sexta-feira, abril 04, 2025

- ANO 1948, há 77 anos: Secretário deixou de ir às reuniões da Junta !


José Maria Estima


O secretário da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira não compareceu à reunião dominical do executivo que decorreu a 4 de Abril de 1948.
Há 77 anos.
José Maria Estima, dele se trata, exercia essas funções desde 2 de Janeiro de 1946, com o presidente Benjamim Soares de Freitas e o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes), e não concluiu o mandato, que terminou a 3 de Dezembro de 1959. Nem foi substituído no executivo.
Desconhecemos as motivações.
José Maria Estima tinha sido presidente da Junta de Freguesia entre 1928 e 1935. Num primeiro mandato, de 1928 a 1934, com os vogais Joaquim Maria Viegas e José Simões dos Reis. No segundo, de novo com Joaquim Maria Viegas mas agora com Manuel Maria dos Reis (Regedor).
Foi no seu primeiro mandato que, em 1929 e com custos na ordem dos 6 300$00 suportados pela Câmara de Águeda, se concretizou «uma das aspirações mais ardentes» de Ois da Ribeira, ao tempo: a abertura de «uma estrada que nos liga com o sul, por Espinhel, obra levada a efeito pela Junta de Freguesia, com o auxílio da Câmara Municipal de Águeda».
A estrada que, desde a escola e até à Variante do Surpel, actualmente liga Ois da Ribeira a Espinhel.

O (agora) presidente Jorge
Almeida em Óis da Ribeira

- Ano de 2013,
há 7 anos !
A ponte sem passagem
para a outra margem !

O plano de encerramento da ponte de Óis da Ribeira foi apresentado no dia 4 de Abril de 2013, há 7 anos.
As obras, segundo então foi anunciado por Jorge Almeida, o então vice e actual presidente da Câmara, impediriam (e impediram) a passagem para a margem de Cabanões e isolariam a freguesia.

Os trabalhos iriam começar a 22 de Abril e até 12 de Maio não haverá (e não houve) passagem. Os trabalhos, disse, «deverão estar concluídos em Julho de 2015». 
«Vão ficar ilhados, isolados, mas com soluções», disse Jorge Almeida, ante mais de uma centena de pessoas. 
As primeiras semanas (até 12 de Maio), seriam (e foram) para a construção do percurso alternativo.
«As questões de segurança terão prioridade absoluta», disse Jorge Almeida, que se fez acompanhar pelos engenheiros camarários Manuela Pato (directora), Silvino Sousa (fiscalização) e José Maria (segurança).
A população não gostou do que ouviu e já tinha manifestado a sua contestação numa sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, a 24 de Fevereiro desse mesmo ano.
Mal se adivinhava o suplício que estava para para acontecer no futuro.

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