da assinatura dos protocolos e frisando que «a parceria de há um ano foi um sucesso, razão porque se repete».
Todos os quatro presidentes se manifestaram satisfeitos com a renovação do protocolo. Falamos de Carlos Nolasco (Fermente-

los), Manuel Campos (Espinhel), Fernando Pires (Óis da Ribeira) e Sesnando Reis (Requeixo). Extinto o protocolo, as 4 Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira deixaram de fazer a referida lim-
peza e todos os anos é o que se sabe. 
Há mais de 8 anos!
A notícia da proposta

Câmara PS/Juntos
chumbou apoio às Juntas


O anterior presidente da Junta de Freguesia de Fermentelos, Carlos Nolasco (ver AQUI), em Fevereiro de 2016 e sempre atento ao problema da pateira, lembrou que a Câmara Municipal de Águeda, então presidida por Gil Nadais e sua vereação socialista - os actuais juntistas Jorge Almeida, presidente, e vereadores Edson Santos, Elsa Corga e João Clemente... - chumbara uma proposta de Paula Cardoso (PSD) para apoiar as Juntas de Freguesias ribeirinhas, para que estas continuassem o seu programa da limpeza dos jacintos.

A então vereadora propusera ao execu-
tivo camarário a atribuição de um sub-
sídio mensal de 800 euros a cada uma das três freguesias de Águeda (Espinhel, Fermentelos e Óis da Ribeira) «em troca da limpeza das margens da pateira». Os mesmos 800 euros que cada uma recebera pelos 4 meses do ano protocolados com a ARHC
«Foi há dois anos, mas hoje continua a ser importante um apoio especial à Junta e Uniões de Juntas Ribeirinhas para co-

laborarem na limpeza da pateira e suas margens!», comentou Carlos Nolasco, um dos subscritores dos protocolos de 2010 e 2011, intervindo na Assembleia Municipal de Águeda, em Fevereiro de 2016.
Perdeu o seu tempo, com todos sabemos.
O poder municipal fez ouvidos de mercador.
O sugerido apoio era (é) importante. Sem quaisquer dúvidas. Mas foi «chumbado» pelo poder político camarário de há pouco mais de 3 anos. Poder que, por singular coincidência, é precisamente quase o mesmo que está em exercício! Menos Gil Nadais.
Carlos Nolasco disse bem. E bem sabia do que falava! Só que não foi ouvido! O poder é surdo, muitas vezes! Quando lhe convém!

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