O segundo e último protocolo, em Maio de 2011: Fernando Pires, Sesnando Reis, António Cunha (Hidrográfica do Cen- tro), Carlos Nolasco e Manuel Campos |
dente da Junta de Freguesia de Fer-
mentelos, a pro-
pósito da limpeza dos jacintos, de que agora tanto se fala, veio lem-brar que há mais formas de os tirar para além do uso da ceifeira «Pato Bravo».
«Não esqueçamos que nem só a cei-
feira pode retirar jacintos. Ficou provado que ou-
tros meios são eficazes na ajuda da limpeza dos jacintos na pa-
teira, assim o quisesse a APA e para tal colaborasse», disse Car-
los Nolasco, é ele quem citamos, afirmando-se «mais descansado com as afirmações do sr. Presidente da Câmara», garantindo que a ceifeira não sairá da pateira sem que esta esteja limpa.
Prudentemente, «comenta» Carlos Nolasco que, em desejo, a promessa camarária «seja para cumprir» e lembra que «nem sempre a limpeza dos jacintos na pateira é feita devidamente e nos sítios mais indicados para a remoção dessa praga».
«Não esqueçam que nem só a ceifeira pode retirar jacintos. Ficou provado que outros meios são eficazes na ajuda da limpeza dos jacintos na pateira, assim o quisesse a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e para tal colaborasse», disse Carlos Nolasco, referindo-se aos protocolos assinados em 2010 e 2011 (ver adiante) com as 4 Junta de Freguesia da pateira - Óis da Ribeira, Espinhel, Fermentelos e Requeixo.
As assinaturas do
primeiro protocolo
|
O último milagre
dos milagres...
A questão dos jacintos da pateira tem justificado muitas reflexões, mais ou menos apaixonadas e mais ou menos favoráveis a quem tem a obrigação da sua limpeza. Depende só da cor partidária.
Todos nos lembramos o que muito se falou e empolou sobre as virtu-
des milagreiras da draga, depois denominada ceifeira «Pato Bravo», que o poder municipal aguedense, através da sua central de propa-
ganda, fez (e faz) crer ser o último milagre dos milagres.
O grande milagre, verdadeiramente só ao alcance de grandes homens públicos, de seres geniais e outros etc´s. e tais.
Pois bem, começou isto em Setembro de 2006 (ver AQUI), e, por aí fora e nos após..., quantas e tantas loas e rimas exaltaram as vir-
tudes dos autarcas municipais, embriagando o povo eleitor com as mais inusitadas inverossimilhanças e panaceias.
A draga, ou a ceifeira, é que é... Aleluia, a-le-lui-aaaaaa!
Só que a pateira, como todos sabemos, e sabemos bem, todos os anos continua(ou) a ter jacintos. A pateira tem jacintos todos os anos, todos os meses e todos os dias.
A draga milagreira |
Protocolos com a Região
Hidrográfica do Centro
Vamos a coisas reais: a 30 de Junho de 2010, a Administração da Região Hidrográfica do Cen-
tro (ARHC, a antiga Hidráulica do Mondego) outorgou um contrato de parceria com as Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira - Óis da Ribeira, Requeixo, Fermentelos e Espinhel - para «acções de limpeza dos jacintos de água e reabilitação da pateira». O contrato goi assinado, com pompa e circunstância, no dia 30 de Setembro do mesmo ano (ver foto, a primeira).
O acordo foi renovado em Maio de 2011 (foto a seguir), com as mesmas Junta de Freguesia de Espinhel, Fermentelos, Óis da Ribeira e Requeixo e também para «a limpeza dos jacintos e reabilitação da pateira». Todavia, não foi renovado e acabou por ser extinto - disso se queixando os respectivos autarcas.
Ao tempo, cada uma das 4 Juntas de Freguesia recebeu 3200 euros, em 4 meses, para proceder à vigilância e remoção manual dos jacintos, como acção preventiva.
O objectivo era erradicar os jacintos, como enfatizou António Cunha, que representava a ARHC, na altura da assinatura dos protocolos e frisando que «a parceria de há um ano foi um sucesso, razão porque se repete».
Todos os quatro presidentes se manifestaram satisfeitos com a renovação do protocolo. Falamos de Carlos Nolasco (Fermente-
los), Manuel Campos (Espinhel), Fernando Pires (Óis da Ribeira) e Sesnando Reis (Requeixo). Extinto o protocolo, as 4 Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira deixaram de fazer a referida lim-
peza e todos os anos é o que se sabe.
Há mais de 8 anos!
A notícia da proposta
|
Câmara PS/Juntos
chumbou apoio às Juntas
O anterior presidente da Junta de Freguesia de Fermentelos, Carlos Nolasco (ver AQUI), em Fevereiro de 2016 e sempre atento ao problema da pateira, lembrou que a Câmara Municipal de Águeda, então presidida por Gil Nadais e sua vereação socialista - os actuais juntistas Jorge Almeida, presidente, e vereadores Edson Santos, Elsa Corga e João Clemente... - chumbara uma proposta de Paula Cardoso (PSD) para apoiar as Juntas de Freguesias ribeirinhas, para que estas continuassem o seu programa da limpeza dos jacintos.
A então vereadora propusera ao execu-
tivo camarário a atribuição de um sub-
sídio mensal de 800 euros a cada uma das três freguesias de Águeda (Espinhel, Fermentelos e Óis da Ribeira) «em troca da limpeza das margens da pateira». Os mesmos 800 euros que cada uma recebera pelos 4 meses do ano protocolados com a ARHC
«Foi há dois anos, mas hoje continua a ser importante um apoio especial à Junta e Uniões de Juntas Ribeirinhas para co-
laborarem na limpeza da pateira e suas margens!», comentou Carlos Nolasco, um dos subscritores dos protocolos de 2010 e 2011, intervindo na Assembleia Municipal de Águeda, em Fevereiro de 2016.
Perdeu o seu tempo, com todos sabemos.
O poder municipal fez ouvidos de mercador.
O sugerido apoio era (é) importante. Sem quaisquer dúvidas. Mas foi «chumbado» pelo poder político camarário de há pouco mais de 3 anos. Poder que, por singular coincidência, é precisamente quase o mesmo que está em exercício! Menos Gil Nadais.
Carlos Nolasco disse bem. E bem sabia do que falava! Só que não foi ouvido! O poder é surdo, muitas vezes! Quando lhe convém!
Sem comentários:
Enviar um comentário